Publicado em 22/11/2019 às 13:09:43
Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor. É assim que começam os livros de Asterix, a famosa série de alguns em quadrinhos criada em 1959 por dois franceses. O ilustrador Albert Uderzo e o escritor René Goscinny.
Na França, eles são tão famosos quanto o Mickey Mouse, com direito a um parque temático exclusivo, a cerca de quarenta minutos de Paris. E, além de muito divertida, a resistência dos gauleses contra o domínio do Império Romano dá uma aula sobre a história da civilização. Asterix é o personagem principal das estórias. Este pequeno bravo guerreiro luta pelos seus valores com todas as suas forças, mesmo sabendo que enfrenta um inimigo bem mais poderoso.
Por causa da inteligência, ele é encarregado dos assuntos importantes da comunidade. O pequeno herói tem a companhia de Obelix, que é bem mais corpulento e vagaroso. Quando era bebê, o grandalhão caiu no caldeirão do druida Panoramix e ganhou força sobre-humana. É por isso que o Panoramix não deixa Obelix beber a poção mágica. Ninguém sabe o que poderia a acontecer.
Falta falar do mascote, o cãozinho Ideiafix, que só pensa em duas coisas: jantar jacalis e bater nos romanos.
Os álbuns venderam centenas de milhões exemplares em todo o planeta e inspiraram 12 longa-metragens. A primeira animação foi Asterix O Gaulês, lançada em 1967 e rodada sem que os criadores soubessem. O plano era exibir somente na TV, mas logo os produtores perceberam o potencial do desenho e levaram para o cinema. No ano seguinte veio Asterix e Cleópatra, agora sim com Uderzo e Goscinny assinando a direção.
O mesmo álbum seria refilmado com atores em carne e osso, e lançado no ano de 2002. Os 12 Trabalhos de Asterix foi a primeira animação com roteiro original, não baseada em nenhum dos quadrinhos. Mas mantém o mesmo espírito, explorando passagens históricas ou da mitologia, como Os 12 Trabalhos de Hércules.
Asterix esteve entre os bretões, os vikings, na conquista da América, enfim, foram muitas aventuras até a primeira animação live action da franquia. Asterix e Obelix Contra César reúne três estrelas internacionais no elenco. Christian Clavier, de Os Visitantes; Gérard Depardieu, de A Outra Mulher; e Roberto Benigni, de A Vida É Bela.
Na trama, a pequena aldeia de Asterix e Obelix é o único local que não é controlado pelo Império Romano. Isso porque os gauleses têm uma força descomunal. Porém, os ventos podem mudar se o governador Lucius Detritus conseguir capturar Obelix e Panoramix, se apossado da poção mágica para tomar o lugar do Imperador.O filme levou nove milhões de pessoas aos cinemas, só na França, e ganhou três continuações.
Asterix e Obelix Missão Cleópatra, de 2002; Asterix nos Jogos Olímpicos, de 2008 e, finalmente, em 2012, Asterix e Obelix Ao Serviço de Sua Majestade, que a gente vai destacar agora.
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O filme junta a estória de dois álbuns: Asterix Entre os Bretões, e Asterix e os Normandos. Ou seja, o imperador Júlio César não se contenta em dominar a Gália, o Egito e a Hispânia. Ele quer também aquela ilha chamada de Bretanha. A população de Londínio, a Londres atual, até que resiste bravamente, mas vai enfraquecendo. Então a rainha ordena que o servo mais fiel chamado Jolitorax procure ajuda imediatamente.
Jolitorax vai para onde? Para a Gália, claro, encontrar os famosos guerreiros invencíveis que derrotaram a legião de romanos. Volta de lá escoltando Asterix e Obelix com um barril enorme de poção mágica. Essa obra tem uma característica bem peculiar, porque a relação de Asterix e Obelix foi concebida como a dinâmica de um casal. Os dois inclusive precisam cuidar de um rapaz, o que faz sentido se a gente pensar que os gauleses foram precursores em matéria de homoparentalidade.
Depois de quatro filmes com atores, finalmente os fãs ganharam uma animação em 3D. Asterix e o Domínio dos Deuses é bastante fiel ao espírito anárquico dos álbuns de Gosciny e Uderzo, o que pode agradar aos mais velhos.
Dessa vez, o imperador romano Júlio César não invade a terra dos gauleses para expulsar os moradores de lá. O plano é ardiloso e ambicioso! A narrativa começa com a aldeia onde vivem os nossos heróis completamente vazia. Júlio César está em reunião com os seus conselheiros para construir o condomínio de luxo Domínio dos Deuses, bem ao lado da aldeia gaulesa.
É a quintessência da modernidade do ano 50 antes de Cristo! Um lugar planejado sob medida para impressionar e convencer os teimosos aldeões a se unirem ao Império Romano. Sobram piadas com o mercado imobiliário. Primeiro tem a insatisfação dos escravos exigindo direitos trabalhistas, daí vem a dificuldade inicial para se conseguir compradores e a burocracia com a documentação do imóvel.
A própria lógica da economia de mercado entra na pauta com referências engraçadas a concorrência saudável e as margens de lucro no comércio. Óbvio que os protagonistas vão bolar um plano para expulsar os novos moradores da Gália.
E está chegando um filme novo que revela o mundo gaulês fora da aldeia. Em Asterix e o Segredo da Poção Mágica, a dupla de heróis embarca numa jornada inédita para ajudar o velho Panoramix a encontrar um novo guardião para a poção mágica.
Mas esse é assunto para outra conversa.
Programa: Maratona de filmes
Asterix e Obelix Contra César
Asterix e o Domínio dos Deuses
Asterix e Obelix Ao Serviço de Sua Majestade
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