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Rio de Janeiro quase elegeu um macaco para prefeito e história vira documentário


Macaco Tião, O Candidato do Povo
Macaco Tião, O Candidato do Povo

No Brasil, durante quase toda época de eleição, alguém conta uma história que no Rio de Janeiro, muitos anos atrás, quase elegeram um macaco pra prefeito. E sempre aparece alguém que duvida, fala que não é possível, que isso é só uma lenda urbana. Mas, como nós sabemos, o Brasil não é para iniciantes. A história é de fato verdadeira. Em 1988, a cidade do Rio de Janeiro quase elegeu a estrela de seu zoológico como prefeito. Um macaco que fazia caretas e andava com a postura reta, que se chamava Tião.

O Brasil tinha acabado de assinar a sua constituinte. Mas, mesmo assim, a nascente democracia ainda estava muito sob suspeita. Era somente a segunda eleição para prefeito do Rio de Janeiro em que o povo podia votar. Mas Saturnino Braga, o primeiro prefeito eleito em 1985, tinha oficialmente declarado um estado de falência na cidade do Rio, e depois de muito hostilizado pelo seu vice, Jô Antônio Rezende, ele abandonou o cargo, em setembro de 88 - dois meses antes da eleição, e três meses antes de terminar o mandato. O favorito para ganhar a eleição era o ex-prefeito Marcelo Alencar - notado desafeto de Tião, que tacou seus próprios excrementos no postulante quando ele visitou o zoológico da cidade.

Foi nesse clima que a galera do programa de humor Casseta e Planeta decidiu lançar a candidatura da verdadeira estrela do Rio de Janeiro, o Macaco Tião. Pela lógica dos Cassetas, o Tião era um candidato perfeito. Não fazia promessas e era perfeitamente honesto. E era impossibilitado de cometer algum crime... pois já vivia preso!

O documentário de Alex Levy-Heller acompanha os bastidores de uma das histórias políticas mais bizarras de todos os tempos. Com depoimentos extensos de quase todos os humoristas, o documentário começa falando do Tião, depois fala da construção do candidato - que teve direito a showmício, jingle e camiseta - e desemboca em discussões fascinantes sobre o processo democrático e seus eventuais problemas, como a possibilidade de eleger um macaco para um cargo político.

A democracia, realmente, é uma delícia - mas ela tem seus custos. Macaco Tião, em 1988, teve inacreditáveis 400 mil votos para a eleição de prefeito do Rio de Janeiro. Nossa dica de hoje é essa: veja o documentário Macaco Tião, O Candidato do Povo para entender como isso aconteceu.

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