Atuação da Semana: Marina Ruy Barbosa vive melhor papel da carreira em Tremembé
Marina Ruy Barbosa é Suzane Richthofen em Tremembé
Publicado em 02/11/2025 às 12:20,
atualizado em 02/11/2025 às 17:11
Marina Ruy Barbosa praticamente nasceu diante dos olhos do público. A atriz, que surgiu há mais de 20 anos em papéis nas novelas brasileiras, tem um intenso currículo, com os mais diferentes personagens, quase todos de destaque na Globo. Nada disso, no entanto, foi suficiente para que seu maior trabalho fosse justamente fora do canal, na Prime Vídeo, em Tremembé.
A série da plataforma de streaming acompanha a vida do presídio dos famosos, como é chamado o local, conhecido por manter em cárcere os condenados por crimes midiáticos do Brasil. Entre eles, Suzane von Richthofen que, em 31 de outubro de 2002, teria sido a mentora do assassinato dos próprios pais, Manfred e Marísia, junto com o namorado, Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian Cravinhos.
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Em Tremembé, Marina vive justamente Suzane, uma das criminosas mais emblemáticas do século XXI no Brasil. O desafio de interpretar uma personagem real e que sempre esteve na mídia, mesmo quando presa, era grande por si só. Mas teve novos traços porque a produção vinha depois do sucesso do longa A Menina Que Matou os Pais, em que Carla Diaz foi muito elogiada por viver a criminosa.
A estreia da série, justamente em 31 de outubro, na última sexta-feira, quando se completam 23 anos do crime, mostrou que nenhum desses elementos externos parece ter incomodado a atriz. Marina é dona da produção desde o primeiro minuta e mostra que não é à toa trata-se do principal nome do elenco.
A atriz soube construir Suzane para todos os momentos. A mulher manipuladora e que sabe jogar o jogo, até quando os momentos mais desesperadores exigia uma voltagem maior de emoção. A cada sequência, Ruy Barbosa sabia exatamente como agir. Era como se ela tivesse convivido constantemente com a própria assassina.
Tremembé é uma boa série e carrega muitos elementos dramáticos que chega a lembrar uma novela brasileira. Entre tantas qualidades, Marina construiu sua maior personagem na carreira e mostrou que o hater que sofreu em papéis anteriores se dava por puro preconceito. Uma atriz deste quilate merecia um papel tão denso, emblemático e viver uma história que já estava no imaginário de todo brasileiro.
