Morre Silvio Lancellotti aos 78 anos
Comentarista tinha problemas no coração e não resistiu a uma internação
Publicado em 13/09/2022 às 19:42,
atualizado em 13/09/2022 às 19:42
Nesta terça-feira (13), Silvio Lancellotti, veterano comentarista e jornalista esportivo, morreu, aos 78 anos, em São Paulo. O comunicador estava internado, há uma semana, em um hospital na capital paulista por causa de um quadro cardíaco grave. O jornalista ficou conhecido em seu trabalho na televisão, passando por canais como a Globo, Band, Record, Manchete e ESPN, sobretudo na cobertura do futebol italiano na televisão aberta.
Nas transmissões, ele ainda dava receitas da culinária italiana, subvertendo os padrões de coberturas na época. Ele ainda fez parte da equipe que criou a revista Veja, nos anos 1960, e também na IstoÉ e Folha de S. Paulo. Já na ESPN ficou por quase dez anos no canal, 2003 e 2012, comentando jogos esportivos, incluindo as transmissões de beisebol nos Jogos Pan-Americanos.
O jornalista também participou da cobertura de grandes momentos políticos mundiais, como a reeleição de Richard Nixon à presidência dos Estados Unidos. Ele também participou de oito edições da Copa do Mundo e seis dos Jogos Olímpicos. Em 2012, assumiu uma coluna no Portal R7, onde ficou até sua morte. Silvio faleceu dois meses antes do início da Copa do Mundo do Catar, evento que será transmitido pela Globo.
Silvio Lancellotti teve romance adaptado para novela na Record
Além de seu trabalho nos jornais e televisão, o comentarista também era escritor de livros de culinária, romances e esportes. Sua obra Honra ou Vendetta, que conta a história da máfia siciliana, foi adaptada como telenovela na Record, em 2009, quando a emissora levou o ar Poder Paralelo.
O folhetim foi escrito por Lauro Cezar Muniz e protagonizado por Gabriel Braga Nunes. Na história, o personagem de Gabriel, Tony, tentava se vingar de bandidos que haviam assassinado sua esposa e filhos, por isso ele virava mafioso. O mocinho conhecia a atriz Fernanda Lira (Paloma Duarte) e se envolvia com ela, mas a moça era amante de Bruno (Marcelo Serrado), o grande vilão da história.
Além de seu ofício como jornalista, Silvio era formado em arquitetura, função desempenhada na prefeitura de São Paulo no início da carreira.
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