Coluna Especial

CEO da Guigo TV: A guerra do streaming e a necessidade de um agregador

À convite do NaTelinha, Renato Svirsky, CEO da Guigo TV, escreve sobre mercado de streaming


Renato Svirsky, CEO da Guigo TV, de braços cruzados em cima da mesa sorrindo com os lábios fechados
Renato Svirsky é CEO e Fundador da Guigo TV - Foto: Divulgação

Após décadas com opções que se restringiam à TV aberta, TV paga, Netflix e YouTube, os consumidores do mundo todo passaram a fazer parte do que podemos chamar de uma guerra do streaming de vídeos. Ou de uma overdose.

Com o sucesso de usuários e financeiro da Netflix, dezenas de grupos de mídia do mundo inteiro se espelharam na marca americana e criaram seus próprios aplicativos. Alguns decidiram vender diretamente ao consumidor, eliminando intermediários do caminho, outros o fizeram somente para suprir uma demanda dos consumidores que gostam dos conteúdos, mas estavam sendo mal atendidos pelos operadores de TV paga. Esse movimento de corrida desenfreada acabou gerando uma situação desconfortável para aqueles que mais importam: os consumidores.

Na aula de economia nos ensinam que para o consumidor, competição é melhor que o monopólio. Os preços caem e o consumidor escolhe os melhores. Só não contávamos que o processo seria tão doloroso para o consumidor.

De poucas opções, caras e com serviço ruim, o público de vídeo foi brindado com dezenas de aplicativos de marcas diferentes, em dispositivos diferentes (alguns estão só nos celulares, outros em SmartTVs e por aí vai) e o pior, tendo que fazer diversos pagamentos de serviços diferentes, em momentos diferentes. Se você não tem cartão de crédito, suas opções ficaram muito menores. Dá até saudade do boleto da operadora de TV paga no débito automático, mas ficamos felizes de não ter que pagar mais aqueles preços astronômicos.

Mesmo para muitos produtores de conteúdo, cujo foco deveria ser “produção de conteúdo”, o foco acabou se mudando para “produção de aplicativos”. Nem toda empresa conseguirá seguir a evolução tecnológica de uma Netflix. A manutenção de várias estruturas se torna muito cara, e para quem é especialista em conteúdo, não necessariamente esta é a melhor saída.

E nossa vida será assim para sempre? Não!

Invariavelmente os mercados trazem soluções que melhoram a vida dos clientes e neste caso não será diferente. Em alguns anos, o usuário deixará de ter vários aplicativos de streaming de vídeos em seu celular para ter somente um com todos os vídeos ali, um único login e uma única conta mensal para pagar. Ou às vezes virá junto com a conta de internet, bancado pelo patrão ou até mesmo embutido na nova TV que compramos.

Assim como o mercado da música alguns anos atrás, o mercado de vídeo em seu momento disruptivo passa por uma situação com grande pirataria, busca por preços menores e consumo em qualquer lugar.

Aos poucos as pessoas migrarão para os serviços que agregarem todos os conteúdos em um único lugar, sem restrição de produtor de conteúdo e que possamos consumir em qualquer lugar, com somente uma cobrança.

Não acredita? Pergunte para os fãs de Taylor Swift que somente puderam ouvi-la no Spotify a partir de 2018. O futuro dos agregadores chegará. Tudo em um único lugar. Com preços que cabem no bolso.


Renato Svirsky, CEO da Guigo TV - A Guigo TV é uma plataforma de distribuição e acesso aos canais de TV por assinatura. Disponível para smartphones, tablets, PCs e Smart TVs, o app permite ao assinante assistir ao vivo a programação de uma variada opção de canais nacionais e internacionais.

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