Publicado em 27/09/2018 às 06:31:41
Chegar às seis décadas e meia não é para qualquer televisão. São poucas as que estão neste patamar no mundo, e fica aqui as congratulações à Record TV por completar tal idade nesta quinta-feira (27), mantendo um bom nível de produção e conseguindo ser relevante.
Atualmente, a emissora tem bons valores e coisas que precisam ser, de fato, celebradas e destacadas. A primeira delas é o seu jornalismo, que continua muito forte e sendo um grande pilar do canal.
Se existiam dúvidas de que o "Cidade Alerta" iria continuar após o falecimento do saudoso Marcelo Rezende, elas foram sanadas pelo ótimo trabalho feito por Luiz Bacci à frente do programa.
A linguagem de Bacci é diferente do que Marcelo fazia, mais sério e focado no jornalismo, mas não menos competente. O bom humor ainda está lá, mas sem desprivilegiar a informação. Encontrou o equilíbrio e vive uma boa fase.
Outro ponto de acerto é o "Balanço Geral" e o "Fala Brasil". O primeiro virou uma marca fortíssima por conta de suas versões locais e deve ser a mais reconhecida da Record TV em todo o Brasil atualmente. O segundo superou uma fase obscura e voltou a ser uma ótima opção de jornal matinal, ainda mais com a dupla Carla Cecato e Roberta Piza voltando a ficar entrosada.
Os realities do canal também vivem boa fase. O "Dancing Brasil" é de alta qualidade técnica, parecendo de fato ser um programa feito fora do Brasil. Enquanto isso, "A Fazenda" parece viver o melhor momento em anos com a chegada de Marcos Mion.
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No entanto, existem coisas a resolver, e elas são urgentes. O principal noticiário da emissora, o "Jornal da Record", precisa de uma reformulação editorial. É um jornal datado, chato de se assistir e com um dos espelhos mais errados que se tem notícia na TV - se não fosse a dupla Celso Freitas e Adriana Araújo, que é maravilhosa, seria pior ainda.
Outro ponto ruim é a faixa de shows. Antes de "A Fazenda" entrar no ar, o horário das 22h45 estava absolutamente morto e entregue ao SBT. Por fim, e como desafios mais importante, são dois.
O primeiro é a falta de divulgação das suas atrações. Programas de auditório estão sendo limados, com exceção de Rodrigo Faro. Sabrina Sato, por exemplo, está sendo renegada a um espaço no fim das noites de sábado.
Falando em novela, o segundo desafio é esse: notoriamente, o gênero bíblico está desgastado e a emissora não faz nada para tentar apostar em novos filões para sair do teto que essas tramas atingem. Hoje, a dramaturgia da Record TV é limitada e careta. Para quem tinha um departamento forte na década de 2000, chega a ser um insulto.
Parabéns, Record TV, pelo aniversário. Mas faça uma auto-crítica. Isso precisa acontecer. Nem tudo é festa.
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