Desabafo

Felipe Neto denuncia perseguição de Bolsonaro contra ele

Empresário anunciou medida no Twitter após ler matéria jornalística que relata censura de certos termos


Felipe Neto em foto publicada nas redes sociais
Felipe Neto em foto publicada nas redes sociais: empresário vai processar Caixa após divulgação de texto jornalístico

Nesta sexta-feira (29), Felipe Neto decidiu processar a Caixa Econômica Federal após descobrir que seu nome não pode aparecer em nenhuma página de veículo jornalístico que exibe uma campanha do banco. A informação foi publicada pelo site Congresso em Foco que afirmou ter acesso a uma lista de palavras que são proibidas de serem escritas próximas a ações de publicidade do órgão.

O empresário compartilhou a reportagem no Twitter e ficou consternado com a diretrizes do banco. "Estou sem palavras. A Caixa, sob comando bolsonarista, proibiu os veículos que recebem algum centavo de patrocínio da empresa de citarem meu nome. A ordem das agências é punir qualquer página que cite meu nome e outros termos, como suicídio ou pornô". 

Neto ainda se questionou os motivos de ser perseguido pelas ordens publicitárias da Caixa. "Por que o governo Bolsonaro me dá tanta importância? Já estou em contato com o jurídico e nós vamos até o fim por justiça. A Caixa Econômica Federal proibir agências e sites de citarem meu nome é um dos maiores absurdos que já lidei nessa vida. Inacreditável", concluiu.

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O que diz a reportagem? 

Além de Felipe Neto, outros termos foram proibidos de aparecerem em páginas que mostram os anúncios da Caixa, como: Congresso, abuso sexual, presidente da Caixa Econômica, cloroquina, covid, Marielle Franco, Paulo Guedes, Regina Duarte, Itamaraty, fake news, Amazônia, ditadura militar, Flávio Bolsonaro, Sergio Moro e Dom Philips.

Ao todo, a equipe encontrou cerca de 239 termos. Caso o veículo noticioso utilize algumas das palavras acima em páginas que recebam o patrocínio da Caixa, as agências de publicidade que atendem o banco são instruídas a puní-las com o abatimento do valor que seria recebido pelo espaço cedido ou até mesmo a suspensão da campanha publicitária. 

"Isso mostra que a Caixa virou um instrumento cada vez mais do governo, e não de Estado”, afirma o cientista político André Pereira César, em entrevista ao Congresso em Foco. 

 

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