Altos e baixos

3 coisas que deram certo e 3 que deram errado na Copa do Mundo da Globo

Emissora teve acertos e equívocos ao longo da competição


Galvão Bueno no Catar
Galvão se despede da Copa do Mundo neste domingo (18) - Foto: Reprodução/Globo

A Globo termina neste domingo (18) mais uma cobertura de Copa do Mundo, dessa vez com exclusividade para a TV aberta no Brasil. A emissora fez diversas apostas, tentando inovar nas transmissões e manteve a exibição de praticamente todos os jogos da competição. O hexa pode não ter chegado, mas o canal acumulou diversos acertos, porém também houve erros durante a exibição.

Com a programação praticamente toda focada no torneio internacional, inclusive o jornalismo e os programas de entretenimento, houve dias em que a Globo respirou Copa do Mundo. Na primeira fase, a emissora cumpriu a promessa e exibiu quatro partidas por dia, abrindo mão de sua programação, mesmo as novelas que costumam ser o carro chefe em dias normais.

O resultado não poderia ser diferente. A Globo acumulou recordes de audiência, tanto em partidas da seleção brasileira, quando conseguiu chegar a números que não eram vistos há muito tempo, quanto em outros confrontos. Agora, com a final entre Argentina e França, a emissora espera fechar com chave de ouro e com a despedida de Galvão Bueno do posto de locutor.

O que deu certo?

Narradores

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A Globo acertou em cheio ao escolher os narradores da emissora para a TV aberta em 2022. Embora Luís Roberto tenha chegado cheio de moral e perdeu espaço, também por ter tido um problema de saúde, em geral a emissora viu o sucesso de seus locutores. A começar por Renata Silveira, primeira mulher a comandar uma transmissão de Copa do Mundo na TV aberta.

Mas quem também deu a volta por cima foi Cléber Machado, que chegou a ser visto sem moral ao não ser escolhido para ir ao Catar. O narrador virou o grande nome da competição por conta de seu bom humor e não raras vezes virou meme, mostrando que pode ocupar um novo espaço na emissora carioca.

Novos comentaristas

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Ao mesmo tempo, o canal também encontrou novos comentaristas e que poderão ser utilizados nas próximas competições a partir de 2023. Como é de praxe, a Globo investe em ex-jogadores para comentar os jogos e na Copa do Mundo é necessário muitos nomes por conta da quantidade dos cotejos, daí a escolha teve muitos acertos.

Se por um lado Zé Roberto fez grande dobradinha com Cléber Machado, promovendo momentos icônicos em 2022, por outro houve nomes mais técnicos, como Diego Ribas, que parece ter se garantido como um nome do futuro entre os comentaristas do canal já no ano que vem.

Marcelo Adnet

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Não é raro Marcelo Adnet roubar a cena quando é convocado para participar de algum evento específico na TV. Dessa vez, o humorista foi chamado para participar do Central da Copa e fez criações que caíram no gosto dos fãs de futebol e também dos telespectadores em geral.

Tanto que o Que Doha é Essa deixou de ser um simples quadro e vai ter direito a um programa especial. Adnet, que vinha esquecido porque não tinha espaço na Globo, abraçou a oportunidade para, quem sabe, ter um 2023 com mais espaço ao longo da programação.

O que deu errado?

Tiago Leifert

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Não, Tiago Leifert não é um narrador ruim, embora também não seja bom. Convocado pela emissora para fazer transmissões alternativas de jogos pelo GloboPlay e no SporTV 2, o comunicador mostrou a mesma qualidade que sempre quando se dispõe a fazer qualquer coisa, mas por que deu errado?

Porque houve um homem chamado Casimiro. O furacão da internet brasileira conseguiu autorização para transmitir partidas no YouTube e aí, não tem competição. Cazé triturou os jogos alternativos do Globoplay, tanto em repercussão, quanto no tom de entretenimento. Não houve espaço para Leifert.

Seleção brasileira

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Mesmo que o hexa não tenha chegado, não se trata disso, afinal a Globo não tem culpa. Mas tudo que a emissora acertou ao exibir praticamente todas as partidas da Copa, ela errou na transmissão da seleção brasileira. Com 3 comentaristas, Galvão Bueno teve de suar para tentar dar espaço a todos eles e ainda transmitir informação e a mesma emoção de sempre.

O resultado da estratégia foi de que os três - Júnior, Roque Jr e Ana Thaís Matos - vira e mexe ficavam sem espaço e houve até reclamação por conta disso. Uma profusão de pessoas falando de um assunto só sem a menor necessidade.

Central da Copa

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Se Marcelo Adnet foi um acerto dentro da Central da Copa, o programa em si foi um erro crasso. E não é por culpa de Alex Escobar ou dos participantes, como Jojo Todynho e Fred. Mas porque a Globo utilizou uma marca conhecida e consagrada pelas mãos de Tiago Leifert e a transformou em um monstrengo.

O sucesso do formato, criado por Leifert em 2010, não foi nem sombra do que se viu em 2022 e, em alguns momentos, deu até vergonha alheia. Ao menos, espera-se que a emissora tenha aprendido que, quando não se saber fazer algo, não se deve tentar.

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