Publicado em 25/03/2020 às 05:17:10
A volta de Fina Estampa ao horário nobre da Globo não tem apenas a função de cobrir um buraco deixado pela suspensão das gravações das novelas inéditas da emissora carioca, por conta da pandemia de coronavírus. A reprise também funciona para que telespectadores e crítica percebam, de modo prático, a evolução no trabalho de Caio Castro.
O ator interpretou Antenor na trama de 2011 e ainda engatinhava na carreira, já que havia surgido na TV três anos antes ao debutar na temporada de Malhação - que também está no ar, mas no Viva -. Desde então, Caio fez diversos trabalhos e chegou ao auge em Novo Mundo (2017), que será reprisada a partir de semana que vem.
Na primeira exibição de Fina Estampa, o ator recebeu muitas críticas por sua falta de composição aprofundada do personagem. As observações nada elogiosas aconteceram também pelo fato de que Caio Castro teve um papel de destaque, já que era o filho da protagonista Pereirão (Lília Cabral), um dos mocinhos jovens da trama.
O ator sempre foi visto com certo torcer de nariz por parte da crítica especializada e mesmo por telespectadores mais atentos por considerarem que ele sempre investia no mesmo tipo de personagem: o galã bonitinho e quase sempre canalha. Em Fina Estampa não foi diferente, já que Antenor fingia ser milionário e tinha vergonha do trabalho da mãe, que exercia a função de marido de aluguel.
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Caio começou a mudar seu estilo de interpretação, alguns anos depois quando, em 2015, aceitou exercer o papel de anti-herói de I Love Paraisópolis. Na trama do horário das 19h ele deu vida ao bandido Grego, uma espécie de chefe de favela que foi se mostrando cada vez mais amoroso e de bom coração.
Em seguida, o ator atingiu seu auge com Novo Mundo, onde deu vida a Dom Pedro I, o príncipe do Brasil. Na novela das 18h, Caio Castro se jogou no personagem, criou tipo, jeito de andar e até tom de voz diferenciado, mostrando personalidade na arte da interpretação.
Em entrevista ao Altas Horas em 2017, o ator confessou que não era "apaixonado" pela sua profissão, o que mudou ao longo do tempo. "Eu não tive toda a minha carreira amor pelo que eu fazia. De um tempo para cá algumas pessoas fizeram essa chama da atuação acender em mim", afirmou. Isso pode explicar o motivo do artista ter crescido tanto profissionalmente.
Agora, com o retorno de Fina Estampa, qualquer telespectador, mesmo o mais desatento, pode perceber que, se em 2011 existia alguma dúvida de que Caio Castro poderia se desenvolver na carreira de ator, já que apresentava personagens crus e impossíveis de se comprar, agora em 2020, rever a novela funciona apenas para observar que o potencial escondido em 2011 foi crescente ao longo da década.
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