O e-mail da Netflix para os assinantes após a compra da Warner
Netflix fez questão de falar com os assinantes após comprar a Warner
Publicado em 06/12/2025 às 19:00
A Netflix enviou, na manhã deste sábado (6), um e-mail aos assinantes dos Estados Unidos após anunciar a aquisição das operações de cinema e streaming da Warner Bros. Discovery por US$ 72 bilhões.
A mensagem, segundo a revista The Hollywood Reporter, tinha o título “Dando as boas-vindas a Warner Bros. na Netflix” e buscou esclarecer pontos da negociação, reforçando que “nada muda hoje”.
No comunicado, a empresa informou que “ambos os serviços de streaming continuarão a operar separadamente” e acrescentou que ainda há etapas obrigatórias antes de a transação ser concluída, como aprovações regulatórias e de acionistas. “Você ouvirá de nós quando tivermos mais novidades para compartilhar”, completou o texto.
O e-mail incluía um link para uma página de perguntas e respostas. Nela, a companhia reiterou que produções da HBO e da Warner não chegarão ao catálogo da Netflix num futuro próximo. Os preços e planos também seguem sem previsão de mudanças, e as empresas continuam independentes enquanto a negociação avança.
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A reação da indústria cinematográfica foi imediata. Profissionais do setor demonstraram preocupação com o impacto da política da Netflix de janela mínima de exibição nos cinemas. Apesar de os co-CEOs Ted Sarandos e Greg Peters afirmarem que os compromissos de exibição da Warner serão mantidos, eles disseram acreditar que esse modelo precisa “evoluir para se tornar mais amigável ao consumidor”.
Críticas à compra da Warner pela Netflix
A associação de exibidores Cinema United divulgou nota afirmando que “a proposta de aquisição da Warner Bros. pela Netflix representa uma ameaça sem precedentes para o mercado global de exibição cinematográfica”.
Segundo o presidente Michael O’Leary, “o impacto negativo dessa aquisição atingirá desde as maiores redes de salas até cinemas independentes de uma única tela em pequenas cidades nos Estados Unidos e ao redor do mundo”. Ele acrescentou que “o modelo de negócios declarado da Netflix não sustenta a exibição cinematográfica. Na verdade, é o oposto” e defendeu que reguladores examinem com atenção os detalhes da transação.
O Sindicato dos Diretores de Cinema também se pronunciou, afirmando que o acordo proposto levanta “preocupações significativas”, de acordo com a The Hollywood Reporter.