Publicado em 14/10/2022 às 04:49:00,
atualizado em 14/10/2022 às 10:40:42
Pela primeira vez em quase 30 anos a TV Cultura terá mudança de gestão de verdade em 2023 e a decisão tem apavorado funcionários. Independente se Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou Fernando Haddad (PT) sair vencedor nas eleições 2022, haverá drásticas alterações no canal público paulista. Desde 1995, a emissora é comandada por aliados do PSDB e quase não houve diferença entre uma administração e outra. Agora é diferente.
O NaTelinha apurou que, desde a derrota de Rodrigo Garcia (PSDB) no primeiro turno, entrou uma onda de pânico entre funcionários da Cultura. Como a maior parte é contratada sem concurso público, é quase certo que haverá demissões em massa para adequação de outros profissionais. Embora Tarcísio tenha fechado apoio de Garcia, ninguém acredita que o canal foi mantido no acordo por cargos.
Nos bastidores, fala-se em novos rumos. Embora a administração de João Doria Jr. tenha levado alguma mudança, com a formação do Conselho de estrelas comandados por Boni, não houve avanços significativos. A Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Cultura, seguiu nas mãos do mesmo grupo, mas agora é diferente.
Alguns funcionários acreditam que, caso Tarcísio saia vencedor, a expectativa é de que haja investimentos para transformar o canal em uma espécie de TV Brasil de São Paulo. A emissora federal tem se notabilizado por uma programação voltada a elogios ao governo e a acompanhar Jair Bolsonaro (PL) em quase todos os eventos de campanha. Mas o canal público também vem comprando diversos produtos, como novelas e tem tido audiência elevada. O candidato bolsonarista lidera a corrida eleitoral.
Por outro lado, a vitória de Haddad também deverá promover um choque de gestão. Oficialmente o candidato não fala suas pretensões para a emissora, mas aliados confidenciaram à reportagem que nascerá uma nova TV Cultura. A expectativa é de usar a programação para abrir espaços para produções independentes e dar voz à minorias. Há quem defenda que haverá programas em favelas, voltados para o público da periferia e com dramaturgia independentes, com co-produção com cineastas conhecidos. Além disso, o PT quer a todo custo retomar programação infantil.
Uma certeza corre nos corredores da TV Cultura. Qualquer um dos que vencer significa demissão de Marcelo Tas e de Vera Magalhães. O primeiro não deve seguir no comando do Provoca porque vem fazendo campanha massiva contra Bolsonaro e a trupe do presidente não quer nem vê-lo pintado de ouro. No caso de Fernando Haddad, também houve fortes críticas por parte de Tas em 2018 e pessoas ligadas ao candidato acreditam que a ideia é criar outro programa de entrevistas com alguém mais ligado ao progressismo.
O caso de Vera Magalhães é ainda mais grave. Isso porque ela é muito mais que apresentadora do Roda Viva, é comandante do programa. Considerado uma das principais produções de entrevistas políticas da TV brasileira, haverá revisão dos dois candidatos e ela será retirada, isso é dado como favas contadas. Enquanto o bolsonarismo estuda colocar nomes mais ligados ao grupo, o lado do PT não pensa muito diferente. Jornalistas ligados ao PT já teriam sido sondados, mesmo que Haddad não tenha autorizado nenhuma conversa antecipada.
O NaTelinha procurou as campanha de Fernando Haddad e de Tarcísio de Freitas e questionou as pretensões para a TV Cultura. Nenhum dos dois, no entanto, respondeu ao questionário. Caso haja resposta, a reportagem será atualizada.
Em março de 2022, José Roberto Maluf foi reeleito presidente da Fundação Padre Anchieta, responsável por manter a TV Cultura. Em tese, ele é o chefe da emissora pública e ficará no cargo até 2025. Ele pode ser uma pedra no sapato, em caso de vitória de Tarcísio. Isso porque, pelo regulamento da Fundação, nenhum governo pode interferir diretamente no trabalho de conteúdo e jornalístico da TV Cultura. Por outro lado, Tarcísio pode asfixiar a gestão diminuindo o repasse financeiro, em caso de queda de braço.
Maluf é muito ligado a João Doria, inclusive é sócio do ex-governador em alguns empreendimentos. Doria, como se sabe, é um dos maiores inimigos de Jair Bolsonaro e pode dificultar mudanças profundas na gestão da emissora, caso queira. No caso de uma vitória de Haddad, a nova gestão pode ser mais tranquila por causa de Geraldo Alckmin, muito querido pelo chefão da Padre Anchieta.
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