Atenção

Musa de escola de samba morre aos 38 anos de infarto e acende alerta

Especialistas falam sobre infartos em mulheres jovens


Aline Bianca
Aline Bianca sofreu um infarto e faleceu poucas horas depois de desfilar

O número de infarto em pessoas jovens vem crescendo exponencialmente no Brasil nas últimas décadas. A morte da musa da escola de samba Independente de Boa Vista (ES), Aline Bianca, que sofreu um infarto e faleceu poucas horas depois de desfilar, deixou todo mundo chocado, principalmente, por ela ser jovem.

Aline, que era dona de salão de beleza e tinha dois filhos, já desfilava na escola havia três anos e demonstrava ter uma boa condição física. A musa desfilou como destaque à frente do segundo carro alegórico, horas depois passou mal em casa e foi encaminhada ao hospital, onde não resistiu.

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De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2008 e 2022, o número de hospitalizações por infarto no Brasil aumentou cerca de 150%. De 1990 e 2019, a incidência de infartos em mulheres de 15 a 49 anos aumentou 62% em 2022, as internações de pessoas abaixo de 40 anos em decorrência de infarto aumentaram 184% em relação a 2000, com uma letalidade por vezes muito maior do que na população idosa.

O Cardiologista e Diretor do Hospital Santa Clara, Dr. Ronaldo Vasque, explica que: "Não é comum que pessoas mais novas sejam acometidas de infarto agudo do miocárdio, principalmente, se forem do sexo feminino, a não ser que fatores de riscos, muitas vezes, mais do que um, estejam presentes".

Temos visto um acometimento em idades menos avançadas, por causa de manifestações precoces dos fatores de riscos, tais como: hipertensão arterial, diabetes melitus, dislipidemias, obesidade, sedentarismo, uso de drogas lícitas, como tabaco e álcool e ilícitas, além do uso de anabolizantes, entre os mais jovens, que também é um fator preocupante.

As doenças coronarianas, principalmente as suas manifestações agudas, são mais comuns a partir dos 50 anos de idade e em homens.

As mulheres, em idade fértil, têm uma proteção hormonal natural, muito favorável, entretanto, quando essa proteção é inibida, com anticoncepcionais hormonais, a incidência de infartos aumenta, mesmo nessa fase, principalmente, se isso se associa a outros fatores de riscos. O estresse, a vida competitiva, os excessos, contribuem para manifestações de doenças e as cardiovasculares também.

As altas temperaturas podem influenciar no aumento de casos?

Diretamente não, mas as altas temperaturas desidratam rapidamente as pessoas e isso favorece a formação de coágulos, que podem obstruir artérias.

O que devemos fazer para evitar esse quadro?

Para evitar, devemos não fazer uso de drogas lícitas ou ilícitas. Ter uma alimentação saudável; fazer exercícios regularmente.

Fazer uma avaliação médica regular, principalmente para quem tem os fatores de riscos manifestados ou com importante histórico familiar, finaliza o Dr. Ronaldo Vasque

O Dr. Firmino Haag, Cardiologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS), faz um alerta: "É importante lembrar que o número real de infartos em jovens deve ser ainda maior, já que uma parcela significativa da população utiliza o sistema de saúde suplementar".

Este número crescente de jovens que sofrem infarto agudo do miocárdio pode ser atribuído a uma combinação de fatores. Entre os processos fatores, podemos destacar:

  1. Estilo de vida sedentário: A falta de atividade física regular pode aumentar o risco de doenças cardíacas.

  2. Dieta pouco saudável: Alimentação rica em gorduras saturadas, açúcares e alimentos processados contribui para o aumento do colesterol e pressão arterial.

  3. Obesidade: O aumento das taxas de obesidade entre os jovens é um dos fatores de risco significativos para problemas cardíacos.

  4. Estresse e saúde mental: Estresse crônico, ansiedade e outras condições de saúde mental podem aumentar o risco de doenças cardíacas.

  5. Consumo de substâncias: O uso de tabaco, álcool e drogas recreativas pode danificar o sistema cardiovascular.

  6. Condições médicas subjacentes: Condições como diabetes e hipertensão estão ocorrendo em idades mais jovens, elevando o risco de infarto.

  7. Genética: História familiar de doenças cardíacas pode aumentar a predisposição de um indivíduo para infartos.

Desta forma, é importante que os jovens adotem hábitos de vida mais saudáveis, incluindo uma alimentação equilibrada, exercícios regulares e acompanhamento médico preventivo para reduzir esses riscos, finaliza o Dr. Firmino Haag.

Uma coisa é certa, todos nós estamos, cada vez mais, suscetíveis à várias doenças por causa do nosso estilo de vida. E nós mulheres, estamos, precocemente, sendo acometidas por problemas cardíacos cada vez mais cedo.

Então, não tem jeito: é cuidar do corpo, da alimentação, do nosso psicológico, do nosso sono, e nunca deixar os exercícios de lado, porque vida sedentária é uma porta para possíveis problemas seríssimos.

E lembre-se que fazer um check-up é essencial para a prevenção de qualquer problema.

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