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Lula no hospital: Médico explica se é possível sair da UTI andando após cirurgia no cérebro

Médico deu detalhes, em entrevista exclusiva, sobre o que aconteceu com Lula


Lula em foto
Lula saiu da UTI - Foto: Reprodução/Internet

Depois de cinco dias internado e após realizar duas cirurgias na cabeça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, saiu da UTI na manhã desta sexta-feira (13), sorridente e caminhando.

Em boletim médico divulgado às 11h20, o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo informou que o chefe do Executivo segue internado agora sob "cuidados semi-intensivos", um grau abaixo da UTI, conforme explicado pela instituição.

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Lula apareceu de maneira descontraída, usando camiseta, calça esportiva e tênis, caminhando alegremente pelos corredores do hospital. É possível notar um curativo no topo de sua cabeça, mas as imagens mostram que ele está em bom estado de saúde.

Na gravação, o presidente é visto andando pelos corredores ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale, que integra a equipe médica responsável por sua recuperação. Esta é a primeira imagem pública de Lula desde a cirurgia realizada na madrugada de terça-feira. "Peço que fiquem tranquilos. Estou firme e forte”, escreveu o presidente em uma mensagem que acompanhou o vídeo.

Enquanto muitos internautas comemoraram a rápida recuperação do presidente, outros expressaram ceticismo, questionando como alguém pode se recuperar tão rapidamente após um procedimento tão delicado, especialmente em uma área sensível como o cérebro.

De acordo com o neurocirurgião e presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Dr. Wuilker Knoner Campos, a recuperação rápida é possível em casos como o de Lula. “Se o paciente chegou andando e acordado após a cirurgia, ele tende a continuar nesse estado, com melhora progressiva dos sintomas. É normal que, no segundo dia, o paciente já se levante da cama e caminhe. No terceiro dia, muitos desses pacientes recebem alta”, explicou.

O especialista detalhou que, em casos de hematoma subdural crônico, como o do presidente, a abordagem geralmente envolve uma drenagem por trepanação, que alivia a pressão intracraniana. “O paciente acorda no dia seguinte ou até logo após a cirurgia, já extubado e consciente. É comum que, no terceiro dia, ele esteja andando e receba alta.”

Dr. Wuilker também ressaltou que a evolução depende do momento em que o paciente busca ajuda médica. “Se o paciente demora para procurar atendimento, o quadro pode se agravar. Mas isso é raro, porque, quando surgem os sintomas, como dores de cabeça ou confusão, a maioria já vai ao hospital achando que é um AVC ou algo semelhante. Assim, o tratamento ocorre a tempo, e a recuperação é excelente na maioria dos casos.”

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