Publicado em 01/12/2020 às 14:40:00
A Globo promoveu nesta terça-feira (1°) a demissão de sete jornalistas que estavam há décadas na emissora. A maior mudança aconteceu no Jornalismo de São Paulo com a saída de Cristina Piasentini, que era responsável pela direção da área na capital paulista há 12 anos, para a entrada de Ana Escalada. Silvia Sayão, do Globo Repórter, e Luís Fernando Silva Pinto, correspondente em Washington desde a década de 1980, também estão deixando o canal.
Meg Cunha, chefe de Redação do programa comandado por Sandra Annenberg e Glória Maria, foi outra demissão que ocorreu no meio da reformulação. Maria Thereza Pinheiro, conhecida como Terezoca, e Teresa Caballeiro, responsáveis pelo setor de Projetos Especiais, foram demitidas.
Contratado da Globo há 41 anos, Marco Antonio Rodrigues, mais conhecido como Bodão, também entrou na lista de cortes. Atualmente, ele era coordenador de afiliadas da rede, além de comentarista do programa Bem, Amigos. Segundo apurou o NaTelinha, essa saída foi um desejo pessoal, já que Bodão pretende se aposentar.
Todos esses profissionais sairão da empresa no dia 31 de dezembro. O anúncio vai ao encontro da reportagem publicada pelo site, apontando que depois de atores e autores, os próximos cortes na Globo seriam de diretores do alto escalão, para redução de custos.
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Confira o comunicado da Globo na íntegra, assinado por Ali Kamel, diretor geral de jornalismo da Globo:
“Se algo marca a Globo desde a sua fundação é a capacidade de atrair e reter os profissionais de maior talento. As equipes aqui são as melhores hoje como foram ontem e como certamente serão amanhã. Porque os melhores profissionais procuram as melhores empresas e as melhores empresas procuram os melhores profissionais, uma coisa potencializando a outra. Basta que a gente se lembre de quem passou por aqui (as pessoas com quem aprendemos), basta olhar para quem está hoje aqui (ensinando e aprendendo), basta olhar para quem acabou de chegar (aprendendo, mas ensinando também, no mínimo com o modo de agir e pensar das novas gerações). É um movimento bonito.
Mas não é nunca fácil quando chega o momento de quem fica se despedir de colegas que se vão depois de uma trajetória tão longa quanto cheia de êxitos. A emoção é grande, sempre. Nesses momentos, me alegra enfatizar o movimento que mencionei: os que vão aprenderam com os que aqui estavam e ensinaram aos que ficam de tal modo que o jornalismo que praticamos continua sempre de altíssima qualidade. Porque é e continuará a ser sempre fruto da mistura entre os mais e os menos experientes. Parte fundamental do sucesso dos companheiros que saem é ter ajudado a preparar os que ficam.
Como conversado com eles há meses, Maria Thereza Pinheiro, a nossa Terezoca, Teresa Cavalleiro, Cristina Piasentini, Silvia Sayão, Meg Cunha, Marco Rodrigues, o nosso Bodão, e Luiz Fernando Silva Pinto deixam a Globo no dia 31 de dezembro. Até lá, seguem normalmente nos cargos, concluindo projetos muito importantes.
Conto a seguir um pouco a trajetória de cada colega, sem dúvida para homenageá-los, mas também para mostrar a todos nós como é bela e digna a nossa profissão. E também como inspiração para que construamos as nossas carreiras à altura da que eles construíram até aqui (e que continuarão a construir de outro modo).
Terezoca entrou na Globo no início dos anos 80, pouco depois de se formar na USP. Começou no Globo Rural, foi para o Jornal Hoje e, já em 1982, enfrentava o desafio de participar das primeiras eleições diretas para governadores depois do golpe de 1964. Até aquele momento, Terezoca se dividia entre a Folha de S. Paulo e a Globo. Depois daquela cobertura, abraçou de vez o telejornalismo. Ajudou a implantar a TV Tem, participou da enorme cobertura da doença e morte do presidente-eleito Tancredo Neves, foi editora-chefe dos SPTVs. E editou o Globo Repórter, onde fez reportagens pioneiras, muitas delas antecipando temas hoje cruciais. Como a violência contra a mulher, a depressão, violência contra crianças.
Desde 2002, trabalha muito perto de mim, uma parceria que só me trouxe felicidade, boas experiências e uma amizade que vamos levar para o resto da vida.
Ela e Teresa Cavalleiro, como diretoras de Projetos Especiais, desde aquele ano ajudaram a tornar realidade quase todas as novidades que o jornalismo levou ao ar, especialmente em anos de eleição. Caravana JN, JN no ar, O Brasil que eu quero para o futuro, além de garantirem a qualidade dos debates entre candidatos.
Há dois anos, Terezoca passou a liderar o Memória Globo, antes em mãos de sua parceira Teresa Cavalleiro, e, bem ao seu estilo, deu-lhe um novo site e mais dinamismo.
Ao longo desses anos, Terezoca foi uma excelente conselheira, daquelas que falam o que pensam, opinam com franqueza, discutem com muita abertura. Vai continuar a ser. Ela não tem o menor problema em me contrariar, em nome da franqueza. Eu sou sempre franco também, mas não ouso contrariá-la. Sendo franco: dada a proximidade, meu depoimento sobre ela seria substancialmente mais longo. Mas ela me disse: “Se você fizer um textão para mim, nunca mais falo com você, é um pedido meu”. Não vou arriscar mais do que já fiz aqui.
Quando ela chegou à Globo, em 1978, na primeira turma de estagiários do Jornalismo da Globo, idealizada por Alice-Maria, ainda se usava lauda de papel. E o espaço para o nome do editor, no alto da página, era pequeno – só comportava 4 letras. Nasceu daí, o apelido que ficou para sempre: Tcav.
A turma de estagiários se dividiu entre a “escuta” e a reportagem. Teresa Cavalleiro foi a única que foi direto pra edição, começando pelo Jornal da Globo e indo logo depois para o Jornal Hoje. Foram meses de muito aprendizado até a contratação, em setembro de 1979, quando virou editora do então Jornal das Sete, hoje o RJ-2. Em pouco tempo passou a fechar o jornal e, quando acabava, ainda corria para editar uma matéria do Rio pro JN, quase sempre de Glória Maria.
Em 1984, aos 26 anos, aceitou um convite para montar, do zero, a estrutura de jornalismo da recém-criada Rede Globo Oeste Paulista, com sede em Bauru. Depois de um ano e meio sem férias, a missão estava cumprida. Avisou a direção de Jornalismo no Rio, que pediu que ela se apresentasse, já na semana seguinte, ao Globo Repórter.
Começava ali um longo período sob a direção de Jorge Pontual. Nos primeiros quatro anos, viajou pelo Brasil e o mundo, dirigindo reportagens feitas por Sandra Passarinho, Pedro Bial, Ilze Scamparini, Glória Maria, Caco Barcellos, entre outros.
Em 1989, inquieta,Teresa deixou a Globo para outras aventuras, mas em 1991, já estava de volta à casa como chefe de redação do Globo Repórter. No cargo (Silvia Sayão era então a chefe em SP), enfrentou, com a equipe, algumas maratonas que resultaram em programas inesquecíveis, não só para ela mas também para o público: as homenagens a Tom Jobim e Ayrton Senna, em 1994 e o programa sobre a morte da Princesa Diana, em 1998.
No mesmo ano, recebeu convite de Carlos Henrique Schroder para se tornar chefe de redação da editoria Rio. Era uma volta ao factual, onde tudo havia começado. Dois anos depois, Alice-Maria a convidou para integrar uma nova diretoria, de Entretenimento, grupo pequeno formado também por Vera Íris Paternostro e Ronan Soares, que tinha a missão de fazer uma ponte entre os programas de Entretenimento e o Jornalismo. E já no começo ajudaram a implantar o Altas Horas, o núcleo de jornalismo do Mais Você e do Programa do Jô.
No começo de 2002, Teresa passou a ser diretora de Projetos Especiais, deixando o hard news. Nessa função, começou a estruturar a área de internet e mídias sociais no Jornalismo. Cabia a ela gerir as páginas dos telejornais no ambiente virtual da Globo, no início da popularização da internet no Brasil. Os conteúdos da TV e da web ficaram cada vez mais integrados até o surgimento do G1, hoje líder de audiência no setor. Dividiu com Terezoca todos os projetos especiais ligados às eleições que mencionei e, também juntas, fizeram os programas Os Brasileiros e Globo Mar, este, por quatro temporadas. De 2014 a 2019, dirigiu o Como Será, um sucesso das manhãs de sábado. E mais recentemente participou da montagem e realização, em poucos dias, do Combate ao Coronavírus, um desafio que só a experiência e a disciplina poderiam enfrentar. Também nessa função, passou a coordenar a cobertura do Carnaval no Rio e a participação do Jornalismo no Criança Esperança (mas, considerando toda a sua história na Globo, são mais de 30 carnavais e quase 20 “Criesp´s”). E desde 2005 dirige nossas transmissões do Oscar.
Não é de tirar o fôlego? E Teresa fez tudo isso sem perder a calma. Nesse mundo caótico que é o jornalismo, é um oásis de organização, sem perder o entusiasmo e a criatividade. Uma colega querida, uma profissional completa, nas mãos de quem tudo dá certo.
O Jornalismo quase perdeu Cristina Piasentini para o curso de História. Mas, para nossa sorte, foi no nosso ofício que ela construiu a sua belíssima história profissional. Cris cursou 2 anos de História na USP, mas abandonou o curso e se formou em jornalismo, já como estagiária da TV Tupi, em 1979. Passou por outras emissoras, fez especialização na Universidade de Navarra, voltou, trabalhou ainda em concorrentes da Globo até aportar aqui em 1987 como coordenadora de produção da editoria São Paulo.
No ano seguinte, fez sua primeira grande cobertura: as eleições da prefeitura de São Paulo, que deram a vitória a Luiza Erundina. E, já em 1989, Piasentini assumiu a coordenação do Jornal Nacional em São Paulo e de lá participou da cobertura das primeiras eleições presidenciais depois do golpe de 1964. A cobertura do Plano Collor, em março de 1990, foi outro de seus grandes desafios. O presidente, empossado, anunciou o “confisco da poupança” numa coletiva confusa, em que ficou claro que nem o governo sabia das minúcias do próprio plano econômico. Cris estava na equipe que, nos bastidores, ajudou Lilian Witte fibe e Joelmir Beting a tentar entender o que acontecia em Brasília e traduzir para o espectador. Foi um dia inteiro no ar, com transmissões de coletivas e muitas entrevistas em estúdio, um trabalho incessante.
Em 1991, Cris começou uma nova fase na Globo, fora do hard news: foi para o Globo Repórter, onde passou 13 anos, como editora e depois como chefe de redação em São Paulo. Foram incontáveis programas de qualidade. Cito apenas dois. “Extermínio de Menores’, que ela dirigiu em 1995, uma investigação que reuniu todos os boletins de ocorrência policial de um determinado período para mostrar que as investigações são poucas e falhas, o que acaba deixando os criminosos impunes e as vítimas sem Justiça. Ganhou o Prêmio Vladimir Herzog na categoria “Melhor reportagem para TV”. O segundo, o que mostrou o primeiro Quarup para um homem branco, Orlando Villas Boas. Ganhou o Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho de Jornalismo.
Em outubro de 2005, ela assumiu o cargo de diretora-adjunta da redação de São Paulo (Luiz Cláudio Latge era o diretor) e já no ano seguinte enfrentou os primeiros grandes desafios: a cobertura dos ataques de uma facção criminosa na capital paulista. Literalmente, São Paulo em chamas, dias de muita tensão com a cidade praticamente deserta à noite, vivendo uma espécie de toque de recolher. Foi quando a facção sequestrou o repórter da Globo Guilherme Portanova e o auxiliar técnico Alexandre Callado. Um episódio que nos traumatizou a todos, Schroder, eu, Latge, Cris e, principalmente, claro, as vítimas. Eu me lembro que estava no Bat Mitzva de minha enteada quando Schroder me ligou para dividir comigo a demanda dos bandidos, de que ele soube por Latge e Cris. O que fazer? Ouvida a direção da empresa, ouvidos os acionistas, tomou-se a decisão pensando na segurança dos colegas. E eles foram soltos.
Com tantos desafios e tantos acertos, era natural que Cristina chegasse aonde chegou: em março de 2008 tornou-se diretora de jornalismo de São Paulo, quando Latge voltou ao Rio. E passou por uma prova de fogo imediata: assumiu o posto numa sexta-feira e na noite de sábado houve a morte da menina Isabella Nardoni, um crime medonho, envolvendo o pai e a madrasta. É difícil enumerar todas as grandes coberturas que Cristina liderou desde então. São Paulo é a maior metrópole do país, tudo o que ali acontece tem repercussão nacional. Foram eleições, crises econômicas, grandes crimes, acidentes naturais, tragédias, descobertas científicas, histórias inspiradoras. E, paralelamente às coberturas, Cris também liderou um processo de grandes mudanças no jornalismo de SP nos jornais locais e de rede. Mudança de formato, de cenário, de estúdio, de processos, de equipes. Talvez a mais visível delas seja o Estúdio de Vidro, no topo do Edifício Jornalista Roberto Marinho, inaugurado em maio de 2008. Mas, junto com ele, veio também um jeito novo de apresentar o telejornal, com o apresentador em pé na maior parte do tempo, se deslocando pelo estúdio para usar melhor os telões – que em 2017 se tornaram interativos, integrando informações de trânsito, transporte público, meteorologia, redes sociais.
Nos locais, na rede, no Globo Repórter, por onde passou, Cris brilhou. Liderar por doze anos essa potência que é a nossa sede em São Paulo fez de Cris uma colega admirada por todos nós. Sempre segura, firme, ponderada, lidera pelo exemplo. Deixa uma redação poderosa, vibrante, preparada. Organizou-a como lhe é próprio: com método e capricho.
Quando cheguei à Globo, em 2001, os colegas foram unânimes quando me falaram de Silvia Sayão: sabe tudo de televisão, é zelosa, quer sempre a maior qualidade. E é doce. Tentei muito buscar na memória um momento mais difícil entre nós dois e não encontrei. Não que não reclamasse de alguma decisão, mas, quando isso acontecia, era com doçura. As mensagens começam sempre com um “querido” mesmo quando é para protestar. Comigo e com todos. Há 24 anos à frente do Globo Repórter, deixa um legado de sucesso: uma história profissional como a de poucos e um programa que os brasileiros amam, com uma audiência sempre das mais altas da faixa horária.
Formada em jornalismo pela FAAP, Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, Silvia começou no Diário Popular, onde ficou de 1972 a 1974, como repórter-estagiária de assuntos gerais e setorista da Editoria de Educação. Em 1974 foi para o Estadão, também como repórter de geral e setorista de Educação. Lá permaneceu até o fim de 1977. E, em fevereiro de 78, chegou à TV Globo. Somente aquim, quarenta e dois anos de bom jornalismo.
Silvia me disse recentemente que a TV Globo foi o grande presente da sua vida profissional. Eu respondi afirmando que ela foi um dos grandes presentes que a Globo recebeu. Achei bonito o que ela me disse, e repito agora: “Aqui encontrei a carreira com que sonhei nos tempos de adolescente – e a realidade foi melhor do que o sonho. Quarenta e dois anos se passaram e não me lembro de ter experimentado aquela sensação chata de obrigatoriedade ou rotina no trabalho”.
Não é à toa que essa frase reflita o que pensam também os outros companheiros que são tema desse e-mail: nossa profissão é das mais dignas e poder desempenhá-la na Globo nos leva a dar o melhor de nós.
Silvia, como seus colegas que também estão deixando a Globo, testemunhou acontecimentos dramáticos, entrevistou presidentes, acompanhou de perto todos os momentos significativos da nossa História recente: Diretas-já, Anistia, Tancredo – eleição e morte – Collor, planos econômicos todos, Impeachment, eleições de Fernando Henrique, Lula, Dilma, Bolsonaro.
Foi editora do Jornal Nacional em São Paulo de 1978 a 85. Mas em 82, como convidada, fez o seu primeiro Globo Repórter, sobre o centenário de Monteiro Lobato. Depois continuou no JN, mas os convites para breves participações foram mais frequentes e, em 1986, se transferiu definitivamente para o Globo Repórter.
Silvia me disse que, na ocasião, parecia impossível encontrar algo melhor do que já tinha vivido, mas foi o que lhe aconteceu. Ela começou no Grep como editora, dirigindo programas envolventes, surpreendentes. Chegou a voltar à Editoria São Paulo, por um ano (1989) e passou seis meses como chefe de redação do Fantástico (1995).
Na metade de 1995, Evandro Carlos de Andrade assumiu o Jornalismo da Globo e a convidou para substituir o colega Jorge Pontual, então diretor do Globo Repórter, que foi para Nova York.
No programa, Silvia reencontrou a equipe maravilhosa formada pelos seus brilhantes antecessores, Roberto Feith e Pontual. Grandes talentos reunidos nas chamadas grandes reportagens. Teresa Cavalheiro, Cristina Piasentini eram as chefes de redação, e a Terezoca, a editora em São Paulo – todas com grandes contribuições ao Globo Repórter, como já descrevi aqui. O Globo Repórter forma talentos. Continua formando. Continuará formando.
E foi essa equipe, sempre unida, sob o comando de Silvia Sayão, que topou o desafio de fazer um programa com linguagem mais popular, mais próxima do grande público e da vida rotineira do brasileiro. Não houve tema de impacto que tenha escapado das câmeras do Globo Repórter, sempre traduzido numa linguagem acessível e envolvente. Não houve repórter que não tivesse sonhado ser acolhido pela Sílvia e fazer um Grep. E todos que tiveram essa experiência entraram para o folclore brincalhão dos demais chefes de telejornais, porque saíam das escalas dos TJs quando estavam debaixo do “saião” da Sílvia, um trocadilho de doer, mas muito carinhoso.
Silvia soube lidar com o desejo de Sérgio Chapelin de deixar o programa depois de 50 anos de vida profissional, e fez a transição de forma natural para Glória Maria e Sandra Annenberg, um sucesso no ar. Neste segundo semestre, na pandemia, Silvia e a equipe do Globo Repórter brilharam em dois programas que fizeram História ao retratar a História da TV Brasileira: emoção e informação. Agora trabalham com o mesmo talento de sempre na retrospectiva, uma marca desse time, um programa sempre muito aguardado. Especialmente num ano como 2020, tão carregado de fatos.
Silvia não é a única a deixar o Globo Repórter em 31 de dezembro. Nossa querida Meg Cunha, chefe de redação ao lado de Marcia Monteiro, sairá também. Silvia me disse dela, e eu registro aqui: “É a nossa grande mestra da edição - influenciando e formando gerações de editores, produtores e repórteres. A minha grande parceira nessa missão delicada - mas sempre leve, feliz – de conduzir o nosso Globo Repórter”. Que parceria!
Meg está no Globo Repórter desde 1998, há 22 anos. Mas sua história de êxitos na Globo começou bem antes, há 47 anos, em 15 de agosto de 1973, quando começou um estágio na aqui na Globo. Logo foi sacudida por notícias históricas. Ela separava os antigos telegramas que chegavam em avalanche aos teletipos das agências internacionais. O estágio era no JN e, no dia 11 de setembro, menos de um mês depois da sua chegada, pôde ser testemunha do impacto do golpe militar no Chile, noticiado sob as restrições da censura da ditadura militar.
Dali em diante, enfrentou outras tantas provas de fogo sendo a estagiária que lia as manchetes que corriam e mudavam o mundo. Foi contratada em 1 de maio de 1974. Passou a ser assistente da editoria internacional. E não parou mais (com pequenas escapadelas para outras redações fora da Globo): Jornal Hoje, Jornal Nacional novamente, escritório de Londres, Jornal da Globo. Nessas funções, trabalhou na cobertura da guerra do Vietnã, do Camboja, das Malvinas. Namorou sempre o Globo Repórter, em participações especiais e em retrospectivas, até que, finalmente, em janeiro de 97, foi definitivamente para o Grep, como editora. Ajudou a fazer do programa a fortaleza que ele é hoje. Um feito, um orgulho.
A Globo, como é natural, tem incontáveis imagens icônicas de seus repórteres em momentos que marcaram a vida do Brasil e do mundo. Luiz Fernando Silva Pinto tem uma coleção delas aqui e em diferentes países, num currículo que poucos jornalistas podem ostentar. Uma delas é a minha preferida e, ouso dizer, está na lembrança até mesmo dos brasileiros mais jovens (porque sempre repetida). Lá está ele em 1985 em frente ao Congresso Nacional, jovem, a anunciar que lá dentro o Colégio Eleitoral tinha acabado de eleger o primeiro civil presidente da República depois de 21 anos de ditadura militar. Ele olha para a câmara e dá a notícia sorrindo, traindo alegria e euforia incontidas, um sentimento que não era somente dele nem da multidão que o cercava, mas de todo o país. No meio da frase, alguém esbarra a mão no cabelo dele, jogando uma franjinha juvenil no rosto, uma imagem de frescor.
Quem hoje vê a imagem talvez imagine que ela revela um repórter em início de carreira. Mas Luiz Fernando já tinha, então, uma trajetória invejável. Ainda com 16 anos, começou a frequentar a redação do Estado de S. Paulo e do Jornal da Tarde. Acabou contratado como auxiliar administrativo para aprender tudo - e se apaixonou pelo jornalismo. Formado na USP, foi contratado em 1974 na redação mais inovadora da época, o Jornal da Tarde.
Em 1976, recebeu convite de Luiz Fernando Mercadante, antigo chefe no JT, para trabalhar na Globo. Era para ganhar menos, mas ouviu dele: “Venha, o futuro está aqui”.
Sua primeira matéria no JN foi ao ar em poucos meses, já em 1977, sobre as greves do ABC. Mais um pouco, e o convite inesperado: ser correspondente em Buenos Aires, em plena ditadura militar. Luiz Fernando titubeou, disse que não se sentia preparado, mas Mercadante assegurou que ele estava pronto e disse as palavras que definiriam para Luiz Fernando a essência de um correspondente estrangeiro, sempre a trabalhar longe de casa, sem a estrutura de uma sede: “Vai lá e se vira”.
Luiz Fernando tem se virado há mais de 40 anos.
Em Buenos Aires, driblando a censura daqui e de lá, fez a primeira reportagem sobre as mães da Praça de Maio, que protestariam ali por décadas, denunciando os desaparecidos. Ao fim desse período argentino, foi para a Espanha fazer uma pós-graduação. Ao final dela, outro desafio: num telefonema, Alice-Maria o mandou cobrir a Revolução Sandinista na Nicarágua. Foram 30 dias de cobertura intensa, a primeira dele em zona de conflito. Quando o ditador Somoza perdeu Leon, a segunda maior cidade do país, o comboio em que Luiz Fernando estava, na companhia de britânicos, mexicanos e alemães, foi metralhado por um avião. Salvaram-se por pouco. Em 17 de julho de 1979, Luiz Fernando registrava a entrada dos Sandinistas em Manágua e o fim da ditadura (e começo do que viria a ser uma nova, infelizmente).
Em 1980, foi para Londres e em 1985 para Washington, período em que cobriu uma sucessão de eventos históricos: a libertação dos reféns americanos no Irã, a morte de Anwar Sadat, a invasão do Líbano por Israel, a Guerra das Malvinas, os conflitos na Irlanda do Norte, o encontro de Reagan com Gorbachev, o terremoto em El Salvador e o movimento pró-democracia na Praça da Paz Celestial, na China (cobriu, portanto, a eleição de Tancredo já como um experiente jornalista).
Em 1990, deixou a Globo para criar a sua própria produtora em Washington, a Idea que, entre 1995 e 2001, produziu reportagens para o Fantástico e os programas Scientia e America, America para o GNT.
No dia 11/09/2001, pouco antes das dez da manhã, eu estava em minha sala quando vi por um dos monitores o World Trade Center pegando fogo, no que ainda se acreditava ser um acidente com um helicóptero. Entrei na sala de Schroder, que logo interrompeu a programação, para uma jornada de sete horas no ar. Todo o nosso time de correspondentes precisava de reforços, e foi de Schroder a ideia de convocar Luiz Fernando em Washington e Silvio Bocannera em Londres.
Desde então, Luiz Fernando se juntou a nós, e participou de tudo o que de importante aconteceu nos Estados Unidos. Pude estar com ele em todas as eleições americanas, com exceção desta última, por conta da pandemia (mas Luiz Fernando estava lá, firme). Pude ver de perto o jornalista completo que ele é, no conhecimento dos temas e no domínio de como contá-los diante de uma câmera: sua narração é marca registrada, numa cadência que é referência para todos os repórteres de vídeo. E, no convívio, é um amigo sempre agradável, contador de histórias, alegre, mas também sensível. E com uma disposição para o trabalho como poucos.
Em 2005, eu cheguei a Roma coordenando a cobertura da morte do Papa João Paulo II com uma equipe grande de repórteres, à frente Ilze Scamparini, que acompanhou toda a última parte do seu pontificado. Soube então que teríamos mais um reforço de peso. Luiz Fernando, em férias em Paris, se apresentou voluntariamente para o trabalho. Para ele, era o desfecho de uma cobertura que começara em 1980, na visita do Papa ao Brasil. Ele estava no avião, quando o ouviu sobre a expectativa que tinha em relação a estar chegando ao maior país católico do mundo. Luiz Fernando me disse que a alegria da recepção dada ao Papa no Brasil contrastou, no ano seguinte, com o choque na praça de São Pedro, quando João Paulo II foi atingido por um tiro. Mas houve novos momentos felizes para Karol Wojtila, como quando foi à Polônia em 1983. Foram três coberturas marcantes e exaustivas para Luiz Fernando. Não há quem, tendo lido esse pequeno resumo, não tenha pensado, com admiração: que carreira até aqui!
Marco Rodrigues estava em seu primeiro ano na Folha de S. Paulo em 1973 quando ganhou o apelido que o acompanharia pela vida. Um editor do Esporte o chamava de Bodinho pela barbicha que ele usava. Uma noite, Bodão entregou tarde uma matéria que, pelo horário, somente entraria nos últimos clichês, chegando, portanto, apenas a um número muito pequeno de lugares. De brincadeira, o editor assinou a matéria: Marco Antônio Bodinho (em vez de Marco Antônio Rodrigues), acreditando que ninguém veria. O que o editor não sabia é que as rotativas tinham dado problema e todo o jornal rodaria com a última edição. Na manhã seguinte, o Bodinho estava em todos os exemplares. A barba cresceu, para Bodão foi um pulo. Ao menos na Globo, o apelido virou nome (e eu acho que estou dando para muitos um furo, porque pouquíssimos conhecem essa história).
Bodão começou a frequentar uma redação de jornal aos 16 anos. Estudava de manhã. À tarde, ia para a redação do jornal O Imparcial, em Araraquara, interior de São Paulo, cidade onde nasceu e viveu até os 19 anos. Fazia reportagens, ajudava a montar as páginas na oficina. Não ganhava nada. Era só para aprender. Mais tarde, depois de completar o ensino médio, fez curso preparatório para o vestibular em São Paulo, entrou na USP e se formou em jornalismo na ECA.
Já no primeiro mês de faculdade, fez estágio no tradicional jornal A Gazeta Esportiva, incorporado na época pelo Grupo Folha. Ficou pouco tempo, apenas um ano, foi logo para a Folha. Ficou no jornal de 73 a 76, trabalhando ao lado de grandes jornalistas da época, agora não apenas no Esporte, mas quase sempre requisitado pela editoria “Geral” para engrossar a cobertura nos grandes eventos.
Em seguida, novo convite, quase um Oscar na época, como já mencionei: fazer parte da redação do Jornal da Tarde, que valorizava os grandes textos, séries de reportagens. Ficou lá por doze anos (de 76 a 88), onde ganhou um Prêmio Esso e dois outros prêmios nacionais de reportagem.
Em 1989, Armando Nogueira o chamou para trabalhar na TV Globo ao ler uma reportagem de duas páginas de Bodão sobre Garrincha, que estava internado numa clínica no Rio. Começou no Bom Dia São Paulo, como editor de Esporte. Editava as matérias, os gols, e ele mesmo apresentava, tudo em um bloco gravado na madrugada. Gravava as cabeças em filme, esperava duas horas para revelar e depois juntava tudo em um vt. Em seguida, foi para o Globo Esporte, onde logo depois passou a editor-chefe e chefe de redação.
Participou de oito Copas do Mundo e três Olimpíadas. Em 1998, veio para o Jornalismo: editor-chefe do SP1 e do SP2 (acumulando os dois cargos) por quatro anos. Naquela fase, participou da implantação do jornalismo comunitário, um período rico em jornalismo investigativo com cassação de vereadores e prefeito pela primeira vez na história de São Paulo. Em 2002, se tornou editor-chefe do Jornal Hoje e, desde 2004, está na coordenação das afiliadas, onde pôde conhecer o país inteiro e, com elas, colaborar no aperfeiçoamento de uma centena de bons jornalistas no comando e nas reportagens. As “Caravanas do Bodão”, levando treinamento e promovendo trocas Brasil afora, são queridas por todos. Quarenta e um anos e seis meses de TV Globo a se completarem em 31 de dezembro.
Se eu pudesse definir o Bodão, eu diria que, além de um jornalista maravilhoso e um colega exemplar, ele é aquele que resolve problemas. Com ele não tem cara feia, não tem desafio difícil. Nenhum de seus colegas duvida disso.
A última cobertura de cada um desses colegas queridos na Globo foi a pandemia, um evento desafiador, talvez o maior de todos se levarmos em conta o número de mortes, as mudanças provocadas no dia a dia das pessoas e a tarefa que se impôs: dar informação de qualidade aos brasileiros, o único remédio até aqui contra o vírus. E fizeram isso com o empenho de sempre.
São trajetórias, como disse, que nos inspiram. Uma contribuição sem tamanho ao jornalismo da Globo. Deixam aqui um legado. Em nome da Globo e em meu próprio, em especial, agradeço à Terezoca, à Tcav, à Cris, à Silvia, à Meg, ao Luiz Fernando e ao Bodão. Muito obrigado.
Para assumir a direção de jornalismo de São Paulo, no lugar de Cris Piasentini, convidei Ana Escalada, há sete anos seu braço direito como chefe de redação dos locais na nossa sede paulista. Ana começou a roteirizar e editar ainda nos anos 80. Foi um documentário feito na faculdade que lhe deu o primeiro prêmio, no então Festival VídeoBrasil, e o primeiro trabalho em televisão (ela se formou em 1987 na Universidade Metodista de São Paulo). Começou com a turma do Olhar Eletrônico, na TV Gazeta. Depois, passou por programas na TV Record e na TV Cultura. Em 95, a convite de Carlos Nascimento, então apresentador e editor chefe do Jornal Hoje, veio para a Globo. Foi um tempo de renovação de linguagem, de formatos.
O gosto por novidades foi lhe abrindo oportunidades. A implantação do jornalismo comunitário, no SP1 e a edição do reality No Limite. Em 2001, sua primeira experiência no jornalismo de Rede.
Foram cinco anos no Jornal Nacional, participando de todas as coberturas importantes do período, na equipe de São Paulo: eleições presidenciais, o acidente da TAM, a visita do Papa Bento XVI, entre tantas. No caminho, alguns programas para o Globo Repórter, como a viagem à China, no começo dos anos dois mil.
Em 2009, Ana aceitou convite de Caco Barcellos e viu nascer um novo produto na grade. O Profissão Repórter ajudou e ajuda a dar luz a temas delicados e mereceu uma indicação ao Emmy, ao mostrar a triste situação de crianças viciadas em crack.
À frente do programa, amadureceu como gestora e aprendeu a desenvolver jovens profissionais. Características que lhe renderam mais um convite, desta vez de Cristina Piasentini, para assumir a chefia de redação dos jornais locais, em São Paulo.
Nos últimos sete anos, ajudou a implantar o novo formato dos jornais locais e começou o trabalho com jornalismo de dados. Foi em busca de novidades tecnológicas que pudessem melhorar a prestação de serviço de trânsito, principalmente no Bom Dia São Paulo. Encontrou tempo para cursar uma especialização em Inovação na ESPM. Recebeu e ajudou a formar muitos dos jovens jornalistas que chegaram à Globo.
Agora, está pronta para o novo desafio e continuará o belo trabalho desenvolvido por Cris Piasentini.
Para substituir Silvia Sayão, convidei Monica Barbosa, a nossa Mona. É talhada para a função, conhece a fundo o programa, a equipe talentosa. Mona está na TV Globo há 24 anos. Antes, passou pela Band, pelo SBT, pela Manchete - na época em que o jornalismo da emissora era dirigido por Alice-Maria - e depois pelo GNT, de onde saiu para ser editora do RJTV primeira edição. Três meses depois, passou a editar as matérias da editoria Rio para o JN.
Em 1999, foi transferida para Brasília, onde trabalhou por dois anos como coordenadora da rede. Voltou ao Rio em setembro de 2001 para ser editora do Jornal Nacional, função que exerceu por três anos, até assumir a chefia da mesa rede. JN, Brasília. Duas escolas de primeira linha.
No início de 2007, foi transferida para o escritório da Globo em NY, onde passou três anos como chefe de redação e outros três como chefe do escritório. Naquele período, coordenou, entre outras coberturas, as duas eleições de Barack Obama; o terremoto no Haiti, a morte de Michael Jackson e a passagem do furacão Sandy.
De volta ao Brasil, em dezembro de 2012, assumiu a chefia de redação de rede da editoria Rio, função que exerceu por dois anos, até ser convidada para integrar a equipe do Globo Repórter. No Grep, além de atuar como chefe de redação, dirigiu vários programas. Um deles - "Arte Como Passaporte" - foi indicado ao Emmy em 2017. Há três anos, está à frente do Bom Dia Brasil, como editora-chefe.
Mona tem, portanto, vivência em assuntos de cidade, economia, política, ciência, atualidades, comportamento. Como editora-chefe do Bom Dia, tem o pulso do país e do mundo, sabe o que vai despertar o público todas as manhãs. Soma a tudo isso sua experiência como chefe de redação do próprio Globo Repórter. Conhece a equipe, que admira e respeita, conhece o público. Dará, com toda certeza, continuidade ao excelente trabalho de Silvia Sayão, mantendo o Globo Repórter o programa de sucesso que ele é.
Para o lugar de Mona, convidei Ana Pini, editora-executiva do próprio Bom Dia. Ana entrou na Globo em agosto de 99 como estagiária da Editoria Rio. Foi editora de texto do BDRJ e dos RJTVs, onde participou de várias eleições, carnavais, além da cobertura do escândalo do Propinoduto e incontáveis crises na segurança pública. No segundo semestre de 2009, após um curto período como editora do JH no Rio, participou da elaboração do novo formato do RJ1. Entre as novidades, o apresentador não tinha mais texto no TP e ganhava a companhia de comentaristas. Em 2010 e 2011, participou de duas coberturas históricas da Editoria Rio: a ocupação do Alemão pelas forças de segurança e a tragédia das chuvas na Região Serrana. Logo depois do Carnaval, assumiu como editora-chefe do Bom Dia Rio. Foram dois anos de muitas experiências novas, num período em que o jornal também introduziu a participação de comentaristas e reforçou o conteúdo ao vivo, incorporando tecnologias que surgiam naquele momento, como o LiveU. No início de 2013, assumiu a função de editora-executiva do Bom Dia Brasil. E novos desafios vieram. Das coberturas tensas nas primeiras horas da manhã à antecipação do que vai ser notícia, seguiu informando o público para encarar um dia que começa cada vez mais cedo e mais conectado. É a pessoa certa para a nova função.
No relacionamento com as afiliadas, substituindo o Bodão, convidei Rogério Nery, que acumulará as funções com a chefia da Mesa Rede. Nada mais natural. É Nery quem diariamente tem o pulso do noticiário nacional e já trabalha há tempos muito ligado ao Bodão.
Nery entrou na TV Globo em 1996 para integrar o time de jovens jornalistas que tinham a grande missão de colocar a GloboNews no ar. Era produtor do Jornal das Dez e também ajudava na produção dos telejornais diários, no ar de hora em hora.
Em 2000, passou a integrar a Mesa Rede e pôde participar de todas as grandes coberturas de assuntos nacionais nessas duas décadas, uma experiência acumulada de enorme valia. São vinte anos conhecendo nome a nome todos os companheiros de todas as nossas parceiras. Um substituto ideal, enfim.
As diretorias de Projetos Especiais, de Terezoca e Tcav, têm sob seu comando diversas áreas: visual (moda e maquiagem), fonoaudiologia, sonorização, Pequenas Empresas Grandes Negócios e Memória Globo. Estou conversando ainda com Terezoca e Teresa Cavalleiro e em muito breve anunciarei a nova estrutura da área (mas antecipo que não haverá mudança no comando direto delas).
Desejo a Ana Escalada, Mona, Ana Pini e Nery sucesso a partir de janeiro.
Ali”
Na última sexta-feira (27), a emissora anunciou a saída de Silvio de Abreu da direção de dramaturgia e a escolha de José Luiz Villamarim para substituí-lo. Dias antes, Ricardo Waddington foi escolhido para assumir o cargo de Carlos Henrique Schroder como diretor de entretenimento, posto que assumiu hoje.
No dia 16 de novembro, Sergio Valente deixou o cargo de diretor da Central Globo de Comunicação e foi substituído por Manuel Falcão, então diretor de marketing da Globosat. Todas essas mudanças ocorrem no mesmo período da unificação de todas as plataformas de mídia da empresa, intitulada de Uma Só Globo.
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