Exclusivo

Mariana Becker conta perrengues da F1 com Hamilton, novo piloto brasileiro e Senna

Jornalista se tornou a cara da Band nas transmissões da Fórmula 1. Ao NaTelinha, ela revela desafios e homenageia Senna


Mariana Becker segurando o microfone da Band
Mariana Becker faz a cobertura da F1 desde 2021 na Band - Foto: Arquivo Pessoal
Por Sandro Nascimento

Publicado em 07/11/2024 às 10:41,
atualizado em 07/11/2024 às 10:48

Mariana Becker se tornou a cara da Band nas transmissões da Fórmula 1, e essa identificação do telespectador manifestou-se durante o GP do Brasil, no último domingo (03), quando seu nome foi gritado nas arquibancadas da corrida. Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, a jornalista contou que ficou surpresa com a situação, mas ao mesmo tempo se sentiu acolhida. Becker também revela perrengues com Lewis Hamilton e comenta que a morte de Senna (1960-1994) exemplifica o que a Fórmula 1 tem de pior e de melhor.

Hoje com 53 anos, Mariana iniciou sua cobertura da F1 em 2008 na Globo e continuou seu trabalho na Band em 2021, quando a emissora passou a transmitir as corridas da categoria.

Novas regras da Globo geram pavor entre autores de novelas 

Os bastidores exclusivos de Globo, Band e Liberty Media pela Fórmula 1

Considerada uma das jornalistas mais influentes na Fórmula 1, Mariana Becker viveu um dia de um popstar durante o Grande Prêmio de São Paulo, em Interlagos. Parte do público que lotava as arquibancadas, mesmo debaixo de chuva, começou a gritar seu nome.

“Fiquei muito surpresa e comovida com essa manifestação. Normalmente a largada é um dos momentos mais tensos da cobertura, em que tenho que ter muitas informações na cabeça e estar pronta pra qualquer eventualidade. Ali, no meio daquilo tudo, foi como se alguém me parasse e me desse um imenso abraço”, diz a jornalista que começou sua carreira na Band do Rio Grande do Sul antes de migrar para Globo em 1994.

30 anos sem Ayrton Senna

No ano em que a morte de Ayrton Senna completa 30 anos, Mariana Becker afirma que o piloto é um ícone e que, para a Fórmula 1, ele transcende a figura tangível de piloto.

 “Ele combina a genialidade que nunca mais vai poder ser medida ou alcançada porque aquele tempo, aqueles carros e aquelas situações não voltam mais. E o fato de ter morrido em ação, combina o que este esporte tem de pior e de melhor. Melhor, a alegria da vitória e da audácia, e o pior, a finitude inexorável da morte repentina. Dois extremos."

Senna foi vítima de um trágico acidente durante o GP de San Marino, em Ímola, na Itália. Em 1994, aos 34 anos, ele perdeu o controle de seu carro a 200 quilômetros por hora, colidindo com um muro em uma curva.

Sobre a entrada do piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, de 20 anos, na Sauber na temporada de 2025, marcando o retorno de um profissional para representar o país na categoria após 8 anos, Mariana Becker afirma que Bortoleto está entrando no momento certo.

“Gabriel é um jovem concentrado e talentoso. Ele tem noção da importância da chance que está tendo e foi construindo a sua carreira para chegar onde chegou. Não é por acaso. Estamos todos curiosos para ver como ele vai se apresentar pilotando um Fórmula 1. Pela postura dentro e fora da pista, para mim, ele está entrando na hora certa.”

Mariana Becker sobre o piloto Gabriel Bortoleto

Fórmula 1 na Band

A audiência da transmissão do último domingo (03) do GP do Brasil fez a Band alcançar uma média de 6 pontos com picos de 6,9, chegando a tirar o segundo lugar do SBT por 43 minutos não consecutivos. Além disso, a emissora dedicou mais de 10 horas de programação entre sexta-feira e domingo para a cobertura dos treinos, pré-corrida e pós-corrida, além das 7 horas no canal Bandsports na TV paga.

“Acho que como todo mundo, temíamos um ano de definição rápida e fácil do mundial pelo Max Verstappen, mas não foi isso que aconteceu. As corridas estavam totalmente imprevisíveis e a temporada cheia de histórias paralelas que coloriram muito a cobertura”.

Mariana Becker faz balanço da F1 em 2024

Mariana Becker conta perrengues da F1 com Hamilton, novo piloto brasileiro e Senna

Sobre quem é Mariana Becker fora do vídeo, ela responde: “Sou basicamente a mesma pessoa na frente e atrás das câmeras, com a diferença de que, longe das lentes, eu cozinho bastante e amo estar com bichos, quase sempre em silêncio. De resto, tropeço igual, tenho acessos de riso, me comovo, fico brava, tudo isso com a consciência de ter que me organizar para tentar passar as informações da forma mais palatável possível”.

Receba as notícias mais quentes do momento direto no seu WhatsApp!

Acesse

Perrengues na Fórmula 1

Nesses 16 anos de cobertura da Fórmula 1  ao vivo, Becker conta que as ‘roubadas’ e os ‘micos’ são inevitáveis e, “no meu caso, inúmeros”, completa.

“Trabalhar o dia inteiro empapada e tremendo a ponto de o piloto ter que segurar o meu microfone é fichinha. Dar branco de cansaço na hora H da pergunta, também. Essas duas aconteceram com Lewis Hamilton. E eu ainda confessei. Por alguns segundos, fiquei muda olhando para ele e disse: desculpa, esqueci totalmente o que iria te perguntar. Calça rasgada nos fundilhos enquanto caminhava pelo paddock e grid, foram duas vezes. E por aí vai…”, revela.

Assista ao vídeo onde Mariana Becker ganhou torcida no GP Brasil:

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado