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A Usurpadora bebe da água do original, 'mete o pé' no dramalhão e traz ar de modernidade

Novela teve parte do primeiro episódio exibido e lembrou muito do original


Cena de A Usurpadora
Novela A Usurpadora fez uma estreia poderosa - Foto: Reprodução/SBT

O SBT estreou nesta quarta-feira (29) o remake de A Usurpadora, num episódio especial antes do último capítulo de Amores Verdadeiros. E, para quem esperava certo estranhamento por causa das diferenças em relação à obra original, acabou levando um susto porque, embora com mudanças importantes de conteúdo, a essência da obra mexicana que fez tanto sucesso no Brasil nos anos 90 está em cada cena.

Logo no primeiro episódio, é possível perceber que Sandra Echeverría tentou homenagear Gaby Spanic com o tom de interpretação ao mesmo tempo em que procurou ter sua própria personalidade para Paola e Paulina. Na composição dela, a melancolia de Paulina foi substituída por uma garra típica das heroínas atuais, diferente dos anos 90, quando as protagonistas apenas eram reféns dos atos de outros.

No caso de Paola, houve uma mudança brusca e que pode causar estranhamento por parte do público. A vilã perdeu o ótimo humor que a transformou na rainha dos memes, mesmo antes de existir o termo ou as redes sociais. Agora, Paola é uma mulher dura, uma vilã típica de série de ação dos EUA, mas que também aposta em soluções melodramáticas para não fugir do estilo.

Em termos estéticos, esse sim, A Usurpadora é exatamente igual à sua obra original e a homenagem valeu cada sequência, principalmente ao se considerar a fotografia, mesmo com a tecnologia diferente e muito acima da anterior, tudo é muito próximo. Assim como os figurinos exagerados e os itens de cena que não podiam ser deixados de lado e que saltam aos olhos para o telespectador.

As diferenças da nova  Usurpadora  no SBT

É preciso lembrar que há uma diferença muito grande no conteúdo da obra que fez tanto sucesso no Brasil e a série que foi exibida nesta quarta-feira no SBT. Enquanto a família Bracho era uma típica casa de ricos e com problemas nas paredes internas, o modelo atual apostou no que faz mais sucesso em séries internacionais: o ambiente político.

Como se fosse um Scandal da TV Mexicana, a nova A Usurpadora se transformou em primeira-dama e mostrou uma mulher que não aguenta mais os compromissos do marido, simplesmente o presidente do México. Diante disso, ganha um novo charme essa guerra do universo da política do país e também de todos os entraves que isso pode dar para a mudança das gêmeas.

Mesmo com uma diferença fundamental em relação à obra original, A Usurpadora é exatamente a mesma daquela que o brasileiro aprendeu a amar: Paulina tentando ser feliz enquanto é infernizada por Paola. Se o resto da temporada manterá esse enfoque, só o tempo pode dizer.

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