Visão Panorâmica

Fernanda Gentil e Érico Brás foram infelizes ao justificar fracasso do Se Joga

Apresentadores jogam responsabilidades do fracasso do Se Joga em questões externas


Apresentadores do Se Joga
Se Joga não sabe se continuará no ar - Foto: Reprodução

Com a pandemia do novo coronavírus, há várias incertezas sobre a futura programação da Globo, entre elas o retorno ou não do Se Joga. A atração não se firmou no horário vespertino, mas mesmo com baixa audiência, seus apresentadores parecem que vivem em um universo paralelo.

Fernanda Gentil foi entrevistada nesta quinta-feira (4) pela jornalista Patrícia Kogut e relativizou a audiência e as críticas. Primeiro ela diz que “ganhar audiência é uma consequência. Para mim, isso sempre foi segundo plano. É primeiro plano para os diretores. E a direção nos deixou tranquilos”.

Depois ela aponta que falar sobre “o programa acabou ou começou, que está mal de audiência, que é desperdício, que é sapatão, então vai gastar saliva, tempo e dedo à toa”. Um claro desdém aos que realizam críticas ao Se Joga e seu trabalho. Ou pelo menos foi isso que deu a entender.

Se a audiência fica em segundo plano e as críticas é desperdício de tempo de quem as faz, qual a lógica de existir o Se Joga? Quem acompanha o mundo da televisão, sabe muito bem que um artista tem como objetivo ter prestígio ou audiência. Se possível, os dois. Se Fernanda não liga para as críticas e o Ibope não é o mais importante, como eles medem o que o público quer?

Oras, esse tipo de comportamento é “desaforado” para não falar arrogante. Passa a sensação de que a apresentadora vive em um mundo invertido, em um lugar paralelo. Ela é inteligente e talentosa, não deveria cair nas declarações “clichês” para “lacrar”. Deveria absorver as análises e melhorar o programa.

Claro que há críticas odiosas e que não servem para nada. Não é o caso dos profissionais sérios. É possível listar textos que apontam os equívocos da atração e o que poderia melhorar, contudo, aparentemente, ninguém da produção quis absorver. Semana após semana a coisa foi piorando em todos os aspectos.

Érico Brás e o comentário infeliz

Fernanda Gentil e Érico Brás foram infelizes ao justificar fracasso do Se Joga

Érico Brás desabafou no mês passado em live feita por Fábio Porchat e declarou que o Se Joga sofre preconceito porque há um negro, uma lésbica e uma gorda no comando do programa. Sério?

Érico ignora que o programa concorrente faz sucesso com as fofocas de uma pessoa que foge dos padrões estéticos. Fernanda Gentil fez sucesso no esporte – área muito machista – casada com outra jornalista. Fabiana é uma das artistas mais bem sucedidas no humor e sempre foi adorada pelo público.

Jogar a falta de competência em fazer um programa bom no preconceito é desonestidade intelectual. O Se Joga é ruim! Não há outra palavra para definir e podemos listar inúmeros problemas. Qual a dificuldade de assumir que houve um equívoco?

Tanto Gentil quanto Érico não podem jogar a culpa em questões externas. Caso o programa continue na programação, nada mais justo com o público que as críticas sejam aceitas e ajustes aconteçam na atração. Humildade é tudo, até mesmo para quem é da Globo.

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