"Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: 'por favor, me ajuda'."
Publicado em 01/01/2023 às 18:07:00,
atualizado em 01/01/2023 às 18:07:05
Na tarde deste domingo (1º), durante a cerimônia de posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso de quase 30 minutos para milhares de apoiadores na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e chorou ao falar sobre a desigualdade social e a volta da fome.
No evento, transmitido ao vivo pela Globo, ele cumpria parte dos ritos da posse presidencial quando mencionou as pessoas que ficam nas ruas tentando chamar a atenção com apelos em cartazes e nas portas de açougues para comprar ossos. Nesse momento, o petista ficou com a voz embargada e interrompeu sua fala.
"Há muito tempo, não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando lixo em busca de alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola vivendo plenamente a infância a que têm direito", disse ele.
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"Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: 'por favor, me ajuda'."
Lula não conseguiu conter as lágrimas e interrompeu o pronunciamento, sendo aplaudido pelos presentes. "Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna", completou ele.
A primeira parte do discurso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Praça dos Três Poderes foi pautada na desigualdade social. "Assumimos hoje, diante de vocês e de todo o povo brasileiro, o compromisso de combater dia e noite todas as formas de desigualdade no nosso país. Desigualdade de renda, de gênero e de raça. Desigualdade no mercado de trabalho, na representação política, nas carreiras do Estado, no acesso á saúde, à educação e a demais serviços públicos", enumerou.
"Desigualdade entre a criança que enfrenta a melhor escola particular e a criança que engraxa sapato na rodoviária, sem escola e sem futuro. Desigualdade entre a criança feliz com o brinquedo que acabou de ganhar de presente, e a criança que chora de fome na noite de Natal", emendou ele, já com a voz embargada.
O presidente completou: "Desigualdade entre quem joga comida fora e entre quem só se alimenta das sobras. É inadmissível que os 5% mais ricos deste país detenham a mesma fatia de renda que os demais 95% de pessoas. Que seis bilionários brasileiros tenham uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país".
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