Desabafo

Felipe Neto denuncia perseguição de Bolsonaro contra ele

Empresário anunciou medida no Twitter após ler matéria jornalística que relata censura de certos termos

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Felipe Neto em foto publicada nas redes sociais: empresário vai processar Caixa após divulgação de texto jornalístico
Por Daniele Amorim

Publicado em 29/07/2022 às 19:00:28

Nesta sexta-feira (29), Felipe Neto decidiu processar a Caixa Econômica Federal após descobrir que seu nome não pode aparecer em nenhuma página de veículo jornalístico que exibe uma campanha do banco. A informação foi publicada pelo site Congresso em Foco que afirmou ter acesso a uma lista de palavras que são proibidas de serem escritas próximas a ações de publicidade do órgão.

O empresário compartilhou a reportagem no Twitter e ficou consternado com a diretrizes do banco. "Estou sem palavras. A Caixa, sob comando bolsonarista, proibiu os veículos que recebem algum centavo de patrocínio da empresa de citarem meu nome. A ordem das agências é punir qualquer página que cite meu nome e outros termos, como suicídio ou pornô". 

Neto ainda se questionou os motivos de ser perseguido pelas ordens publicitárias da Caixa. "Por que o governo Bolsonaro me dá tanta importância? Já estou em contato com o jurídico e nós vamos até o fim por justiça. A Caixa Econômica Federal proibir agências e sites de citarem meu nome é um dos maiores absurdos que já lidei nessa vida. Inacreditável", concluiu.

O que diz a reportagem? 

Além de Felipe Neto, outros termos foram proibidos de aparecerem em páginas que mostram os anúncios da Caixa, como: Congresso, abuso sexual, presidente da Caixa Econômica, cloroquina, covid, Marielle Franco, Paulo Guedes, Regina Duarte, Itamaraty, fake news, Amazônia, ditadura militar, Flávio Bolsonaro, Sergio Moro e Dom Philips.

Ao todo, a equipe encontrou cerca de 239 termos. Caso o veículo noticioso utilize algumas das palavras acima em páginas que recebam o patrocínio da Caixa, as agências de publicidade que atendem o banco são instruídas a puní-las com o abatimento do valor que seria recebido pelo espaço cedido ou até mesmo a suspensão da campanha publicitária. 

"Isso mostra que a Caixa virou um instrumento cada vez mais do governo, e não de Estado”, afirma o cientista político André Pereira César, em entrevista ao Congresso em Foco. 

 



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