Publicado em 26/08/2022 às 20:50:00, atualizado em 26/08/2022 às 20:50:50
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Luis Inácio Lula da Silva (PT) teve comportamento enérgico durante toda a sabatina do Jornal Nacional que aconteceu na quinta-feira (25). Terceiro candidato a dar entrevista ao jornalístico da Globo, o candidato do PT deixou de responder algumas perguntas de William Bonner e Renata Vasconcellos para criticar abertamente seu maior concorrente, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que afirma a psicóloga Miriam Alice, contatada pelo NaTelinha para analisar o comportamento dos postulantes ao cargo nas entrevistas.
"Em muitos momentos, o ex-presidente apresentou comportamento evitativo às perguntas dos âncoras, com respostas aversivas ao atual presidente. Em paralelo, na maior parte da entrevista, Lula comportou-se de forma enfática e postura energética na apresentação e defesa de seu projeto de governo", explicou a especialista, em parte de sua análise.
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Em uma das ocasiões, a âncora do Jornal Nacional questionou Lula sobre como ele irá conciliar sua relação com o Centrão, sem moedas de trocas como o uso do orçamento secreto. O método é altamente criticado pelo candidato à presidência. "O Bolsonaro não manda nada, ele é refém do Congresso Nacional. Ele sequer cuida do orçamento, quem cuida é o Lira [presidente da Câmara dos Deputados], que libera verba. O ministro liga para ele, não para o presidente. Isso não acontece desde a Proclamação da República", mencionou o ex-presidente, em parte de sua resposta.
A psicóloga também afirmou que o candidato mostrou-se esquivo ao responder temas mais espinhosos de sua campanha, como a corrupção em seus governos e a má condução de Dilma Rouseff no setor econômico quando ela assumiu o cargo. "Desde sua apresentação, até às considerações finais, o presidenciável apresentou comportamento de esquiva às perguntas mais polêmicas, e teve a postura de se posicionar com contra-respostas", falou.
Em toda a sua apresentação o candidato trouxe citações e analogias populares, contudo, o candidato também recorreu à frase do pedagogo pernambucano Paulo Freire, contida no livro "Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido”, para justificar alianças e para confidenciar ser obcecado em “...vou voltar a governar esse pais, se o povo assim permitir, para fazer as coisas melhores do que fiz.”.
Na conversa, o presidenciável também afirmou que a presença do ex-rival político, Geraldo Alckmin (PSB), em sua chapa como vice-presidente é uma maneira que mostrar ao povo que duas figuras com experiência política irão resolver os problemas mais latentes no Brasil, como a taxa de desemprego e o impacto econômico por conta da pandemia de Covid-19.
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Simone Tibet é a próxima na sabatina do Jornal Nacional
Última candidata a ser sabatina pelo Jornal Nacional, Simone Tebet (MDB) será entrevistada nesta sexta-feira. A senadora do Mato Grosso do Sul disputa o cargo pela primeira vez e teve projeção nacional por conta da CPI da Covid. De acordo com a pesquisa IPEC, ela está em quarto lugar com 2% das intenções de voto.
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