Publicado em 28/04/2021 às 23:07:00,
atualizado em 29/04/2021 às 00:16:08
Karol Conká, ex-participante do BBB21, foi uma das participantes do programa Saia Justa, no GNT, desta quarta-feira (28). Apresentado por Astrid Fontenelle, a atração teve como tema principal a rejeição e a experiência da rapper fora da casa mais vigiada do Brasil, após muitas polêmicas, como a briga com o ator Lucas Penteado dentro do confinamento.
"Não é fácil lidar com a rejeição. Eu já havia encarado mais nova e por isso acabei criando cascas, uma espécie da armadura para me defender. Depois que me tornei Karol Conka, artista, essa rejeição ficou mais afastada. Quando entrei no BBB eu acabei expondo uma camada, uma fragilidade, um comportamento muito feio. Assim que eu saí da casa eu demorei muitos e muitos dias pra ter noção de todas as minhas atitudes. Muitas coisas do que eu fiz e falei me deixaram muito envergonhada", disse a cantora.
"É muito ruim a sensação de decepcionar milhões de pessoas, amigos, pessoas queridas, pessoas que eu admiro. Eu ainda estou lidando, apesar de já ter dois meses e as pessoas falarem 'ah, já passou', mas não passou. Eu to passando ainda por essa situação, eu tô no momento ainda de reflexão bem profunda", disse Karol.
Sobre o recorde de rejeição mundial, a ex-sister contou: "No documentário foram 25 dias me acompanhando, ainda assim era recente a minha saída da casa. Então, ainda é possível ver no documentário eu montada na soberba, como uma forma de disfarçar a dor que eu estava sentindo por ter causado uma turbulência. Eu já tinha essa noção, do que eu tinha feito, dos meus erros, mas eu não tinha noção da proporção. Conforme os dias foram passando, eu fui tomando mais noção do que tinha acontecido e fui sofrendo muito. Eu caí numa tristeza profunda, que eu só queria sumir. Lidar com a rejeição é tão dolorosa até mesmo para aquelas pessoas que se dizem fortes nas músicas, que é o meu caso".
"Quando eu vi as cenas, eu tive que lidar não só com a rejeição do público, mas com a minha rejeição comigo mesma. Ainda estou no processo de me perdoar e entender. Já passou, aconteceu e eu não posso contribuir para uma cultura da qual eu não concordo. Quando eu voltei, eu estava me cancelando também. Só que eu comecei a notar que eu estava me reduzindo, me resumindo a uma camada. Eu não soube lidar com toda a pressão que estava vivendo ali", completou a rapper.
Questionada por Astrid Fontenelle a respeito de até quando acha que precisará pedir desculpas, Karol foi direta. "Até saciar a fome dos sádicos. Mas eu também não posso permitir virar só isso, um combo de desculpas. Eu já pedi desculpas, as minhas desculpas foram sinceras. Se eu não puder seguir minha vida após meu pedido de desculpas, ai a gente está lidando com um assunto muito mais sério que o meu discurso, a minha falta de controle dentro da casa", declarou.
"(Quando saí do programa) Me senti insegura e precisando muito de equilíbrio. Estou orgulhosa desse trabalho. Estou me tratando agora e estou orgulhosa desse documentário. Estou fazendo terapia. Óbvio. Imagina, depois de dois meses não estar fazendo. Apesar de me reconhecer em algumas cenas, eu ainda me choco. Eu estou arrependida de alguns comportamentos meus. Eu tenho a sensação que eu entrei no BBB e me autossabotei. Ter desequilíbrio emocional não me deixa orgulhosa. Estou extremamente envergonhada", relatou a artista revelando ter procurado ajuda profissional.
VEJA TAMBÉM
A Globoplay vai lançar, nesta quinta-teira (29), "A Vida Depois do Tombo" – documentário sobre Karol Conká, do BBB21. O documentário vai contar a trajetória da ex-BBB que tenta se reerguer após sua passagem controversa pelo reality show global. O filme contará com depoimentos de familiares e amigos da artista.
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