Publicado em 23/11/2022 às 05:40:00,
atualizado em 23/11/2022 às 14:08:28
A Globo está repetindo a tática usada na Copa do Mundo de 1990, sediada na Itália, quando escalou Roda de Fogo (1986) para o Vale a Pena Ver de Novo, a fim de manter o público masculino em frente a TV após os jogos exibidos à tarde. Atualmente em cartaz na sessão de reprises, O Rei do Gado (1996) parece ter sido escolhida com o mesmo objetivo.
Em outubro, muito se questionou sobre a escolha de O Rei do Gado para o Vale a Pena Ver de Novo. O anúncio foi feito durante os intervalos do último capítulo de Pantanal (2022), novela do mesmo autor, Benedito Ruy Barbosa. A reapresentação pegou carona no sucesso do remake, exibido no horário nobre com grande audiência.
Contudo, a trama protagonizada por Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) e Luana (Patricia Pillar) passou há pouquíssimo tempo na Globo: sua última reapresentação foi em 2015, comemorando os 50 anos da emissora. Além da exibição original, em 1996, a história também já havia sido reprisada em 1999 e em 2011 – esta última, no canal Viva.
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Fica claro, agora, que a escolha não se baseou apenas no sucesso de Pantanal, que guarda similaridades com O Rei do Gado. Esta tem a capacidade de manter o público masculino – maior fatia da audiência dos jogos de futebol – sintonizados na Globo quando as partidas da Copa do Mundo 2022 chegam ao ar.
O clássico de 1996 reúne temas políticos e o universo rural, que tradicionalmente são responsáveis por ampliar o apelo das novelas com os homens. É assim desde Irmãos Coragem (1970), apontada por especialistas como o primeiro folhetim a levar o público masculino em peso para frente da TV – até então, as mulheres eram a maioria esmagadora.
Foi o mesmo objetivo que levou a Globo a reprisar Roda de Fogo em 1990. Sabia-se que a trama de Lauro César Muniz e Marcílio Moraes, exibida originalmente quatro anos antes, havia agradado os homens. A história era sobre corrupção e luta de poder, ainda com o apelo popular do mulherengo Tabaco (Osmar Prado), às voltas com três pretendentes.
O protagonismo masculino também é um fator comum às duas novelas. Tanto Bruno Mezenga quanto Renato Vilar (Tarcísio Meira), da novela oitentista, foram personagens fortes, capazes de gerar identificação nos homens de plantão. Eram tipos cheios de controvérsias e, ao mesmo tempo, carismáticos e sedutores.
Há 32 anos, o resultado não foi dos melhores. Roda de Fogo amargou baixa audiência na sessão de reprises e teve um fim precoce, tornando-se a novela mais cortada na faixa. Foram apenas 35 capítulos, exibidos entre maio e julho de 1990, contra 179 da exibição original.
Hoje, ter uma boa estratégia para o Vale a Pena Ver de Novo é fundamental para impulsionar toda a grade noturna da Globo. A faixa de reprises precisa “entregar” um bom público para a novela das seis, Mar do Sertão. Os bons números no início da noite têm sido fundamentais para que Cara Coragem e Travessia também consigam ter bons resultados mais tarde.
A julgar pelo recorde de audiência registrado pela trama rural na última segunda-feira (21), com 19,4 pontos, a tática deu certo. O maior feito da novela provavelmente seria visto nesta quinta-feira (24), quando O Rei do Gado iria ao ar imediatamente após a estreia do Brasil na Copa, em partida contra a Sérvia. A exibição, contudo, foi substituída por comentários sobre o jogo – Mar do Sertão vai ao ar em seguida, às 18h30.
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