"Uma solução talvez fosse um segundo turno com os três candidatos mais votados."
Publicado em 26/08/2022 às 13:41:00,
atualizado em 26/08/2022 às 14:02:39
Antonio Fagundes não gosta do atual sistema eleitoral brasileiro. O ator acredita que um segundo turno com apenas dois candidatos estimula a polarização e o radicalismo. Por causa disso, ele acredita que o ideal seria que os três principais postulantes à vaga disputassem o 2º turno. A afirmação foi feita com exclusividade ao NaTelinha nesta sexta-feira (26), quando ele não revela o voto com clareza, mas dá muitos indícios.
A reportagem procurou o ator, como vem fazendo com grandes nomes e já ouviu Tony Ramos falar sobre suas expectativas para as eleições e garantiu que seu foco é escolher quem investe na educação, e Fagundes não se furtou a responder. Questionado sobre como ele enxerga o momento, o artista foi taxativo.
"Diante do atual descalabro e desmanche da sociedade brasileira a alternância de poder é uma das forças mais importantes do sistema democrático", garante em tom de crítica ao atual mandato de Jair Bolsonaro (PL). O intérprete de personagens inesquecíveis como Atílio, de Por Amor (1997) e Ivan, de Vale Tudo (1988) não cita o presidente, mas critica o momento do país.
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Ainda que não declare o voto, ele crava que pretende escolher a mudança. "Vamos alternar", pede o ator, que recentemente deixou o projeto da primeira novela da HBO Max. Porém, Fagundes aproveita para criticar o atual modelo político-eleitoral do país. "No entanto nosso sistema de escolha em dois turnos, com apenas dois candidatos no segundo, estimula o radicalismo sem dar outra chance ao eleitor que não a de votar no menos pior", e sugere
"Uma solução talvez fosse um segundo turno com os três candidatos mais votados."
Antonio Fagundescontinua depois da publicidade
A sugestão de Antonio Fagundes por três candidatos no segundo turno não é inédita nem exclusiva dele. Merval Pereira, conceituado jornalista da Globo já havia feito essa sugestão num artigo para O Globo. A proposta dele seguiu a mesma linha do ator, visando diminuir a polarização e o radicalismo, além de acabar com a hipótese do voto útil e permitir que o eleitor escolha quem ele se sentir mais à vontade.
Existe, inclusive, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) tramitando no Senado e que prevê a mudança. Ainda em fase de estudos, o documento foi levado para uma comissão analisar ainda em 2021 e queria mudar o sistema já para as Eleições 2022, mas não obteve sucesso. Nos bastidores da classe política fala-se que é inviável e que o documento não conta com apoio no Congresso, por isso dificilmente passaria.
Segundo a Lei das Eleições, a disputa para o executivo vai para o segundo turno em governadores e presidente. No caso de prefeitos, apenas cidades com mais de 200 mil eleitores. Os dois candidatos mais votados no primeiro turno disputam o voto do eleitorado três semanas depois, no 2º turno e o vencedor é o eleito.
Só não há segundo turno se, no primeiro o líder da corrida eleitoral obtiver 50% dos votos válidos mais um voto. Os votos válidos são diferentes dos votos totais, que incluem brancos e nulos. Já os válidos consideram apenas os eleitores que escolham um dos candidatos em disputa. O próprio sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulga os resultados considerando apenas a votação validada.
Nas eleições atuais, porém, ainda que a lei tivesse mudado, a corrida poderia terminar no primeiro turno. Pesquisa Ipec mostrou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no limite dos 50% dos votos válidos. Caso ele não conseguisse o número total e tivesse havido a alteração, além dele e de Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) disputariam a terceira vaga.
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