Olhar TV

Do Pânico às novelas: A versatilidade de Eduardo Sterblitch

Ator faz sucesso em Éramos Seis e esteve na minissérie sobre Chacrinha


Edu Sterblitch como Zeca
Eduardo Sterblitch é o divertido Zeca em Éramos Seis - Divulgação/TV Globo

Ele foi um dos símbolos do finado Pânico em suas passagens televisivas pela RedeTV! e Band. De César Polvilho a Poderoso Castiga, passando por Freddie Mercury Prateado, não teve quem não se contagiasse com o talento de Eduardo Sterblitch. Daí para a Globo foi um pulo. E é justamente nesta nova fase na emissora carioca que o humorista demonstra sua versatilidade em dois trabalhos em especial: Éramos Seis e Chacrinha, A Minissérie.

Na simpática novela de Ângela Chaves, Sterblitch dá vida ao divertido Zeca, um farmacêutico um tanto caipira, porém amável e cheio de humor, que forma um hilário casal com Olga (Maria Eduarda de Carvalho), irmã de Lola (Glória Pires). Os dois vivem entre tapas e beijos, no melhor estilo gato e rato, mas se amam intensamente. O relacionamento é um dos grandes trunfos da novela das 18h, especialmente pela intensa química entre os dois atores.

Em sua primeira novela, Sterblitch encarou com competência o desafio e honrou o perfil já defendido por Paulo Figueiredo e Osmar Prado nas versões de 1977 e 1994. A expertise do humorista pesou a seu favor e, além do ótimo par com Maria Eduarda, ele também protagonizou cenas excelentes com Susana Vieira, especialmente no conflito entre Zeca e Tia Emília, que o acusou de tentar roubá-la - sem saber que se tratava de um plano de Neves (Breno Nina), amigo de infância do farmacêutico.

Do Pânico às novelas: A versatilidade de Eduardo Sterblitch

Mais recentemente, o ator carioca ainda deu outra prova de versatilidade com a estreia da minissérie Chacrinha, baseada no filme homônimo de 2018 e que abordou a biografia do saudoso comunicador Abelardo Barbosa, conhecido por seu estilo anárquico no palco e sua irreverência na TV e no rádio. Coube a Sterblitch viver o então radialista pernambucano em sua fase mais jovem, quando tentou a vida no rádio e conquistou o sucesso que mais tarde o levaria para a televisão.

E é justamente no filme/série que Sterblitch mostrou que era muito mais que o humorista escrachado dos seus tempos de Pânico. Com brilhantismo e competência, engrandeceu o jovem Abelardo e deixou uma grande responsabilidade para Stepan Nercessian, não menos genial na fase madura do já consagrado Chacrinha e suas passagens pela Globo, Tupi, Bandeirantes e seu retorno à Globo, onde ficaria até a morte. Em meio a um elenco acertado – que também apresenta uma ótima Gianne Albertoni na pele de Elke Maravilha –, Sterblitch se impôs e merece todos os elogios.

A carreira de Sterblitch é recheada de tipos que conquistaram a geração 2000/2010 na televisão. Oriundo do grupo Deznecessários (que também revelou, entre outros, Tatá Werneck), o carioca começou a fazer sucesso com o repórter César Polvilho no Pânico na TV! e, mais tarde, com o inesquecível Freddie Mercury Prateado, que o catapultou para o sucesso graças às suas interações com os famosos nos eventos que o programa cobria. Viriam ainda outros tipos de sucesso, como o Melhor do Melhor do Mundo e o Poderoso Castiga ao longo da trajetória do Pânico na RedeTV! e na Band.

Sua chegada na Globo, curiosamente, soou como um "rompimento" com tudo o que o Pânico representava. A estreia se deu na temporada de 2017 do Amor & Sexo, cujo primeiro programa foi dedicado ao feminismo. Sua primeira aparição brincava justamente com o fato de vir de um humorístico considerado machista, deixando claro que o programa seguiria uma linha cada vez mais progressista e de respeito à diversidade. 

Mais tarde, Sterblitch ainda participaria da primeira temporada do reality musical Popstar, da quinta temporada do Tá no Ar e da elogiada série Shippados (último trabalho da dupla Fernanda Young e Alexandre Machado), onde dividiu o protagonismo com Tatá Werneck.

Agora, em Éramos Seis e Chacrinha, Eduardo Sterblitch mostra que não é apenas um talentoso e divertido humorista. É um ator e dos bons, capaz de encarar os mais variados tipos, e carismático como poucos em sua geração. Ao mesmo tempo que diverte como Zeca, emocionou ao retratar a trajetória de Abelardo Barbosa em sua juventude e início de sua carreira. E esta versatilidade credencia o ator a buscar voos ainda mais altos. Definitivamente, Eduardo Sterblitch não veio a passeio.

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado