Publicado em 17/12/2019 às 18:11:00
Apesar da série se chamar Toda Forma de Amor, é outra música do Lulu Santos que abre os episódios dessa nova série do Canal Brasil.
A nova série de Bruno Barreto tem como abertura uma sequência de planos médios de seus personagens, aparentemente nus, se encarando. A música que nós escutamos é Tempos Modernos do Lulu Santos e a letra, todo mundo já sabe de cor e salteado.
Eu vejo um novo começo de era, de gente fina elegante e sincera, com a habilidade pra dizer mais sim do que não... A música é uma espécie de hino à esperança e a positividade. Mas, aqui, o arranjo é melancólico e a performance é ponderada. É o começo perfeito para essa minissérie de cinco episódios sobre amores modernos.
A minissérie apresenta um mosaico de relações que tenta fugir dos padrões heteronormativos que nós geralmente estamos acostumados a ver no horário nobre. A ideia aqui é literalmente mostrar toda forma de amor. O lugar de encontro comum da maioria dos personagens é um grupo de terapia liderado pela psicóloga lésbica Hanna, que é interpretada pela Guta Ruiz.
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Entre os integrantes do grupo estão o drag-queen Milinho, a bissexual Clara, o cross-dresser hétero Paulo, a trans não-binaria Bianca, e uma mulher transexual hétero, a Marcela, uma DJ que acaba se envolvendo com Daniel, um proprietário de uma casa noturna que está em falência. Esse último bem padrãozinho hétero, interpretado pelo galã Romulo Arantes Neto.
No primeiro episódio da série, Daniel, muito influenciado pelo seu amigo Milinho, decide inovar e reformular completamente a sua casa noturna e transforma ela na boate "TRANSWORLD" que também passa ser um dos pontos de encontro da série.
Mas ao mesmo tempo que São Paulo ganha um refúgio LBTQI, a cidade começa a sofrer uma série de homicídios contra transexuais. E um dos maiores fios narrativos da série é desvendar quem está por trás desses assassinatos.
A série conta com várias atrizes trans nos papeis principais, como a Gabrielle Joie, Wallace Ruy, e a Glamour Garcia. Mas apesar da série ser assumidamente sobre o universo LGBTQI, Barreto insiste que o seu foco era criar narrativas que transcendam esse público. Ele disse em uma entrevista que "“a série é sobre as idas e vindas da sexualidade, da identidade sexual. Não importa a maneira, os problemas de amor são sempre os mesmos”.
Mais conhecido pelos seus clássicos Dona Flor e Seus Dois Maridos e O Que É Isso Companheiro?, Bruno Barreto é uma espécie de bastião do cinema nacional. Filho dos produtores Lucy e Luiz Carlos Barreto, Bruno é um dos diretores nacionais mais prolíficos e versáteis em atividade hoje em dia - ele esta há mais 40 anos fazendo filmes de ação, comedia, e romance com a mesma eficiência.
Com uma carreira tão prolifica, é surpreendente que Toda Forma de Amor foi a primeira série de ficção que ele dirige todos os episódios, do começo ao fim. Aliás, quem escreveu todos os episódios da série e idealizou o projeto, foi o dramaturgo Marcelo Pedreira. Com um toque sensível, mas sem nunca perder a tensão, Toda Forma de Amor tem a coerência e consistência das séries que tem o luxo de só trabalhar com um diretor e um roteirista.
Então não perca tempo e confira Toda Forma de Amor, a nova série de Bruno Barreto para o Canal Brasil.
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