Antenado

Mudar elenco e se tornar mais povão ajudou "Bake Off Brasil" a virar fenômeno de Ibope


Beca Milano, Nadja Haddad e Olivier Anquier
Fotos: Divulgação/SBT

Após nove semanas no ar, já é possível entender porque a quarta temporada do "Bake Off Brasil" é a exitosa desde que o SBT passou a exibir o reality, em 2015. E não é difícil achar um diagnóstico.

O programa deixou de falar para o nicho, e com as mudanças para este ano, ficou mais aberto ao público de outras idades, virou um programa de TV aberta, não apenas uma atração para fãs de confeitaria e culinária.

A primeira delas foi a mudança de apresentadora. Saiu Carol Florentino, mais especializada na matéria-prima do programa, e entrou Nadja Haddad, uma comunicadora mais nata, mais emocional.

Até aqui, Nadja deixou claro a sua linha de apresentar. Foca nas histórias, no ser humano, e deixa de lado a linha mas técnica, algo que Carol focava. Isso pegou em cheio as mulheres donas de casa, que são maioria no horário.

Não é questão de ser melhor ou pior, Nadja simplesmente decidiu ser mais próxima dos participantes e do público, algo que Carol e até mesmo Ticiana Villas Boas, a primeira apresentadora do formato, não conseguiram. É um ponto de acerto inegável.

Mudar elenco e se tornar mais povão ajudou \"Bake Off Brasil\" a virar fenômeno de Ibope

O segundo foi a substituição de Fabrizio Fasano Jr, um jurado mais sisudo e sério, para a entrada de Olivier Anquier, um dos mais carismáticos apresentadores/cozinheiros do Brasil, conhecido faz anos do público.

Com o mesmo conhecimento que Fabrício tem, Olivier ainda acrescentou algo que o antigo não tinha: uma imagem mais agradável. As donas de casa adoraram. Ele tem conhecimento e carisma, duas coisas básicas.

Por fim, a única mantida foi Beca Milano, confeiteira de mão cheia. Não dá pra dizer que ela está lá porque é casada com diretor do SBT, é injusto e maldoso afirmar isso. Beca já provou que é muito competente.

Mais que ser competente, ela tem doçura, sabe passar a mensagem que quer de forma popular e também é tão carismática quanto seu colega jurado. Completa um trio que, claramente, é o grande acerto da temporada.

O único ponto fraco do "Bake Off Brasil" é a edição. Por vezes arrastada e colocando trilhas sonoras emocionais demais. A emoção é genuína, já está ali. Não precisa passar do ponto na pós-produção.

O fato é que o programa hoje é, de longe, a melhor opção do sábado à noite, cada vez mais combalido e esquecido na TV aberta. Só espero que o SBT não desgaste o formato, assim como a Band fez com o "MasterChef".

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