Visão Panorâmica

Fernanda Gentil e Érico Brás foram infelizes ao justificar fracasso do Se Joga

Apresentadores jogam responsabilidades do fracasso do Se Joga em questões externas

Se Joga não sabe se continuará no ar - Foto: Reprodução
Por Naian Lucas

Publicado em 06/06/2020 às 09:41:00

Com a pandemia do novo coronavírus, há várias incertezas sobre a futura programação da Globo, entre elas o retorno ou não do Se Joga. A atração não se firmou no horário vespertino, mas mesmo com baixa audiência, seus apresentadores parecem que vivem em um universo paralelo.

Fernanda Gentil foi entrevistada nesta quinta-feira (4) pela jornalista Patrícia Kogut e relativizou a audiência e as críticas. Primeiro ela diz que “ganhar audiência é uma consequência. Para mim, isso sempre foi segundo plano. É primeiro plano para os diretores. E a direção nos deixou tranquilos”.

Depois ela aponta que falar sobre “o programa acabou ou começou, que está mal de audiência, que é desperdício, que é sapatão, então vai gastar saliva, tempo e dedo à toa”. Um claro desdém aos que realizam críticas ao Se Joga e seu trabalho. Ou pelo menos foi isso que deu a entender.

Se a audiência fica em segundo plano e as críticas é desperdício de tempo de quem as faz, qual a lógica de existir o Se Joga? Quem acompanha o mundo da televisão, sabe muito bem que um artista tem como objetivo ter prestígio ou audiência. Se possível, os dois. Se Fernanda não liga para as críticas e o Ibope não é o mais importante, como eles medem o que o público quer?

Oras, esse tipo de comportamento é “desaforado” para não falar arrogante. Passa a sensação de que a apresentadora vive em um mundo invertido, em um lugar paralelo. Ela é inteligente e talentosa, não deveria cair nas declarações “clichês” para “lacrar”. Deveria absorver as análises e melhorar o programa.

Claro que há críticas odiosas e que não servem para nada. Não é o caso dos profissionais sérios. É possível listar textos que apontam os equívocos da atração e o que poderia melhorar, contudo, aparentemente, ninguém da produção quis absorver. Semana após semana a coisa foi piorando em todos os aspectos.

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Érico Brás e o comentário infeliz

Érico Brás desabafou no mês passado em live feita por Fábio Porchat e declarou que o Se Joga sofre preconceito porque há um negro, uma lésbica e uma gorda no comando do programa. Sério?

Érico ignora que o programa concorrente faz sucesso com as fofocas de uma pessoa que foge dos padrões estéticos. Fernanda Gentil fez sucesso no esporte – área muito machista – casada com outra jornalista. Fabiana é uma das artistas mais bem sucedidas no humor e sempre foi adorada pelo público.

Jogar a falta de competência em fazer um programa bom no preconceito é desonestidade intelectual. O Se Joga é ruim! Não há outra palavra para definir e podemos listar inúmeros problemas. Qual a dificuldade de assumir que houve um equívoco?

Tanto Gentil quanto Érico não podem jogar a culpa em questões externas. Caso o programa continue na programação, nada mais justo com o público que as críticas sejam aceitas e ajustes aconteçam na atração. Humildade é tudo, até mesmo para quem é da Globo.

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