Gracyanne tem abstinência no BBB 25: É preciso fazer sexo todo dia?
Para Gracyanne Barbosa, esse é o ideal

Publicado em 23/01/2025 às 18:00
Se existe uma coisa que quase todo mundo gosta é de sexo, mas as pessoas têm uma grande variabilidade em relação à frequência de desejo de atividade sexual, do quanto elas querem e fazem. Tem gente que não vive sem, e tem gente que vai mais devagar e isso segundo especialistas, não é um grande problema.
Confinada no BBB 25, Gracyanne Barbosa chamou a atenção ao dizer que não aguenta mais a abstinência sexual, e que ela precisa de sexo todo dia. Com sua declaração dentro da casa mais vigiada do Brasil, começou mais uma polêmica e uma pergunta: Qual a quantidade ideal de relações sexuais a pessoa precisa ter para ser considerada digamos, normal?
O psiquiatra e professor, especialista em sexualidade, Saulo Ciasca, explica: “Não existe um limite ou um número em que podemos considerar como normal ou não. Existem pessoas que tem uma necessidade maior de fazer sexo, que vão querer transar mais e mais vezes por semana, e tem pessoas que vão ter uma necessidade menor, e isso não significa que ambas têm algum problema maior”.
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“Muitas vezes, quando estamos com a saúde legal, quando cuidamos do nosso corpo, nos alimentandos e dormindo bem, em geral, isso faz com que a nossa percepção, a nossa autoimagem e autoestima fiquem melhores. E isso tudo junto pode ser um desencadeador de melhora na libido, ou seja, melhora na vontade de transar”, diz Ciasca.
Para pessoas que têm dificuldade de ter libido, de ter vontade para transar é sempre bacana indicar atividade física, melhora da qualidade de vida, controle de estresse, usar menos substâncias, dormir bem, para que a libido melhore. Pode parecer bobagem, mas fazer atividade física ajuda bastante, porque atividade sexual não deixa de ser uma atividade física.
“Vida sexual legal e saudável é uma vida sexual que é adequada para cada pessoa e que está na medida para cada pessoa, não existe uma medida própria, um padrão e não se pode forçar alguém a ter o mesmo ritmo que a outra. Tudo tem que ser natural e satisfatório para ambas as partes”, finaliza Dr. Saulo.
A psicóloga e doutoranda em Ansiedade, Depressão, Estresse, Sono e Sexualidade Feminina, Larissa Fonseca, concorda e explica que: “Não existe uma frequência padrão para relações sexuais que seja considerada ideal, pois cada indivíduo e casal tem uma dinâmica própria. O sexo, além de ser uma fonte de prazer, traz benefícios físicos e emocionais quando vivenciado satisfatoriamente. Inclusive, a prática regular sexual pode estimular a liberação de hormônios como ocitocina e prolactina, que ajudam a reduzir os níveis de cortisol, promovendo possivelmente, o alívio do estresse”.
Em contextos clínicos psicológicos, observa-se que muitos casais em uniões estáveis longas mantêm uma frequência média sexual de uma vez por semana, algo que surpreende aqueles que esperam e têm números mais elevados. O estresse, a saúde feminina e desgaste com com a vida profissional pode diminuir ainda mais essa frequência.
Por que Gracyanne causou tanta controvérsia ao dizer que faz sexo todo dia?
A sexualidade feminina, em particular, continua cercada por tabus. Muitas mulheres relatam sentir desejo e interesse por maior frequência e fantasias sexuais porêm não se sentem confortáveis em expressá-la. Esse apontamento de Gracyanne contribui para ajudar a diminuir possíveis julgamentos sobre a sexualidade da mulher quando, elas, possuem maior libido.
Quantas vezes por semana é ideal fazer sexo?
É importante lembrar que a frequência sexual pode variar ao longo do tempo e, em alguns casos, diferenças nesse aspecto podem gerar conflitos nos relacionamentos. Essas diferenças, se não discutidas abertamente, podem contribuir para insatisfação, irritabilidade, levar a situações como traições ou a decisão mútua em abrir o relacionamento ou em separações.
É possível viver sem sexo?
Sim, é possível viver sem sexo, mas isso nem sempre está associado a uma vida plenamente satisfatória. A função sexual desempenha um papel importante no bem-estar físico e emocional. Estudos indicam que disfunções sexuais são comuns, especialmente entre mulheres: cerca de 40-50% delas enfrentam dificuldades nesse âmbito, de acordo com McCabe (2016). Outro levantamento, realizado pelo The National Health and Social Life Survey, aponta que 43% das mulheres relatam problemas relacionados à sexualidade.
Esses dados reforçam a importância de abordar o tema de forma aberta e sem preconceitos, promovendo saúde sexual e qualidade de vida, finaliza a psicóloga Larissa Fonseca
Benefícios do sexo
O sexo traz vários benefícios para a saúde física e mental. Ele fortalece o sistema imunológico, os músculos, melhora a qualidade do sono, a autoestima, e segundo estudos, também auxilia a controlar a pressão arterial e faz bem para a saúde do coração e traz uma enorme sensação de bem-estar.
O sexo é uma atividade física que libera hormônios como a endorfina, a prolactina e a ocitocina que são hormônios benéficos que contribuem para a sensação de prazer, relaxamento e bem-estar. Por isso quando a pessoa tem uma boa relação sexual, ela fica mais relaxada, bem-humorada, feliz de bem com a vida.
A falta de sexo pode levar a sintomas de irritação, depressão e ansiedade, queda de imunidade e até levar a pessoa a se sentir menos desejada e pra baixo. E isso não é uma lenda, são os especialistas que falam.
Então, não tenha medo de praticar algo tão bom, que seja todo dia, uma vez por semana, ou quando quiser. O importante é ter sempre responsabilidade, usar preservativos e respeitar seu ritmo e do outro.