Bolsonaro decide ir ao Jornal Nacional, diz filho
Jair Bolsonaro voltará a encontrar William Bonner e Renata Vasconcellos após entrevista polêmica de 2018
Publicado em 04/08/2022 às 21:36,
atualizado em 05/08/2022 às 00:55
Candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) participará da tradicional sabatina dos presenciáveis promovida pelo Jornal Nacional. Filho do presidente e senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL) compartilhou a informação nas redes sociais nesta quinta-feira (4). "Tá marcado! Presidente Jair Bolsonaro no Jornal Nacional dia 22 de agosto, direto do Palácio do Alvorada".
Sorteado como o primeiro candidato a ser entrevistado por William Bonner e Renata Vasconcellos, Bolsonaro demorou até o último dia para confirmar sua presença. De acordo com as regras da sabatina, o prazo para a resposta positiva ou negativa era até nesta quinta-feira.
Antes da confirmação de Flávio, o NaTelinha havia publicado que tanto ele como Lula ainda não haviam decidido se participariam da dinâmica. Durante seus quatro anos de mandato, inclusive, o atual presidente já fez diversas críticas em relação ao jornalismo da Globo.
Diferentemente dos outros candidatos, que geralmente são entrevistados nos estúdios da Globo no Rio de Janeiro, Bolsonaro fez o pedido para que o encontro acontecesse em Brasília. A emissora rejeitou.
No entanto, o candidato do Partido Liberal também exigiu que sua entrevista fosse ao ar ao mesmo tempo em suas redes sociais. É de praxe que Bolsonaro sempre reproduza suas participações na televisão nas suas contas oficiais, porém, ainda não se sabe se emissora deu sinal verde para essa questão.
Horas mais tarde de Flávio confirmar a presença do pai no Jornal, a campanha voltou atrás e a Globo informou que o presidente não estará presente.
Bolsonaro e as polêmicas da última sabatina no JN
Em 2018, durante sua primeira campanha presidencial, Bolsonaro participou do Jornal Nacional e teve alguns embates com os jornalistas. Um deles foi com Renata Vasconcellos, em que o veterano questionou se ela recebia o mesmo salário do que o de William Bonner.
"Eu poderia até como cidadã e como qualquer cidadão brasileiro fazer questionamentos sobre seus proventos porque o senhor é um funcionário público há 27 anos e eu como contribuinte ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém e eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu", respondeu a âncora.
Em seguida, Bolsonaro foi questionado sobre suas falas homofóbicas, e o candidato exibiu um livro infantil em que alegava ser o "Kit Gay", no entanto, era um material sobre educação sexual usado em escolas. No momento, Bonner relembrou o candidato que estava combinado com os assessores que documentos não deveriam ser mostrados.