Desgastado, "The Voice Brasil" precisa de uma intervenção urgente para seguir em frente
Reality encerrou sua sétima temporada nesta quinta-feira
Publicado em 28/09/2018 às 00:16
Depois de três meses e duas exibições por semana desde a estreia, finalmente chegou ao fim a sétima temporada do "The Voice Brasil", vencida por Léo Pain, do time Michel Teló - seu quarto título em quatro anos no reality. Mas quem ganhou essa edição, na verdade, é o de menos.
Neste ano, ficou clara uma coisa que já era visível, pelo menos, desde a quinta temporada: o programa musical precisa urgentemente de uma mudança e de uma intervenção séria para se reinventar.
O fenômeno que acontece com o "The Voice" é o mesmo que aconteceu com o "Big Brother Brasil" em um determinado ponto. O formato é ótimo, as pessoas gostam de assistir, mas simplesmente havia enjoado.
E aí, saiu Pedro Bial e entrou Tiago Leifert. Novas regras foram criadas, novas dinâmicas, um jeito novo de encarar o programa foi feito, e ele continua firme e forte até agora.
O "The Voice Brasil" precisa disso. A última grande mudança foi a entrada de Ivete Sangalo. Algo que se mostrou eficaz no primeiro ano, se mostrou totalmente ineficaz neste. A cantora caiu na mesma laia dos outros três.
E qual é essa laia? Prepotência, escolhas erradas e popularescas demais. Gente boa de verdade ficando pelo caminho e pessoas que ainda não estão prontas para estarem ali ganhando moral e protecionismo.
Neste ano, esse protecionismo foi muito claro com a cantora Priscila Tossan. Notoriamente uma jovem de talento e com potencial, Priscila foi protegida demais e elogiada a exaustão, sem ter alguém para lhe dar uma chamada quando suas apresentações foram mornas.
Priscila estava tão protegida por todos, e principalmente por seu técnico Lulu Santos, que usando disso decidiu fazer o que queria. Cantar a canção "O Sapo" foi a prova disso: um desrespeito ao público, incentivado por um grupo de jurados que não sabe mais o que fazer e parece fazer o programa apenas pelo cheque.
O "The Voice Brasil" precisa de uma intervenção geral, com troca, se possível, de todos os técnicos. Não acho que Leifert seja um defeito, até porque o apresentador não é tão importante ao formato. O fato é que tem sido cada vez mais difícil assistir ao programa. Fica a dica para o ano que vem.