Mídia, Mercado e Etc.

A grana está curta? Confira 7 dicas para economizar nas assinaturas de streaming

Descubra os segredos para economizar que as plataformas não querem que você saiba, incluindo onde assistir a filmes e séries de graça

Atualmente existem muitas plataformas de streaming disponíveis
Por Renan Martins Frade

Publicado em 06/02/2023 às 07:30:00,
atualizado em 06/02/2023 às 12:12:49

Está cada vez mais difícil fazer as plataformas de streaming caberem no orçamento. Afinal, são inúmeros serviços diferentes, muitos com preços que já não são tão baratos assim. Pior: a oferta de filmes e séries acabou pulverizada, com títulos badalados pintando em lugares diferentes. Quem mais sofre com esse cenário? Ele mesmo, o bolso - ainda mais no atual momento da economia mundial.

Por isso, a coluna Mídia, Mercado e Etc. desta semana traz um serviço de utilidade pública, reunindo sete dicas para economizar o seu suado dinheiro na hora de curtir o streaming. A lista inclui sugestões grátis e dicas que os grandes conglomerados de mídia não querem que você saiba.

Confira:

Faça combos para ter descontos

A primeira dica é que você não precisa pagar o preço cheio de todos os serviços. Há plataformas que oferecem combos com descontos, deixando a compra em conjunto mais barata.

Um dos grandes exemplos é a Disney. O grupo americano é o dono de Star+ e Disney+: a primeira traz conteúdos mais adultos e esportes, enquanto a outra tem um perfil mais família. Elas custam, respectivamente, R$ 27,90 e R$ 32,90. Já no chamado Combo+ você paga R$ 45,90 ao mês por ambas - uma economia de cerca de 25%.

Outra plataforma que permite combos é o Globoplay. O streaming do Grupo Globo, sozinho, sai por R$ 24,90 ao mês, mas é possível adicionar o Disney+ (por um total de R$ 43,90, economia de 17%), Telecine (R$ 49,90) e Discovery+ (R$ 39,90). Há ainda pacotes com os chamados “canais ao vivo”, que são aqueles da antiga Globosat - como SporTV, Globonews e GNT.

Há serviços que são onipresentes nos combos. O Lionsgate+, por exemplo, pode ser assinado junto com Globoplay (R$ 35,90) e o Combo+ (R$ 55,90). Sozinha, a plataforma anteriormente conhecida como Starzplay fica em R$ 14,90 mensais.

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Assine por meio de parceiros

Outra forma de pagar menos no seu streaming favorito é fazer a assinatura por meio de um parceiro da plataforma.

A campeã no quesito é a Disney. Tanto o Star+ quanto o Disney+ possuem descontos para os usuários do Mercado Livre - quanto maior o seu nível no Mercado Pontos, o programa de fidelidade do marketplace, menos você paga. O corte pode chegar a 100% para quem é Nivel 6, o mais alto. Para chegar nesse estágio é necessário usar bastante a plataforma de compras, mas é possível “cortar caminho” e pagar para ser Nível 6 - “ganhando” os streamings.

Além disso, o Mercado Pontos dá descontos de até 50% no Deezer (um concorrente do Spotify), Paramount+ e HBO Max. Assinando tudo isso por fora, você pagaria R$ 116,60 - mas somando o valor cheio do Nível 6 aos outros serviços, já com os descontos, o total fica em R$ 85,34 - e “ganha” os benefícios do Mercado Pontos, como descontos no frete de suas compras.

E quanto mais usar o marketplace, mais barata essa conta fica.

Falando na HBO Max, o streaming da Warner Bros. Discovery vem de “brinde” para quem é assinante Prime Plus do app de delivery Rappi. O valor mensal é de R$ 27,90, o mesmo do serviço sozinho, mas você recebe também entregas grátis no aplicativo de compras, entre outros benefícios. Bem útil para quem pede muito no delivery.

Já a Apple oferece o Apple One, pacotão que reúne em uma só assinatura (com descontos) o Apple Music (outro concorrente do Spotify), Apple TV+ (o streaming de vídeo), Apple Arcade (games), iCloud+ (armazenamento na nuvem) e Apple Fitness+ (plataforma de exercícios) - o que pode ser particularmente útil para os usuários do ecossistema da empresa da maçã. O plano mais barato sai por R$ 34,90 (uma economia de R$ 15,30, de acordo com a empresa).

Por fim, vale lembrar que alguns serviços estão disponíveis sem custo adicional para quem ainda é assinante da TV paga. O seu plano tem os canais HBO e Telecine? Pois você tem acesso à HBO Max e ao canal Telecine do Globoplay sem precisar pagar nada a mais, basta logar nos streaming com a conta da sua operadora.

Seja inteligente

Vamos ser sinceros: você precisa mesmo assinar tudo em todo lugar ao mesmo tempo?

O que os grandes grupos de mídia não querem que você saiba - ou, no mínimo, que se dê conta - é que está na sua mão o poder de cancelar a assinatura a qualquer momento. O serviço está em uma entressafra, sem nada novo por algum tempo? Cancele, sem dó. Quando houver algum lançamento relevante, que capture a sua atenção, volte. Simples assim.

É possível até fazer um planejamento. Segure a ansiedade e anote as novas séries e filmes comentados pela imprensa e pelos amigos. Quando acumular um número razoável (e algum tempo livre), assine novamente e faça maratonas.

Ok, você é muito fã de um título específico e não aguenta esperar. Não tem problema: aproveite esse um mês em que voltou por causa da sua série favorita e tire o atraso de outros programas que estão na sua lista de desejos. Ticou tudo o que tinha nessa lista? Cancele.

Isso fica particularmente mais fácil em streamings como a Netflix, que lançam temporadas inteiras de uma só vez. Porém, lugares como Paramount+, Apple TV+ e HBO Max adotam o modelo de episódios semanais. Nesse caso, controle-se: que tal esperar acumular os primeiros capítulos e assinar apenas durante o último mês de exibição? Assim você maratona o começo da temporada de uma só vez e acompanha o final junto com todo mundo, sem tomar spoilers.

Outro uso racional fica por conta da análise dos catálogos do que já assina. Se alguns filmes e séries estão em mais de um serviço, você realmente precisa de todos?

Nesse sentido, aqui vai uma dica específica: inúmeros longas da Warner Bros. Pictures foram recentemente integrados ao catálogo do Prime Video. A plataforma custa bem menos (R$ 14,90 versus R$ 27,90) que a HBO Max, que disponibiliza esses mesmos títulos - e além de ser mais barato, o streaming da Amazon vem com um pacote de serviços como frete grátis no e-commerce.

A única desvantagem é que a HBO Max ainda tem exclusividade nos longas mais recentes da Warner Bros.

Faça assinaturas anuais, se fizerem sentido

O inverso da dica três também é válido. Seja sincero: você vai conseguir mesmo entrar e sair, de tempos em tempos, de algum dos streamings que assina atualmente? Esse comportamento nem sempre é possível, e é aqui que entra a vantagem da assinatura anual.

Isso é particularmente verdade para quem gosta de um formato de produção que é bastante explorado em uma plataforma (como as novelas do Globoplay), é fã de franquias com lançamentos constantes (como Marvel e Star Wars no Disney+), tem crianças que adoram rever inúmeras vezes as mesmas animações, ou curte transmissões esportivas ao vivo que se espalham durante todo o ano.

Se o seu caso for um desses, dê uma olhada nos planos anuais da sua plataforma favorita. O Disney+, por exemplo, sai por R$ 279,90 ao ano, com dois meses saindo efetivamente de graça. O problema: o pagamento é à vista, de uma vez só.

Já o Globoplay é mais camarada: o plano anual custa R$ 238,90, podendo parcelar em 12 vezes. Na prática, o pagamento mensal cai de R$ 24,90 para R$ 19,90.

O streaming do Grupo Globo tem descontos do tipo nos outros combos (inclusive com o Disney+, aí sim com parcelamento em 12 vezes), mas talvez a maior vantagem seja no pacote com o Premiere - que tem transmissões de futebol, incluindo inúmeras partidas exclusivas, durante todo o ano. Na assinatura anual esse pacote sai, no momento, por 12 vezes de R$ 39,90 (contra R$ 69,90 do preço cheio).

Compartilhar é cuidar

Todo mundo compartilha assinaturas de streaming, ainda que a iniciativa seja quase sempre vedada pelos termos e condições das plataformas. Por isso, esta coluna não dará essa dica: a decisão fica por conta de sua consciência.

Vale lembrar que a Netflix está apertando o cerco em relação ao assunto e, a partir do próximo mês, vai começar a limitar esse compartilhamento - o que está deixando muita gente irritada. A própria empresa acredita que existam, hoje, 100 milhões de lares que usam a assinatura feita por outras casas.

Porém, a mesma empresa já está testando em alguns países um compartilhamento pago de assinaturas. Por um valor a mais por mês, provavelmente na casa dos R$ 5, o usuário poderá dividir a conta com quem mora em outra casa.

Essa informação tem dois lados: a cobrança pode ser um problema, sim, mas ela efetivamente legaliza o compartilhamento de senhas.

Que tal, então, rachar a mensalidade quando essa possibilidade finalmente chegar ao Brasil? Afinal, você já divide a conta do restaurante com seu amado ou amada, certo? Cada um pode pagar metade da assinatura da Netflix, também. Um alívio para o bolso de ambos.

Ah, e se começar a haver atrasos no pagamento e brigarem ou até terminarem por isso, vai por mim: foi um livramento.

Seja racional com o plano que você paga

Desde novembro a Netflix oferece uma assinatura mais barata, de R$ 18,90. Em troca, o streaming veicula publicidade antes e durante os vídeos.

Alguns, com tolerância zero a anúncios, querem fugir dessa opção. Agora, o seu ranço em relação a propagandas custa R$ 21 ao mês, que é a diferença do valor para o plano padrão?

Dê, ao menos, uma chance ao novo plano básico.

Se gostar da ideia, uma boa notícia: outras plataformas vão adotar no Brasil o modelo nos próximos meses. Uma delas, já confirmada, é o Disney+. HBO Max e Paramount+ oferecem assinaturas com anúncios nos Estados Unidos e podem trazer o formato para cá, caso dê certo nas concorrentes.

A mesma dica vale para as assinaturas mais caras, sem anúncios. O plano Premium da mesma Netflix oferece resolução 4K de imagem por um preço bem mais salgado. A sua televisão suporta essa qualidade de imagem? E, mesmo que suporte, você nota a diferença a ponto de compensar os R$ 16 mensais adicionais?

Use plataformas grátis

Se a publicidade realmente não for um problema, há também streamings 100% grátis, com anúncios, para você curtir. A única desvantagem é que, quase sempre, os catálogos são compostos por produções mais antigas.

Uma delas é a Pluto TV, que tem dezenas de canais lineares (no formato chamado FAST) e inúmeros filmes e séries para assistir sob demanda, para ver quando quiser. Há clássicos como Jeannie é um Gênio e os curtas de Charlie Chaplin, além de muitos filmes dos anos 1990, 2000 e 2010.

Para os fãs de esportes, a Pluto TV transmitiu a íntegra da Copa Libertadores de futebol feminino em 2022 e terá algumas partidas do campeonato masculino deste ano.

Nessa mesma linha existem ainda a NetMovies e a Vix, com centenas de filmes e séries sem custo para assistir. Essa última, inclusive, pertence ao mesmo grupo que a Televisa, o que garante algumas novelas mexicanas para os fãs.

Para os usuários do YouTube, há alguns canais totalmente legais que disponibilizam filmes gratuitos na plataforma, sem pirataria. Entre eles estão Adrenalina Freezone e a própria NetMovies.

Às vezes, o longa-metragem que você quer assistir naquela plataforma caríssima já está em algum desses lugares, de graça. A única desvantagem: praticamente todo o conteúdo é dublado e não há opção de legendas.

Vale lembrar que diversos streamings, como Apple TV+ e Prime Video, oferecem períodos de degustação grátis que duram entre uma semana a um mês. Em outros casos, como o Nível 6 do Mercado Pontos, há grandes descontos no começo da assinatura.

Lembre-se: esses períodos passam rápido, deixando o valor cheio para pagar em pouco tempo. Seja racional nessas assinaturas e planeje o que vai ver para fazer o prazo valer a pena. E já deixe marcado na agenda quando termina o período gratuito para não esquecer de cancelar, caso não goste do catálogo.

Agora é só começar a colocar as dicas em prática. O seu bolso agradece!

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