Publicado em 28/10/2022 às 19:11:00,
atualizado em 28/10/2022 às 19:11:17
Nesta sexta-feira (28), o Tribunal Superior Eleitoral concedeu um direito de resposta à campanha de Luís Inácio Lula da Silva (PT) para ser veiculada na Jovem Pan. O PT alegou que deve se posicionar no canal de notícias por conta de comentários proferidos por Roberto Motta e Ana Paula Henkel no programa Pingo nos Is.
No texto de defesa do candidato à Presidência, que ainda não tem prazo de quando irá ao ar, o partido alega que: "Em resposta às declarações dos jornalistas Roberto Motta e Ana Paula Henkel no Programa Pingo nos Is, da JP News, é necessário restabelecer a verdade. O Supremo Tribunal Federal confirmou a inocência do ex-presidente Lula derrubando condenações ilegítimas impostas por um juízo incompetente".
"A ONU reconheceu que os processos contra Lula desrespeitaram o processo legal e violaram seus direitos políticos. Lula venceu também 26 processos contra ele. Não há dúvida: Lula é inocente", finalizou o texto, que foi publicado pelo UOL e que o NaTelinha também teve acesso.
Na peça publicitária também haverá a foto de Lula junto com o número 13. A defesa da Jovem Pan, inclusive, questionou o motivo de haver tal inserção, mas o TSE assegurou que o direito de resposta não deve ser alterado.
"Nesse cenário, defiro a veiculação do direito de resposta, nos moldes propostos, observado ainda o emprego de mesmo impulsionamento de conteúdo eventualmente contratado, em mesmo veículo, espaço, local, horário, página eletrônica, tamanho, caracteres e outros elementos de realce utilizados na ofensa", explicou o ministro Alexandre de Moraes, no texto da decisão.
Desde a semana passada, a Jovem alega que sofre censura do TSE por conta das decisões do Poder Judiciário: "Não podemos, em nossa programação — no rádio, na TV e nas plataformas digitais —, falar sobre os fatos envolvendo a condenação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Não importa o contexto, a determinação do Tribunal é para que esses assuntos não sejam tratados na programação jornalística da emissora. Censura", diz trecho do documento.
A nota ainda reafirma que o canal dobrou a aposta na guerra contra o TSE e que tratará o tema, não como uma condenação por fake news em período eleitoral, mas como censura. "A Jovem Pan, com 80 anos de história na vida e no jornalismo brasileiro, sempre se pautou em defesa das liberdades de expressão e de imprensa, promovendo o livre debate de ideias entre seus contratados e convidados em todos os programas da emissora no rádio, na TV e em suas plataformas da Internet", afirma a emissora,
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