Publicado em 11/11/2019 às 13:09:49
A América Latina é formada por vinte países, mas a grande maioria da produção cinematográfica está concentrada no México, na Argentina e no Brasil. E o nosso papo hoje é sobre o cinema argentino, que desperta cada vez mais interesse entre os brasileiros. Apesar disso, as películas de lá ainda encontram dificuldade de entrar no circuito exibidor daqui. Para a nossa sorte, algumas preciosidades hermanas fogem à regra é chegam às salas de cinema.
É o caso de A Odisseia dos Tontos, a nova comédia dramática de Sebastián Borensztein, o mesmo que dirigiu Um Conto Chinês.
Um dos personagens principais é vivido por Ricardo Darín, símbolo do cinema argentino contemporâneo. Ele atua ao lado do filho Chino Darín, que demonstra ter herdado a vocação do pai para a interpretação.
Estamos numa cidadezinha quase falida do interior argentino. A pessoa mais famosa por ali é o ex-jogador Fermín, que decide dar um jeito na situação. Ele reúne um grupo de moradores para comprar alguns silos abandonados e impulsionar a economia com uma cooperativa agrícola. O problema é que isso acontece exatamente no momento que o país é tomado pela recessão e uma grande desvalorização do peso.
A população entende que Fermín tinha a melhor das intenções, mas ele se culpa por colocar todo mundo naquela roubado. Ao mesmo tempo, Fermín percebe que muita gente andou levantando uma grana com a crise. A partir daí, os moradores se associam e tentam recuperar os fundos que perderam para o banco. Na prática, isso significa roubar um cofre isolado no meio do pasto. Uma missão arriscada que promete ser A Odisseia dos Tontos.
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Sem fazer discurso político, o longa consegue traduzir muito bem o impacto da crise argentina de 2001 na vida do cidadão comum. De quebra, garante momentos bastante divertidos do exército brancaleônico montado por Fermín para ressuscitar a economia da cidade. A gente embarca fácil no plano dos malucos oprimidos contra o empresário desonesto e opressor.
O que aconteceu no quintal do vizinho não é muito diferente do confisco da poupança no governo Collor. Na época, quem tinha dinheiro depositado nos bancos foi proibido de sacar qualquer valor de acima de 50 mil cruzados novos. E a primeira representação disso no cinema brasileiro aconteceu no longa Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas.
Dizem que o tempo cura as feridas e o melhor sinal de que o passado ficou para trás é quando a gente consegue rir das nossas tragédias. A acolhida que A Odisseia dos Tontos teve entre os Hermanos comprova essa tese e mostra a maturidade do cinema argentino contemporâneo.
Programa: Nos Cinemas - A Odisseia dos Tontos
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