Gótico e psicodélico, A Cor que Caiu do Espaço tem Nicolas Cage em atuação surtada
Publicado em 26/12/2020 às 13:44
Apesar de ter vários elementos de ficção científica em suas histórias, Howard Philips Lovecraft é mais conhecido como um dos primeiros criadores do terror cósmico na literatura. Lovecraft é uma das maiores influências do mestre do horror e da fantasia Stephen King.
Por tudo isso, quando uma de suas criações ganha uma adaptação cinematográfica, é sempre motivo de festa pros fãs do gênero. Então, a celebração da vez e a dica do Canal Like (530 da Claro) de hoje é pelo filme A Cor que Caiu do Espaço.
Adaptado de um conto escrito em 1927, o longa traz a trama pros dias atuais. Procurando fugir da agitação dos centros urbanos, os Gardners vão tentar uma nova vida em uma fazenda numa região remota da Nova Inglaterra. Enquanto a família está tentando se adaptar a essa grande mudança de rotina, um meteorito cai bem no seu quintal.
O que mais espanta é a estranha cor sobrenatural que se espalha pelo ambiente. Essa força alienígena ou o que quer que tenha caído do espaço, parece se fundir com os elementos, infectando a terra e a água. Além de provocar mudanças radicais no corpo e na mente de qualquer ser vivo que entre em contato direto com essa cor.
Os efeitos nocivos do meteorito são diferentes de um Gardner pra outro, mas todos são atingidos. Por isso, o trabalho de cada ator é fundamental pra evolução dramática do longa. Nicolas Cage faz o pai, Joely Richardson, a mãe. Madeleine Arthur e Brendan Meyer interpretam os filhos adolescentes e o caçula é vivido por Julian Hilliard.
O diretor e roteirista de A Cor que Caiu do Espaço é o sulafricano Richard Stanley. Ele é o mesmo realizador de outro mix de terror com ficção científica: Hardware: O Destruidor do Futuro. Longa sobre um mundo pós-apocalíptico em que destroços de um robô viram uma máquina programada pra matar. Hardware foi premiado no Festival de Cinema Fantástico de Avoriaz, na França.
O filme de Nicolas Cage que Richard Stanley mais gosta é a comédia de terror Um Estranho Vampiro. Em que o astro faz o papel de um executivo excêntrico que pira ao achar que virou uma dessas criaturas da noite, depois de ser beijado por uma garota enigmática. Foi por essa razão que o diretor pediu a Cage que usasse em seu filme o mesmo estilo de atuação surtado de Um Estranho Vampiro. O trabalho do ator também lembra Jack Nicholson em O Iluminado.
Em A Cor que Caiu do Espaço, Nicolas voltou a colaborar com os mesmos produtores de Mandy: Sede de Vingança. Nesse cult que mescla ação, fantasia e horror, o ator também entra em cena com vigor visceral pra caçar os membros de uma seita religiosa que lhe causaram uma tragédia.
Entre o gótico e o psicodélico, A Cor que Caiu do Espaço faz várias referências ao universo de Howard Phillips Lovecraf. O longa vai da sugestão do terror psicológico ao horror físico explicito. E aí usa muitos efeitos especiais práticos que lembram clássicos dos anos oitenta, como A Mosca, de David Cronenberg, e O Enigma de Outro Mundo, de John Carpenter.
Richard Stanley tem o roteiro pronto de uma cinebiografia de Lovecraft, Providence, batizado com o nome da terra natal do escritor. Só falta filmar. Já Nicholas Cage realizou o sonho de participar de uma adaptação de uma história de Lovecraft, como uma homenagem a seu pai, que era fã do autor.
Se paletas de cores costumam passar ideias, sentimentos, sensações, pode ter certeza que o que domina a tela nesse filme é a ideia, o sentimento e a sensação de horror.
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