Sangramento

Chip anticoncepcional de Virginia Fonseca causa polêmica

Apresentadora reclamou que não para de sangrar


Virginia Fonseca
Virginia Fonseca desabafou nas redes sociais - Foto: Divulgação
Por Drika Oliveira

Publicado em 26/11/2024 às 15:40,
atualizado em 26/11/2024 às 15:43

A apresentadora do SBT e influenciadora digital Virginia Fonseca, 26 anos, reclamou em suas redes sociais que não para de ficar menstruada e pediu ajuda para suas seguidoras. Tudo porque depois de dar à luz ao terceiro filho, ela optou por um método contraceptivo chamado Implanon NXT, que é um chip em forma de bastão que é implantado no braço.

A mamãe de Maria Alice, 3, Maria Flor, 2, e José Leonardo, de dois meses, afirmou que optou pelo chip após ler relatos de outras mulheres, mas agora está apreensiva com o sangramento que não para. “E eu que não paro de ficar menstruada? Estou achando que é esse chip. Eu vi muitas mulheres dando feedback que fica sangrando direto, mas pensei que comigo seria diferente”, começou a influenciadora.

Por ser mais prático e considerado muito eficiente, segundo especialistas, muitas mulheres optam pelo método anticoncepcional como forma de evitar uma gravidez e ter mais segurança. Podendo ser colocado em consultório e com um preço relativamente acessível, o chip caiu no gosto das mulheres.

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Mas afinal, como funciona esse chip?

O Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e diretor da Sociedade Brasileira de Endometriose, explica que o Implanon funciona como um ovulatório igual qualquer outra medicação. Então ele bloqueia a ovulação. É um bastão que fica embaixo da pele colocado na região do braço. Ele tem duração de três anos e depois que acaba o efeito é trocado por um outro. Assim, ele é um método anticoncepcional que inibe a ovulação, fazendo com que aquela pessoa não ovule e por consequência, não engravide.

Esse método é considerado menos invasivo que o DIU?

“Isso depende porque a partir do momento que eu preciso fazer um implante e colocar na região do braço é um método invasivo e o DIU é um dispositivo intrauterino que é implantado dentro do útero e é considerado invasivo também. Na verdade, o que prevalece é a preferência do paciente, você expõe exatamente qual é o mecanismo de ação de cada um deles e ele escolhe, claro com a avaliação do médico também. Existem pacientes que não gostariam de ter nada dentro do útero, então optam por colocar o bastão na pele”, explica o Dr. Marcos

Assim como Virginia, existem muitos relatos de mulheres na internet que falam sobre sangramentos ao utilizarem o chip. E vamos combinar que ficar sangrando o tempo todo não é uma coisa muito agradável, não é mesmo?

O principal efeito colateral do Implanon é o sangramento uterino anormal, caracterizado por sangramentos fora de hora ou época. Isso ocorre porque o dispositivo hormonal interfere na menstruação.

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Quais efeitos colaterais?

Talvez o principal efeito colateral é ter o sangramento uterino anormal. É sangramento fora de hora, fora de época, aquela pessoa que faz uso mesmo de uma medicação hormonal e sangra. Qual o intuito do Implanon? Deixar a pessoa sem menstruar. Esse seria um dos benefícios. Então se é uma pessoa que tem muita cólica, se é uma pessoa que tem muita dor de cabeça, e inchaços. Na época da menstruação é uma das medicações que a gente usa para que ela fique sem menstruar e ser um anticoncepcional muito seguro para isso.

O fato é que o Implanon muitas vezes dá muito sangramento e é claro que em cima disso, nós temos outras medicações que podem ser usadas pra diminuir esse sangramento, ou mesmo somar outros tipos de hormônios ao uso do Implanon, explica o Dr. Marcos Tcherniakovsky.

Diferenças entre Implanon e DIU:

  1. Localização: Implanon é colocado sob a pele do braço, enquanto o DIU é inserido no útero;

  2. Mecanismo de ação: Implanon libera etonogestrel, bloqueando a ovulação. O DIU pode conter hormônios (como o levonorgestrel) ou ser de cobre, impedindo a fertilização e implantação;

  3. Duração: Implanon dura até 3 anos, enquanto o DIU pode durar de 5 a 10 anos, dependendo do modelo;

  4. Riscos e efeitos colaterais: Ambos têm riscos e efeitos colaterais, como alterações menstruais, dor e reações alérgicas.

As principais contraindicações são:

  1. Suspeita ou confirmação de gravidez;

  2. Trombofilias (histórico de trombose venosa ou arterial);

  3. Doenças hepáticas graves (cirrose, insuficiência hepática);

  4. Câncer de mama ou útero;

  5. Sangramento vaginal inexplicado.

Usar um método anticoncepcional é sempre muito importante, portanto, nunca se baseie em influenciadores da internet. O que pode ser bom para uma pessoa pode não ser pra você.

Sempre consulte um ginecologista antes de iniciar o uso de qualquer medicamento. É essencial consultar um profissional de saúde para discutir os prós e contras de cada método e escolher o mais adequado para suas necessidades.

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