Decisão

Acusada de fake news, Jovem Pan é obrigada a dar direito de resposta a Lula

Poder Judiciário afirma que Jovem Pan cometeu fake news por conta de falas proferidas por comentaristas do Pingo nos Is


Lula durante cumprimento de agenda política
Lula durante cumprimento de agenda política - Foto: Reprodução/Globo

Nesta sexta-feira (28), o Tribunal Superior Eleitoral concedeu um direito de resposta à campanha de Luís Inácio Lula da Silva (PT) para ser veiculada na Jovem Pan. O PT alegou que deve se posicionar no canal de notícias por conta de comentários proferidos por Roberto Motta e Ana Paula Henkel no programa Pingo nos Is. 

No texto de defesa do candidato à Presidência, que ainda não tem prazo de quando irá ao ar, o partido alega que: "Em resposta às declarações dos jornalistas Roberto Motta e Ana Paula Henkel no Programa Pingo nos Is, da JP News, é necessário restabelecer a verdade. O Supremo Tribunal Federal confirmou a inocência do ex-presidente Lula derrubando condenações ilegítimas impostas por um juízo incompetente". 

"A ONU reconheceu que os processos contra Lula desrespeitaram o processo legal e violaram seus direitos políticos. Lula venceu também 26 processos contra ele. Não há dúvida: Lula é inocente", finalizou o texto, que foi publicado pelo UOL e que o NaTelinha também teve acesso. 

Na peça publicitária também haverá a foto de Lula junto com o número 13. A defesa da Jovem Pan, inclusive, questionou o motivo de haver tal inserção, mas o TSE assegurou que o direito de resposta não deve ser alterado. 

"Nesse cenário, defiro a veiculação do direito de resposta, nos moldes propostos, observado ainda o emprego de mesmo impulsionamento de conteúdo eventualmente contratado, em mesmo veículo, espaço, local, horário, página eletrônica, tamanho, caracteres e outros elementos de realce utilizados na ofensa", explicou o ministro Alexandre de Moraes, no texto da decisão. 

Jovem Pan alega que está sendo censurada 

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Desde a semana passada, a Jovem alega que sofre censura do TSE por conta das decisões do Poder Judiciário:  "Não podemos, em nossa programação — no rádio, na TV e nas plataformas digitais —, falar sobre os fatos envolvendo a condenação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Não importa o contexto, a determinação do Tribunal é para que esses assuntos não sejam tratados na programação jornalística da emissora. Censura", diz trecho do documento.

A nota ainda reafirma que o canal dobrou a aposta na guerra contra o TSE e que tratará o tema, não como uma condenação por fake news em período eleitoral, mas como censura.  "A Jovem Pan, com 80 anos de história na vida e no jornalismo brasileiro, sempre se pautou em defesa das liberdades de expressão e de imprensa, promovendo o livre debate de ideias entre seus contratados e convidados em todos os programas da emissora no rádio, na TV e em suas plataformas da Internet", afirma a emissora,

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