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Z4, de fenômeno a ilustre desconhecido

Série "Z4" chegou ao fim nesta quarta-feira (29), sem brilhar


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Divulgação/SBT

Chegou ao fim nesta quarta-feira (29) a série jovem “Z4”, uma co-produção de Disney e SBT que tinha o nada modesto objetivo de formar o novo fenômeno teen da música.

Pelos cálculos da produção, a banda seria formada em episódios da série, ficaria um tempo no ar e, depois, sairia em turnê pelo Brasil. Enquanto isso, a obra ganharia espaço em outros países e ampliaria o fenômeno, pelos braços da poderosa Disney.

O problema foi que "Z4" não decolou. Embora tenha dado bons 10 pontos de audiência em média desde o início, não teve repercussão em mídias sociais, não teve um levante de fãs e, ao que parece, não conseguiu construir identidade com o público ao qual desejava atingir.

Sem o sucesso da repercussão espontânea, a trama precisaria de uma nova forma de vendagem, algo que divulgasse a atração e, por tabela, os demais produtos oriundos da narrativa, mas nem SBT, nem Disney e nem Formata (produtora responsável pela série) pareceram se preocupar com o público, seja na hora de formar a banda ou na hora de programar os próximos passos.

Tudo estava dentro do script, exceto por um pequeno detalhe: o público não comprou a ideia, não identificou os personagens e não abraçou a banda da forma que as empresas desejavam. O resultado disso foi um fracasso na venda de ingressos que levou ao cancelamento dos shows que o quarteto deveria começar a realizar a partir do fim da série.

Z4, de fenômeno a ilustre desconhecido

Nada de músicas-chiclete, nada de produtos derivados, nada de integrantes badalados, "Z4" termina como começou, sem alarde e, pior, com repercussão menor do que a outra série recente do canal, “A Garota da Moto”, que terá segunda temporada até 2019.

Ainda não se sabe o futuro da banda Z4, da série e de seus integrantes, talvez tenhamos um relançamento, um mega show, mas o fato é que, se acertou a mão na produção de novelas para o público infantil, o SBT errou quando se trata de produções musicais derivadas de sua dramaturgia.

Alguns grupos foram formados em novelas, mas pouco se fez para aproveitá-los fora da telinha. C1R, derivado de “Cúmplices de Um Resgate”, por exemplo, chegou a fazer alguns shows, muitos até com bastante gente, mas faltaram contratos longos com artistas para que dessem vida aos personagens por uma temporada mais alongada. Talvez um ano ou dois a mais de vivência pudessem, com estratégia correta, ter formado um grupo duradouro.

Parece que o SBT se acostumou a fazer produtos “descartáveis”, que sequer são explorados da forma como mereceriam. Os vácuos de um grupo musical jovens ou de uma boy band poderia muito bem ter sido preenchido com C1R e Z4, mas a falta de investimento nas plataformas de divulgação acaba por sufocar produtos interessantes.

Será interessante observar o movimento de Z4 fora do Brasil, se realmente existir, e quais alternativas serão pensadas para driblar o quase anonimato do grupo em terras tupiniquins.

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