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Mel Gibson e Sean Penn dão show em O Gênio e o Louco


O Gênio e o Louco
O Gênio e o Louco

É difícil de acreditar que existe um filme sobre a criação de um dicionário - mas existe. E ele é um filmaço - uma história de loucura e de redenção, de gênios e de loucos.

O filme O Gênio e o Louco conta um pouco sobre a incrível história real de como foi realizar o dicionário inglês de Oxford, lançado no finalzinho do século 19, e até hoje considerado o mais completo dicionário da língua inglesa. Por anos, o professor Jammes Murray capitaneou os esforços para a criação do dicionário. Para fazer isso, ele contou com a colaboração de centenas de leitores pela Inglaterra inteira.

Mas mapear uma língua requer colaboradores de peso, verdadeiros apaixonados pela palavra. O problema não é só incluir todas as palavras no dicionário, mas saber como catalogar elas, como transformar o livro em uma coisa prática. O trabalho não teria sido possível se não fosse por um colaborador chamado W.C. Minor - que mandou mais de 10 mil definições para o comitê. Tudo da sua cela em um hospício para criminosos.

Apesar do filme ter como ponto de partida e propósito central a criação do dicionário de Oxford, é evidente que ele não funcionaria se o relacionamento entre esses dois homens, o professor e o detento, não desse liga. São papeis específicos, de tipos obcecados e excêntricos - que tem tudo a ver com os atores principais do filme, Mel Gibson e Sean Penn.

O filme, na verdade, foi idealizado pelo Mel Gibson - que inicialmente estava a fim de dirigir o filme, além de fazer o papel do professor Murray. Gibson já era obcecado pela história real de Murray e Minor há décadas, e estava esperando o momento certo para trazer o filme para as telonas.

Mel Gibson curte um épico histórico, com personagens obsessivos, né? Recentemente ele dirigiu Até o Ultimo Homem, filme da segunda guerra mundial sobre um soldado que se recusa a portar armas. E, antes disso, ele dirigiu Apocalypto, um filme todo falado em uma língua que o próprio Gibson construiu, baseada em registros históricos da civilização Maya, no começo do século 16.

Aparentemente, quando Gibson dirige ele prefere não assumir nenhum papel em frente às câmeras. Dessa vez, a vontade de interpretar o professor Murray foi maior para Gibson, então ele chamou o seu co-roteirista de Apocalypto, o diretor anglo-iraniano Farhad Safina, para dirigir o filme.

E a parceria parece, mais uma vez, ter dado certo. Quem é o gênio e quem é o louco, fica para a plateia decidir. Mas Mel Gibson e Sean Penn surtando para escrever o dicionário é um show por si só.

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