Publicado em 24/12/2023 às 08:00:00
Celso Portiolli tornou-se, por vários meses, o único apresentador que conseguiu superar a Globo em 2023. Com as tradicionais tortas na cara do Passa ou Repassa ou com o jogo de perguntas e respostas Compra é Bom, Levar é Melhor, ele conquistou o público nas tardes de domingo, o que forçou uma mudança na grade da Globo para 2024, e, sem dúvida, consolidou-se ainda mais como um dos apresentadores mais prestigiados na TV.
Mas o maior mérito de Portiolli não foi seu carisma frente às câmeras, mas sua simplicidade longe da telinha. Na última terça-feira (19), o Grupo Silvio Santos ofereceu aos seus funcionários uma super festa na sede do SBT em São Paulo, e Celso circulou sem estrelismo entre os trabalhadores da emissora, distribuindo diversas selfies. Ele não vive o glamour, e isso deveria servir de exemplo para outros apresentadores. O glamour é uma fantasia.
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Avesso a polêmicas, hoje, Celso Portiolli é um homem bem-sucedido, dono de algumas empresas, mas ninguém o vê compartilhando em suas redes sociais ostentações da sua mansão ou da rotina do seu dia a dia. Embora todos saibam do seu alto padrão de vida que é fruto do seu trabalho.
Quem cobre televisão sabe que muitos apresentadores que aparecem na tela comandam o programa como parte de uma atuação de um personagem. Isso não se aplica ao homem do Domingo Legal. Não por acaso, ele é o grande sucessor de Silvio Santos na TV. Não foi forçando, foi uma conquista natural, apenas pelo seu talento. Parabéns, Portioll.
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Para combater o aumento da audiência de Celso Portiolli no começo das tardes de domingo, a Globo já está planejando a primeira parte do Domingão com Huck. O programa dominical enfrentará a atração do SBT em sua edição anterior ao jogo de futebol.
Abertura do capital estrangeiro
No meio político, discute-se já a possibilidade de votar a liberação do capital estrangeiro no setor de radiodifusão. A lei atual permite somente 30% de participação, percentual que não atrai investimentos estrangeiros. A questão deve ganhar força em março.
Publicidade infantil na TV
As restrições de publicidade infantil na TV, após tantos anos, afastaram a criança da televisão, comprometendo, inclusive, a renovação de público dos veículos. Há gerações que estão sendo habituadas a não assistir à TV linear. Quem defende a publicidade infantil usa como exemplo erros cometidos no passado, como a campanha famosa de uma tesoura para crianças: “Eu tenho, você não tem!”. Usam a exceção.
Sem produto audiovisual infantil, as crianças hoje cantam música do “Desce e rebola”, assistem aos vídeos de conteúdo duvidoso do TikTok. Onde assiste desenho o filho de pobre? A lei atual é ditatorial e hipócrita.
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