Coluna Especial

Publicidade responsável: A chave para conteúdos infantis de qualidade na TV aberta

Coluna Especial no Dias das Crianças é assinada por Marluce Cavalcante, diretora do departamento jurídico do SBT


Elenco da série Picapau Amarelo do SBT
Picapau Amarelo é aposta do SBT no streaming e TV aberta - Foto: João Raposo/SBT

Sou advogada, tenho dois filhos e, pessoalmente, uma certeza: as crianças têm o direito à informação para o desenvolvimento de várias habilidades. Ter acesso à publicidade de produtos direcionados ao público infantojuvenil, na minha opinião, faz parte do direito à informação e é essencial para o direcionamento das escolhas.

Precisamos investir na formação de pessoas capazes de avaliar suas escolhas, lidar com frustrações e limites da vida. Diante das novas tecnologias disponibilizadas, não há como tratar esse público como incapaz de avaliar suas escolhas de consumo.

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Claro que a publicidade de produtos direcionados ao público infantojuvenil, assim como a publicidade em geral, deve ser pensada e desenvolvida sempre em total respeito à legislação, com sutileza e contexto.

A publicidade construída com responsabilidade pode viabilizar a produção de bons conteúdos, que hoje são raros, sobretudo na TV aberta.

Considerando que o Brasil é “gigante pela própria natureza”, temos o direito de privar o público infantojuvenil espalhado Brasil afora do acesso a conteúdos condizentes com a idade? Como produzir conteúdo de qualidade sem publicidade? Esses são questionamentos que devemos discutir com a sociedade em geral.

Conteúdo infantil está no DNA do SBT 

O SBT nunca abandonou o público infantojuvenil  e continua investindo significativamente na produção de conteúdos de qualidade e preocupando-se em transmitir valores positivos para essa audiência.

Esse DNA do SBT se repetiu no +SBT, plataforma de streaming gratuita, com a disponibilização de um canal 24 horas dedicado ao público infantojuvenil, com a produção de conteúdos exclusivos para a plataforma, como O Picapau Amarelo.

Acredito que a televisão aberta, inclusive em atendimento à sua finalidade constitucional, precisa ser plural, produzindo conteúdo de qualidade para todos os públicos, sem excluir nossas crianças, que, por falta de opção, acabam consumindo conteúdos que não são pensados nem adequados para elas. 


Marluce Cavalcante é advogada com mais de 20 anos de experiência na indústria do audiovisual e do entretenimento. É diretora jurídica do SBT e está à frente de grandes negociações envolvendo licença e aquisição de direitos e produções de obras nacionais e internacionais.

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