Opinião

Tremembé prova que Netflix tem muito que aprender com o Prime Vídeo no Brasil

Prime Vídeo tem produções muito mais complexas que a Netflix e Tremembé é a prova


Divulgação de Tremembé
Tremembé é um alento de qualidade da Prime Vídeo - Foto: Divulgação/Prime Vídeo
Por Daniel César

Publicado em 01/11/2025 às 20:02,
atualizado em 01/11/2025 às 21:16

A estreia de Tremembé nesta sexta-feira (31), pela Prime Vídeo, é mais uma prova e talvez a definitiva que a Netflix tem muito o que aprender com a rival, ao menos no Brasil. A produção que conta a trajetória do presídio mais conhecido do Brasil por abrigar criminosos midiáticos é um sopro técnico e de condução, algo raro no principal streaming do mundo quando o assunto é conteúdo nacional.

Desde que se arriscou ao produzir séries nacionais, a Prime Vídeo mostrou que não passaria pelos perrengues que outras enfrentaram. Com Dom, uma história também baseada em fatos reais, o serviço de streaming colocou em tela uma produção que ia bem em cada detalhe, desde a cenografia até a iluminação e o acabamento, além de uma preparação de elenco que saltava aos olhos.

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Com Tremembé, este cuidado nos detalhes a que o público brasileiro se acostumou com as grandes novelas brasileiras, a saber na Globo, que criou um padrão de qualidade invejável no mundo, a Prime se garante muito à frente da líder entre os streamings no mundo e também no Brasil.

Tudo funciona e passa credibilidade. O presídio é construído com cuidado e com profissionais que notadamente sabem o que estão fazendo. Cenografia e até a mixagem de som estão à frente de outros produtos que nos acostumamos neste universo, inclusive na HBO Brasil. 

Chama muito a atenção o cuidado que a produção teve com o elenco. Marina Ruy Barbosa vive o trabalho de sua vida ao interpretar Suzane Richthofen e mergulhar em uma personagem de uma forma que só é possível com tempo de preparação e estrutura. O mesmo se repete para outros nomes no elenco, que dão vida e jamais aparecem em tela forçados e muito bem dirigidos.

É bem verdade que a Netflix avançou desde que lançou sua primeira série brasileira, 3%. A última temporada de Sintonia saltou aos olhos com o cuidado e acabamento, assim como Pedaço de Mim, a primeira novela da empresa. Mesmo assim, ela segue atrás e com alguma distância, do que se é visto em termos nacionais na Prime Vídeo.

É bem verdade que nem mesmo Tremembé é capaz de aplicar o padrão Globo de qualidade e que o Globoplay quase sempre consegue compilar. Mas normalmente a plataforma da Globo não costuma produzir séries tão densas e planejadas como a Prime Vídeo que, neste quesito, lidera no Brasil.

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