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Sem Globo exclusiva, emissoras fazem conta por Copa de 2026

Canais poderão disputar novo pacote


Richarlison, na Copa
Emissoras querem a Copa de 2026 - Foto: Reprodução/Internet

A decisão da Globo de não garantir a exclusividade para a próxima Copa do Mundo, em 2026, vem movimentando o mercado brasileiro. Ainda que o canal tenha renovado o contrato com a Fifa, a chance de outras empresas transmitirem na TV aberta e na fechada fez com que concorrentes se atiçassem para testar a viabilidade de comprar o torneio mundial, que acontecerá nos EUA, México e Canadá e contará com 48 seleções, pela primeira vez - até então eram 32.

Segundo o Poder360, a renovação do contrato entre Globo e Fifa não garantiu a exclusividade para a TV aberta e fechada - em 2022 só o SporTV pode exibir as partidas da Copa. Isso significa dizer que outras empresas também poderão comprar os pacotes de jogos, ainda que tenham como concorrente a líder de audiência e que costuma bater recordes com os cotejos.

O NaTelinha apurou que SBT, Band e Record ficaram interessados em comprar os direitos dos jogos da Copa de 2026. Isso não quer dizer, no entanto, que as três irão comprar. Existe, inclusive, uma conversa de bastidor para que duas delas divida os valores cobrados pela Fifa e também o pacote de jogos, caso a empresa responsável pelas negociações concorde com o modelo de negócios proposto.

SBT e Record, inclusive, já estão de volta ao mercado do futebol. Após anos transmitindo a Libertadores, o canal de Silvio Santos tem os direitos de transmissão da Copa Sulamericana a partir de 2023. Já a Record continuará levando ao ar o Paulistão no próximo ano. A Band, por outro lado, também vem investindo no esporte, com a Fórmula 1, entre outros.

Por outro lado, há mais interessados. Marcas tradicionais como a Disney e a Warner estão de olho na Copa, tanto para o streaming quanto para a TV fechada. Caso consigam, existe a chance real de ESPN voltar a transmitir a principal competição de futebol do planeta, após ter ficado de fora em 2018. Na Copa do Brasil todo canal pôde exibir por conta das regras estabelecidas pela entidade máxima do torneio. Por outro lado, existe a grande possibilidade da HBO Max também entrar no circuito e tentar transmitir os jogos em sua plataforma, como já vem fazendo com partidas importantes da Champions League.

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Embora todo mundo queira a Copa, não é uma equação tão simples. Dados recentes mostram que a Globo arrecadou R$ 1 bilhão, mas não obteve lucro, segundo o Notícias da TV. A reportagem confirmou que os direitos de transmissão da Copa chegam a bagatela de US$ 50 milhões anuais, algo girando em torno de R$ 260 milhões. Isso ultrapassa a barreira do R$ 1 bilhão apenas pelos direitos, sem contar estrutura e equipe, o que pode inviabilizar o projeto.

Por outro lado, existe uma aposta das empresas que colocam tudo no papel antes de decidir pela compra: a queda do dólar. Em 2022, o Brasil vive um clima de retração da economia e medo de recessão para 2023, por outro lado, muita gente acha que ao final do governo Lula a economia estará melhor. Assim, com o dólar mais baixo, os custos se tornariam viáveis.

Também pesa favoravelmente o local da Copa. O Catar fica quase do outro lado do mundo e tudo é muito caro para manter uma equipe grande, o que é necessário para uma cobertura deste porte. Como em 2026 os três países sede ficam na América do Norte, a distância é menor e tudo pode ser facilitado. Ainda assim, a decisão deve sair nas próximas semanas.

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