Copa: Jornalista é barrado no Catar por camisa com arco-íris
Repórter da CBS enfrentou dificuldades na cobertura da Copa do Mundo por usar roupa de apoio aos LGBTQIA+
Publicado em 21/11/2022 às 17:03
Nesta segunda-feira (21), um jornalista americano foi barrado no Catar por usar uma camisa estampada com um arco-íris e uma bola ao centro. Autoridades não deixaram o profissional circular por acreditar que o desenho seria um apoio à comunidade LGBTQIA+, já que as cores representam o movimento gay. No Catar, país que sedia a Copa do Mundo de 2022, a homossexualidade (relação entre pessoas do mesmo sexo) é proibida.
Grant Wahl, que é funcionário do canal CBS, estava indo para o estádio de futebol Ahmed bin Ali Stadium, em Al Rayyan, para assistir ao jogo Estados Unidos x País de Gales quando seguranças não deixaram ele circular pelo local vestindo a roupa. Segundo o comunicador, ele ficou detido por 25 minutos e teve o celular arrancado de suas mãos quando tirou uma foto em que mostrava a camisa.
"O que aconteceu quando a segurança da Copa do Mundo do Catar me deteve por 25 minutos por usar uma camiseta de apoio aos direitos LGBTQIA+, pegou meu telefone à força e exigiu com raiva que eu tirasse minha camiseta para entrar no estádio. Recusei", afirmou Grant nas redes sociais.
O jornalista contou que havia três seguranças que pediram para ele trocar de camisa, já que avaliaram que a roupa tinha temática política. No mesmo momento, um colega dele, um repórter do The New York Times, avisou aos funcionários do Catar que ele também era jornalista e que estavam impedido o trabalho dele.
Seguranças decidem destino de jornalista que usava roupa com cores do arco-íris
Por fim, o chefe da segurança chegou e, ao saber que era um jornalista, pediu desculpas e o deixou passar. De acordo com o coordenador, a equipe pediu para ele tirar a camisa para evitar que outras pessoas pudessem agredí-lo por usar a camisa com as cores do arco-íris. Um representante da FIFA também se desculpou com o repórter pelo ocorrido.