Raio Negro é ação e drama em alta voltagem
Publicado em 09/07/2020 às 23:01
Em 1977, surgiu o primeiro super-herói negro dos quadrinhos da DC Comics, o Raio Negro. Criado por Tony Isabella, tem a habilidade de gerar e manipular eletricidade, além de ser um ótimo lutador de artes marciais.
Quarenta anos depois, em 2017, o diretor, produtor e roteirista Salim Akil começou a desenvolver uma adaptação do universo desse personagem pra uma série de TV. E ele conseguiu uma proeza, tanto em termos de qualidade da narrativa e da ação, como em representatividade, já que quase todo o elenco é de atores negros.
Cress Williams é Jefferson Pierce, ex-atleta olímpico e diretor da Garfield, uma escola de ensino médio. Mas ele tem um passado misterioso. Há nove anos, Jefferson usou pela última vez o traje do Raio Negro. À beira da morte, prometeu à esposa Lynn, vivida por Christine Adams, que jamais voltaria a combater o crime como um justiceiro. Afastado da mulher, ele procura provar a ela que merece sua confiança e que vai colocar sempre a família em primeiro lugar. Por isso, tem evitado usar seus superpoderes.
Mas a comunidade de Freeland vê um aumento alarmante dos índices criminais pela intensa atividade de gangues como Os Cem. E quando suas filhas são sequestradas por membros dessa corja, Jefferson resolve ressuscitar o Raio Negro. Ele vai contar com a ajuda de seu amigo e mentor Peter Gambi, personagem de James Remar.
A volta à ação vai despertar a ira da bandidagem e a curiosidade da polícia. O chefão do crime Tobias Whale, interpretado por Marvin “Krondon” Jones Terceiro, quer o Raio Negro vivo. E o inspetor Henderson, papel de Damon Gupton, vai ficar na cola do super-herói.
Na segunda temporada, vemos Jefferson assumindo de vez o seu misto de dom e sina. Ele atua freneticamente como o Raio Negro pra tentar livrar a cidade da bandidagem. E suas filhas provam que um raio pode cair mais de uma vez na mesma árvore genealógica. A mais velha, Anissa, vivida por Nafessa Williams, é a primeira a descobrir que também tem superpoderes. Mas a caçula Jennifer, personagem de China Anne McClain, também se revela especial.
Jefferson perde o cargo de diretor por não estar na escola durante um ataque da gangue dos Cem. Raio Negro tem seu primeiro confronto com Tobias e o inspetor Henderson começa a suspeitar que Jefferson Pierce e Raio Negro são a mesma pessoa. Como se não fosse o bastante, gente graúda está caçando o nosso herói, com grande interesse nos seus poderes. E a terceira temporada começa num clima de futuro distópico. Jefferson Pierce e sua esposa Lynn vão pra uma cadeia de segurança máxima “pra sua própria proteção”.
As ruas são tomadas pelo exército. Já Anissa e Jennifer têm que usar seus superpoderes pra enfrentar o caos que se instaurou no mundo, durante a ausência do pai. Também ficamos conhecendo as forças ocultas por trás dos novos desdobramentos da trama. Bill Duke faz o agente Percy Odell. Ele pertence a uma organização secreta e corrupta do governo que, há anos, trabalha no desenvolvimento de meta-humanos, pessoas com poderes extraordinários.
A terceira temporada ainda faz referência à Marcóvia, país fictício dos quadrinhos da DC Comics. O que pode servir como uma porta de entrada pra novos heróis da editora.
O mais calcada possível na realidade, a série Raio Negro é ação e drama em alta voltagem. Disponível na plataforma Netflix.