Coluna do Sandro

"Nem Hollywood faria uma daquelas", diz Aguinaldo Silva sobre fonte artificial construída para O Sétimo Guardião


Aguinaldo Silva é o autor de O Sétimo Guardião
Divulgação/ TV Globo
Por Sandro Nascimento

Publicado em 04/11/2018 às 08:23,
atualizado em 15/07/2021 às 11:55

Com Lília Cabral, Bruno Gagliasso e Marina Ruy Barbosa, a nova novela de Aguinaldo Silva para a faixa das 21h, "O Sétimo Guardião", estreia no próximo dia 12 novembro na grade da Globo.

Apesar do elenco estelar, por trás das câmeras o que vem chamando atenção na trama são os detalhes da maior cidade cenográfica que já foi construída para um projeto na Globo.

Na última terça-feira (30), a emissora abriu as portas dos seus estúdios, na zona oeste do Rio, para a imprensa percorrer os 18 mil metros de área construída para a cidade fictícia de Serro Azul. Esta coluna do NaTelinha esteve presente.

A água é mais importante que o petróleo. O petróleo vai acabar um dia e teremos outros combustíveis que não serão o petróleo.

Aguinaldo Silva



Porém, o maior destaque erguido para contar a história de "O Sétimo Guardião" foi a fonte artificial construída dentro de um galpão, de mais de mil metros quadrados, que reproduz uma gruta, nos Estúdios Globo. São sete metros de queda d'água e uma piscina de dois metros de profundidade.

"A fonte é um projeto atípico, foi um desafio pelo tamanho e tempo que tínhamos. Foi construída em tela e pano, é um cenário bem artesanal. A inspiração são as próprias cavernas que visitei em ocasião da procura de locação na novela Império", conta a cenógrafa Anne Marie Bourgeois.

Na história, a fonte é protegida pelos guardiões devido aos seus poderes curativos e rejuvenescedores.



"Nos menores detalhes da decoração (cuidado com a novela). Eu fiquei muito impressionado na primeira vez que vi. Saiu como eu imaginava. O que mais me chamou atenção foi a fonte. Eu esperava uma fontezinha (risos). Eu acho que nem Hollywood faria uma fonte daquelas", comentou Aguinaldo Silva, que atualmente escreve o capítulo 84 da trama.

Questionado sobre seu sentimento quando percorreu pela primeira vez a cidade cenográfica construída, Silva respondeu que sentiu "o peso da responsabilidade", e explica: "porque a novela não é só o autor, diretor, atores... Uma novela envolve pelo menos 300 pessoas que dependem do que o autor escreve. Quando eu cheguei aqui e vi a cidade cenográfica e vi a fonte, eu falei: 'meu Deus, não posso decepcionar as pessoas e dar o que elas esperam de mim'. E isso assusta, não pode adoecer... O negócio e seguir em frente".

Como pano de fundo em torno da história da fonte mágica de Serro Azul, em "O Sétimo Guardião", Aguinaldo Silva pretende alertar sobre o futuro da água no planeta.

"A água é mais importante que o petróleo. O petróleo vai acabar um dia e teremos outros combustíveis que não serão o petróleo. Agora se água faltar não tem jeito. E a gente sabe que vai chegar o momento que a água vai ser o bem mais precioso da humanidade. Por de baixo dessa magia em torno da fonte, tem um pouco dessa história. O que vamos fazer pra preservar a água. A água na terra é sempre a mesma, não diminui e nem aumenta a quantidade, o números de pessoas que tá aumentando, escandalosamente, e vai ter um momento que não vai ter água pra todo mundo. Não é uma crítica, é um alerta", explicou o autor.

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