Coluna do Sandro

Galvão, Leifert e Copa 2026: o movimento ousado do SBT que ninguém esperava

SBT compra 32 jogos da Copa 2026 e aposta em Galvão e Leifert para reforçar marca, atrair anunciantes e disputar espaço com a Globo


Montagem do NaTelinha com Galvão Bueno e Tiago Leifert e as logos do SBT e da FIFA
Galvão Bueno e Tiago Leifert são estrelas do SBT na Copa 2026 - Foto: Montagem/NaTelinha
Por Sandro Nascimento

Publicado em 02/11/2025 às 09:11,
atualizado em 02/11/2025 às 09:13

O SBT anunciou a aquisição dos direitos de transmissão de 32 partidas da Copa do Mundo de 2026 para a TV aberta, em parceria com a NSports, empresa que tem Galvão Bueno como um dos sócios. Os jogos não serão exclusivos e fazem parte de um pacote de 54 partidas que já tinha sido negociado integralmente pela Globo.

Nesse cenário, apenas a CazéTV terá a cobertura completa do torneio, com os 104 jogos do campeonato mundial que será disputado em três países: Canadá, Estados Unidos e México.

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A divisão dos direitos faz parte do modelo de licenciamento oferecido pela FIFA, que disponibilizou dois pacotes de transmissão: um com 54 jogos e outro completo, com todas as partidas. A Record, como antecipado pelo NaTelinha, optou por não entrar na disputa, já que não havia possibilidade de adquirir um pacote diferente daquele já comprado pela Globo, e, agora, em partes, pelo SBT.

SBT na Copa 2026

Embora, à primeira vista, a compra de 32 jogos da Copa do Mundo 2026 pelo SBT possa parecer um investimento difícil de justificar, afinal, são partidas não exclusivas e a emissora enfrentará o peso do hábito e da tradição da Globo na cobertura esportiva, a jogada tem camadas que vão além da disputa por audiência.

Galvão, Leifert e Copa 2026: o movimento ousado do SBT que ninguém esperava

Do ponto de vista publicitário, o movimento é estratégico. O SBT reforça sua imagem no mercado ao mostrar que tem caixa, ambição e fôlego para disputar espaço no maior evento esportivo do planeta. É uma mensagem clara: a emissora quer consolidar sua posição como segunda força da TV aberta e está disposta a investir pesado para isso.

Além disso, a presença de dois nomes de peso, Galvão Bueno e Tiago Leifert, ambos ex-globais e com forte apelo comercial, dá musculatura à operação. Com esse casting, o SBT não apenas transmite jogos, mas constrói narrativas, ativa marcas e entrega valor publicitário. Vender cotas de patrocínio nesse contexto não será um desafio, será uma oportunidade.

Pensa bem: se o SBT ficasse de fora da Copa do Mundo de 2026, abriria mão não apenas de audiência, mas de relevância. A emissora correria o risco de passar despercebida durante o maior evento esportivo do planeta, enquanto a Globo concentraria os principais anunciantes, narrativas e conversas.
Mesmo sem exclusividade e diante da quase impossível missão de liderar a audiência, o SBT fez um movimento estratégico.

Em resumo, a emissora não comprou apenas jogos. Comprou relevância, comprou conversa, comprou posicionamento. E, no jogo da comunicação, isso vale tanto quanto um gol na final da Copa.

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