Publicado em 14/06/2019 às 06:30:18
O clima no SBT anda tenso após a emissora decidir extinguir o "SBT Notícias" e demitir as apresentadoras Analice Nicolau e Karyn Bravo, nessa quinta-feira (13). Os funcionários temem que o canal faça uma reestruturação ainda mais rígida no departamento de jornalismo.
Segundo apurou o NaTelinha, nos corredores da Anhanguera não se fala de outro assunto que não a possibilidade de haver uma onda de demissões no setor. O objetivo seria enxugar a folha de pagamento em meio à crise econômica que o país atravessa em 2019.
Muita gente teme que sobre para outros nomes da casa. Karyn Bravo e Analice Nicolau contavam com a simpatia de Silvio Santos, além de estarem no SBT há muitos anos.
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A reportagem ouviu várias fontes que afirmaram que não é possível cravar qual o futuro da reestruturação do SBT. Há diretores que entendem ser necessário cortes radicais e que, inclusive, outros apresentadores também possam sofrer.
Não seriam os casos de Dudu Camargo e Marcão do Povo, que, pelo contrário, ganharão mais tempo com o “Primeiro Impacto” - o noticiário matinal começará às 4h, seguindo até 10h.
Quem tem sentido tensão maior são os profissionais da área técnica. Câmeras, produtores e membros de baixão escalão do jornalismo entendem que o SBT pode decidir cortar custos e enxugar ainda mais a já enxuta equipe que cobre as notícias pelo canal.
A reestruturação do jornalismo aconteceu na mesma semana em que o Instituto Reuters divulgou pesquisa com brasileiros que elegeu a emissora como a mais confiável fonte de notícias do Brasil em 2018.
Uma fonte da emissora revelou que existe um estudo de impacto sendo realizado a fim de verificar a possibilidade de um enxugamento da folha de pagamento do jornalismo, devido ao fato do mercado publicitário ter pisado no frio.
Procurado, o SBT informou que não vai comentar o assunto.
O SBT não é a única atingida com a crise que o Brasil enfrenta. Recentemente, a RedeTV! viveu uma onda de demissões e tensão de seus funcionários, classificada pela emissora como um reequacionamento. A crise atingiu tal ponto que o canal de Marcelo de Carvalho optou por abortar o projeto de construir um complexo de dramaturgia.
Quem também enfrentou um problema de faturamento no início do ano foi a Band. Além da queda de receitas, a emissora paulista travou uma disputa por poder que quase provocou a mudança de seu presidente, além de uma série de desligamentos.
A Record não chegou a realizar demissões em massa neste ano, porém a emissora pertencente a Igreja Universal sofreu uma importante baixa em seu jornalismo. Douglas Tavolaro, então vice-presidente de jornalismo, aceitou proposta da CNN Brasil, sendo substituído por Antônio Guerreiro.
A Globo não tomou decisão radical de demitir seus funcionários em massa. Porém, a emissora da família Marinho vem buscando se adequar aos problemas financeiros enfrentados pelo país. Boa parte de seus medalhões teve de renegociar salários, inclusive nomes do jornalismo.
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