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Público rejeita Luciano Huck e cita Leifert para o Domingão da Globo, aponta pesquisa inédita

Mais da metade dos entrevistados não aprovou o ex-Caldeirão no lugar de Faustão; margem de erro leva a empate técnico no geral

Pesquisa aponta opinião do público sobre Luciano Huck no Domingão e cita Tiago Leifert - Fotos: João Miguel Júnior e Fábio Rocha/TV Globo
Por Jéssica Alexandrino

Publicado em 13/02/2022 às 05:20:20,
atualizado em 16/02/2022 às 15:15:20

Luciano Huck acaba de completar cinco meses à frente do Domingão, mas ainda não conquistou o público que era de Faustão. De acordo com os resultados de uma pesquisa inédita encomendada pelo NaTelinha ao Instituto ORBIS, realizada entre os dias 02 e 05 de fevereiro, 51,9% dos entrevistados não aprovaram a escalação do apresentador para os domingos.

Segundo a análise, a boa aceitação do marido de Angélica, que estreou o Domingão com Huck em 05 de setembro do ano passado, se dá apenas entre os mais jovens, os de menor poder aquisitivo e os moradores da região Nordeste. Foram entrevistadas 2.012 pessoas em todo o território nacional e a pesquisa foi dividida de forma proporcional em todos os estados. A margem de erro dos resultados é de 2,2% - o que leva a um empate técnico na pergunta principal -, com 95% de confiança. A amostragem foi realizada por telefone, via URA ativa, e coletada de forma automática.

Entre as mulheres, 51% também gostaram de Luciano Huck ter assumido o posto que Faustão deixou vago quando foi para a Band, enquanto 55% dos homens não curtiram a troca. Em relação à faixa etária, o único grupo com o qual o ex-Caldeirão teve mais de 50% de aprovação foram os mais jovens, com idade abaixo de 15 anos. 61,5% dos entrevistados dessa faixa estão gostando do desempenho de Huck no comando do Domingão. A maior rejeição do apresentador nesse quesito é entre as pessoas de 20 a 35 anos. 57,7% não concordam com a escolha feita pela Globo.

Já se tratando da divisão por renda, 62,2% dos mais ricos, que declararam ganhar mais de R$ 15 mil mensais, rejeitam o paulistano aos domingos. Na faixa dos que recebem entre R$ 5 e R$ 10 mil, a aprovação do comunicador é mais baixa ainda. Apenas 32,4 estão satisfeitos com a escalação. Porém, 51,5% dos entrevistados de menor poder aquisitivo curtem o novo programa de Luciano Huck. Assim como a região Nordeste, em que 59,7% das pessoas aprovam a atual empreitada do marido de Angélica. Se tratando dessa divisão, a região em que o apresentador tem menos apoio é a Norte, onde 60,8% dos entrevistados escolheria outro artista para assumir os domingos da emissora carioca.

VEJA TAMBÉM

Confira a pesquisa inédita que aponta a rejeição do público a Luciano Huck no comando do Domingão:

Pesquisa inédita aponta que público quer Tiago Leifert no Domingão

A mesma pesquisa perguntou aos entrevistados quem eles escalariam para assumir o Domingão na Globo. Tiago Leifert foi o escolhido por 33,4% das pessoas, seguido por Celso Portiolli, com 18,2%, Eliana, que recebeu 9% dos votos, e Tiago Abravanel, com 8,5%. Fernanda Gentil foi a opção que menos agradou o público da análise, tendo apenas 5% das intenções. Já outros 25,9%, não escolheriam nenhuma das alternativas apresentadas.

A maior aprovação de Leifert se dá entre as mulheres. 34,9% gostariam de ver o pai de Lua de volta aos domingos do canal. Assim que Faustão deixou seu Domingão, o ex-The Voice assumiu e ficou pouco mais de dois meses no cargo, deixando a emissora no início de setembro. Se tratando de faixa etária, o grupo de pessoas que quer o retorno do apresentador é justamente o que mais rejeita Huck: o público entre 20 e 35 anos. 38,9% escolheram Leifert em meio às opções disponíveis.

Em relação à renda, assim como nos outros quesitos, Tiago também saiu na frente dos colegas de televisão. 40,7% das pessoas que declararam receber entre R$ 2 e R$ 5 mil mensais querem ver o comunicador na tela da Globo aos domingos. Já dividindo o Brasil por região, 42,6% do Centro-Oeste prefere Leifert.

Confira a pesquisa inédita que aponta a preferência de Tiago Leifert para assumir os domingos da Globo:

 

Após a publicação da matéria a Globo enviou ao NaTelinha a seguinte posição:

“Desconhecemos a pesquisa encomendada pelo site Na Telinha para avaliar a percepção sobre um de nossos apresentadores. Além de nos causar surpresa, questionamos a intenção da dita pesquisa, uma vez que a leitura dos dados, na matéria publicada "Público rejeita Luciano Huck e quer Leifert no Domingão da Globo", está repleta de incorreções e inconsistências. Está errado dizer que “o público rejeita Luciano Huck” quando o resultado da pesquisa sugere um empate técnico com a margem de erro de 2,2%. Quando o site afirma que “o público quer Tiago Leifert no Domingão” comete novamente outro erro, já que a pergunta da pesquisa pede alternativas ao nome de Luciano Huck e não o inclui. Se considerar a mesma base de pesquisados, os 48,1% que disseram aprovar Huck compõem uma base muito superior aos 33,8% que afirmaram que gostariam de ver Leifert no comando do programa. Lamentamos, inclusive, que nomes de outros apresentadores tenham sido envolvidos nessa pesquisa.

Do lado da Globo, o que podemos afirmar com números objetivos de audiência é que o público recebeu o Huck muito bem aos domingos. Desde a estreia do apresentador no comando do Domingão, o programa alcança em média de 33,7 milhões de pessoas, dois milhões a mais que o mesmo período (set/20 a fev/21) do ‘Domingão do Faustão’. A média do programa comandado por Huck é de 14 pontos e de 28% de participação, crescimento de 4% de audiência e +2 pontos de share. Nas redes sociais, os números também mostram o aumento de repercussão do programa. Desde o dia 2/setembro, o volume de tweets sobre programa cresceu + 88% (mais de 605 mil tweets) quando comparamos com o mesmo período do 'Domingão do Faustão' (2020/2021). A maior parte desta audiência é formada por adultos: já passaram pelo programa 22 milhões de pessoas entre 34-49 anos, 34,8 milhões de pessoas com mais de 50 anos e 31 milhões de pessoas das classes AB.

Não vemos, portanto, nenhuma ligação dos resultados dessa pesquisa com a realidade e, menos ainda, a leitura enviesada dos dados que o Na Telinha sugere”.

Instituto ORBIS se posiciona sobre a pesquisa

“A ORBIS Instituto de Pesquisa de Opinião promove regularmente levantamento de dados sobre os mais diversos temas, com resultados estatisticamente responsáveis e verificáveis através de métodos estatísticos e resultados assertivos ao longo de seu histórico de pesquisas realizadas.

Nosso compromisso ético busca dar aos entrevistados ampla gama de possibilidades de respostas, sem prejudicar a liberdade de expressão por qualquer constrangimento que possa ser acarretado por citar qualquer figura pública A, B ou C.

A ORBIS confia que opinião do povo é soberana em todos nossos resultados, e que não existe crime, nem lamento, em perguntar sobre a opinião das pessoas em relação a qualquer situação ou personalidade pública.

Entendemos que os resultados das pesquisas são passíveis à interpretação por qualquer analista. Procuramos responder sempre com a maior disponibilidade, transparência e rigor técnico por nossos profissionais com base nos números obtidos e não em opiniões pessoais.

Para o estudo em questão foram realizadas 2012 entrevistas entre os dias 02 e 05 de fevereiro.

As entrevistas foram feitas por telefone, via URA ativa, com uso de questionário fechado e coletadas de forma automática. A amostra da pesquisa foi dividida em estratos (grupos) estatísticos construídos a partir dos estados da federação. Em cada estrato o tamanho da amostra foi definido segundo a alocação proporcional à sua população residente. Após a coleta de dados, os resultados obtidos foram calibrados segundo sexo, idade e renda da população, o que permite a eliminação de possíveis vieses das estimativas da pesquisa devido ao perfil demográfico do respondente.

Para o cálculo do fator de ponderação da pesquisa foram usadas as projeções populacionais mais recentes realizadas pelo IBGE. A margem de erro obtida nesta pesquisa foi de 2,2% para mais ou para menos, com 95% de confiança.

Posição do NaTelinha

A NaTelinha esclarece que não ocorreu variação de base amostral (quantidade de pessoas que participaram da pesquisa) como a nota da Globo sugere. Variar percentual de resposta não quer dizer variar a base. Vale esclarecer que pesquisa de audiência é tecnicamente distinta com pesquisa de satisfação.  



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