Publicado em 01/11/2022 às 04:15:00,
atualizado em 01/11/2022 às 09:25:03
Os planos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a TV Brasil são ousados. O presidente eleito quer mudar tudo na televisão estatal e tirar o estilo de "emissora do governo" para transformá-la numa espécie de BBC brasileira. Para isso, o petista já avisou sua equipe de trabalho que quer uma relação de jornalistas que seriam capazes de transformar a TV Brasil em referência mundial para uma estatal.
Nem bem venceu as eleições no último domingo (30) e Lula avisou que vai realizar o sonho que tinha quando criou a TV Brasil. Embora em seu segundo mandato (2007-2010) não tenha conseguido pôr em prática, dessa vez a ideia é avançar. O petista confidenciou a aliados, segundo fontes ouvidas pelo NaTelinha, que ficou frustrado com o que aconteceu com a emissora nos últimos anos.
Segundo ele, Jair Bolsonaro (PL) só transformou a empresa numa espécie de canal do governo porque as administrações do PT, tanto a dele quanto a de Dilma Rousseff, foram incapazes de transformá-la numa potência estatal. Ele lembrou que nenhum governo consegue mudar o estilo da BBC, no Reino Unido e é este o modelo que ele pretende importar para o Brasil.
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Embora saiba que, do ponto de vista de audiência, é difícil dar resultados nos quatro anos de seu mandato, que começa em 2023, o presidente eleito quer dar o pontapé inicial e criar políticas públicas a ponto de nenhum governante conseguir desestruturar a TV Brasil. Para mudar tudo, em conteúdo e governança, Lula deu a ordem para membros mais próximos de sua equipe, sondarem jornalistas experientes e que possam assumir o desafio.
O próximo presidente já avisou que o canal deixará de acompanhar inaugurações e atos do governo e o modelo de programação é outro. Ele quer investimento em programas de games, voltados para o jovem, com espaço para minorias e documentários.
Quem comanda a TV Brasil é a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que também é responsável pelas rádios públicas brasileiras. Segundo dados oficiais do governo federal, o orçamento da empresa mantenedora da TV Brasil foi de R$ 520 milhões em 2021 e a tendência é que este número seja maior em 2022. Profissionais de imprensa ouvidos por Lula garantem que este número é mais que suficiente para fazer a revolução pretendida.
O primeiro nome cogitado por Lula para assumir o comando da EBC foi de Juca Kfouri. O experiente jornalista esportivo já comandou redações e também a revista Playboy, porém políticos próximos do petista acreditam que ele não deve aceitar, caso o convite seja feito.
Além dele, Lula também quer tentar José Trajano, nome responsável por criar a ESPN Brasil nos anos 90 e transformá-la num modelo de gestão profissional.
Dentro do núcleo duro de Lula há quem defenda um choque de gestão e o nome do jornalista Leandro Demori, ex-Intercept e responsável pela Vaza Jato foi colocado no papel. Quem corre por fora são Cristina Serra, ex-Globo e Helena Chagas, que foi secretária de comunicação do governo de Dilma.
O atual diretor presidente da EBC, que comanda a TV Brasil, é Glen Lopes Valente, que fica no cargo até março do ano que vem e foi nomeado por Jair Bolsonaro. Lula não tem pressa para escolher o substituto justamente por isso, mas já bateu o martelo sobre a escolha.
O critério entre os concorrentes que forem oficializados será quem apresentar um projeto que se enquadre ao que ele pretende. Só depois da escolha do presidente da entidade é que se iniciará a busca por um nome para a direção de conteúdo e programação do canal.
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