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Globo muda final de Quanto Mais Vida, Melhor, destrói novela e zomba do público

Final da novela foi alterado para salvar os quatro protagonistas


Roni morto em cena de Quanto Mais Vida, Melhor
Roni morreu em Quanto Mais Vida, Melhor - Foto: Reprodução/Globoplay
Por Daniel César

Publicado em 27/05/2022 às 20:26,
atualizado em 27/05/2022 às 20:26

A Globo decidiu peitar o autor Mauro Wilson e mudou o final de Quanto Mais Vida, Melhor, que teve seu último capítulo exibido na noite desta sexta-feira (27). Ao invés de matar um dos quatro protagonistas, como o previsto desde a sinopse, a emissora optou por dar cabo da vida de Roni (Felipe Abib), irmão de Neném (Vladimir Brichta) e acabou com a coerência da história, zombando dos telespectadores.

Embora tenha uma justificativa para este final, havia uma batalha sendo travada há tempos entre o autor da novela e a cúpula da Globo, sob a batuta de Ricardo Waddington e de José Luiz Villamarim. Enquanto Mauro Wilson preferia manter a coerência da história e dar cabo da vida de um dos protagonistas - o escolhido era o jogador de futebol para salvar a vida da filha - a direção optou por um final alternativo.

A decisão jogou fora toda a coerência narrativa da novela, já que a proposta era exatamente de matar um dos quatro após um ano de nova chance, já que, em tese, houve um erro da Morte (A Maia) na primeira vez em que eles morreram juntos, após um encontro surpreendente. A decisão do setor, destruiu a novela e jogou na lata do lixo toda a coerência e narrativa proposta pela sinopse.

Quanto Mais Vida, Melhor foi uma boa novela até a última quinta-feira (26) e até o primeiro bloco do capítulo derradeiro ofereceu cenas interessantes e caminhava para entrar para a história como um dos melhores finais da TV. O jogador de futebol que se sacrifica para salvar a filha, mas não só ela, também o irmão que ele sempre odiou, se jogando na frente de um tiro num ato de redenção completa.

Globo muda final de Quanto Mais Vida, Melhor, destrói novela e zomba do público

Uma pena que outros interesses tenham ficado acima do artístico e estragado o potencial de Quanto Mais Vida, Melhor. Mas isso não tira o mérito de um grande achado da Globo: Mauro Wilson se provou um autor que entende tudo da faixa das 19h e que pode dar um novo fôlego, algo que o formato precisa ansiosamente. Quanto à direção da emissora, cabe a ela analisar se as novelas são meros produtos comerciais ou se a arte deve prevalecer.

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